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Enxertia em mudas de café com uso de pregadores

POR JOSÉ BRAZ MATIELLO

FOLHA PROCAFÉ

EM 07/04/2022

3 MIN DE LEITURA

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A execução da enxertia em mudas de café se mostra eficiente e mais rápida quando são utilizados pregadores ou prendedores para juntar as porções enxertadas das mudinhas. A técnica visa associar características desejáveis nas plantas enxertadas, combinando um porta-enxerto que possua um sistema radicular adequado, com um enxerto, que será a futura copa, também com qualidades apropriadas. 

A enxertia é uma prática pouco utilizada na cafeicultura brasileira, pois, em condições normais, é possível plantar mudas de pé franco, ou seja, sem enxertia. No entanto, com as dificuldades impostas pela disseminação dos nematóides, que tem causado danos à produtividade de cafezais, a enxertia tem se mostrado importante, pois nem sempre se pode contar com cultivares de café que combinem boas características de resistência nas raízes com boa produtividade na parte aérea das plantas. 

Nas regiões cafeeiras mais afetadas pelos nematóides Meloidogyne paranaensis e M. incognita, como ocorre nas áreas de solo de arenito, no Paraná e em São Paulo, a preparação e o plantio de mudas enxertadas, usando porta enxerto resistente, vem sendo muito utilizados. Outras regiões infestadas pelo nematóide M. exígua, embora este seja menos danoso, também precisam passar a adotar mudas enxertadas, pois as pesquisas têm evidenciado bom retorno produtivo no uso dessas mudas. 

O sistema de enxertia mais comum em mudas de café é através de garfagem hipo-cotiledonar, usando mudas no estágio de palito de fósforo ou orelha de onça. Como porta-enxerto, o mais usado é o robusta Apoatã, e, na parte aérea, uma cultivar mais indicada de cafeeiros arábica. A garfagem é de cunha em fenda e as porções enxertadas são, usualmente, presas com fitas plásticas. Ultimamente foi desenvolvido um sistema prendendo o enxerto de mudinhas de café com mini-pregadores. Porém, foram observadas dificuldades no seu ajuste, diante do pequeno diâmetro do caule das mudinhas. 

Para contornar esses problemas, foi realizado um estudo sobre a viabilidade de uso de prendedores comuns, como aqueles usados para prender roupas em varais. O trabalho foi conduzido na Fazenda Experimental da Fundação Procafé, em Varginha (MG). Avaliou-se o pegamento e o desenvolvimento inicial das mudinhas. Os pregadores usados no trabalho são de plástico, também podendo ser os de madeira, e o tipo deles pode ser observado na figura 1. Eles podem ser facilmente encontrados no mercado, em diferentes tamanhos. 

As mudinhas enxertadas foram transplantadas em tubetes e mantidas em ambiente úmido. Aos 40 dias pós-enxertia, os prendedores foram retirados, sendo que eles podem ser reutilizados por várias vezes. O pegamento observado foi de 92% nos enxertos presos com pregadores e 50% naqueles fixados na maneira tradicional, com fitas plásticas. O menor pegamento com as fitas deve estar relacionado à dificuldade de prender bem as partes enxertadas das mudinhas, o que exige boa habilidade e tempo do trabalhador. Já com o prendedor, isso se torna fácil e rápido, pois ele possui um sistema de mola que aperta bem as partes do enxerto. A boa junção das partes enxertadas é importante para que haja combinação dos tecidos e a passagem normal da seiva, do porta enxerto para o enxerto e vice-versa. Houve bom desenvolvimento inicial das mudas enxertadas (figura 2)

Existem, no mercado especializado, mini-pregadores próprios para enxertia e que são usados em enxertos de mudas de tomateiros e cucurbitáceas. Eles, com pequenas adaptações, podem ser utilizados em mudas de café. São conhecidos como clips de enxertia (figura 3)

Figura 1 - Pode-se ver, na foto à esquerda, as mudinhas de café enxertadas no estágio palito de fósforo, transplantadas nos tubetes. 25 mudinhas receberam amarração com fita e 25 tiveram o enxerto preso com pregadores. Na foto à direita, pode-se observar, 40 dias após a enxertia, o pegamento e o desenvolvimento normal das mudinhas com maior pegamento onde foram usados pregadores - Varginha (MG) 


Figura 2 - Detalhe da muda enxertada no estágio de palito de fósforo, agora já desenvolvida, aos 40 dias após a enxertia


Figura 3 - Modelos de mini pregadores ou clips para enxertia, aqui usados em mudas de tomate

 

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