Para Nicolas Rueda, presidente do Conselho dos Exportadores de Café de Brasil (Cecafé), os gargalos logísticos serão um desafio para o setor cafeeiro, já que o cenário segue com a dificuldade da chegada do produto ao destino final.
De acordo com reportagem publicada pelo Broadcast Agro, Nicolas Rueda aponta que os especialistas mais otimistas acreditavam em uma melhora ao fim do ano chinês, ou seja, período que terminou no dia 31 de janeiro. “Por mais que percebamos melhoria, a logística está longe do equilíbrio de antes da pandemia”, lamentou durante participação no CoffeeCast.
O presidente do Cecafé também reforçou que, de acordo com os especialistas, a recuperação do equilíbrio no transporte de cargas só deve ocorrer ao fim deste ano. Ele ainda salientou que o entrave logístico não se resume à falta de contêineres e dificuldade com booking: “Falamos da falta de caminhoneiros, mão de obra simples, para fazer tarefas de desembarcar cargas no destino”.
Gargalos logísticos
De acordo com Rueda, os exportadores de café tentam mitigar os problemas logísticos com muito trabalho, dedicação e criatividade. “Os times logísticos dos exportadores, anteriormente, conseguiam booking com uma ou duas tentativas. Agora, em média, são necessárias oito tentativas”, afirmou na reportagem.
Apesar das dificuldades, ele destacou a criatividade na exportação e citou os embarques de café na modalidade break bulk, em que o produto é depositado no porão do navio, como alternativa aos embarques clássicos em contêineres. “O break bulk é uma volta ao passado, com tecnologia do século 21, com big bags, em ambiente completamente adequado para preservar a qualidade do café, em uma série de preparações para chegar ao destino com muita eficiência”, explicou.
As informações são da Comunicação Cooxupé.