ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

O mundo pode saborear mais cafezinho brasileiro

ESPAÇO ABERTO

EM 20/11/2018

3 MIN DE LEITURA

0
0

Por Nelson Carvalhaes para O Estado de S.Paulo

O agronegócio do café, representado pelos segmentos da produção, indústria e exportação, tendo como alicerce a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação, é motivo de orgulho nacional, tanto no mercado interno quanto no mercado mundial. Estima-se que o setor fechará o ano de 2018 registrando um número total entre 33 milhões e 34 milhões de sacas de 60 kg vendidas para o exterior (verde e solúvel), acima dos 31 milhões do ano passado. Para ter uma ideia, o consumo mundial corresponde a cerca de 2 bilhões de xícaras de café diárias e o Brasil consome 1/3 disso, devendo chegar a 22 milhões de sacas, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), totalizando uma demanda de 55 milhões de sacas.

Mas o País tem um grande desafio: o consumo tende a crescer cerca de 2% ao ano, sem considerar mercados que estão despontando como futuros novos players de consumo na Ásia, como China e Índia, entre outros, uma vez que o sabor do café brasileiro vem conquistando cada vez mais o paladar da população desses países.

Diante de tais projeções, o Brasil deverá produzir cerca de 20% a mais nos próximos dez anos apenas para manter seu market share nas exportações. Mas, para expandir a participação do Brasil no mercado internacional, esse incremento na produção deverá ser ainda maior, e sempre focado na manutenção da cadeia produtiva sustentável no âmbito ambiental, social e econômico.

Para encarar esses desafios, o Brasil tem praticamente tudo o que é necessário, mas é preciso muito mais para acompanhar o crescimento do mercado.

No quesito eficiência e tecnologia, vale destacar que hoje a área cultivada é 51% menor em comparação a 1960, considerando o atual parque cafeeiro de 2,2 milhões de hectares. Nesse período, a produtividade média dos cafezais brasileiros saltou de 6,4 sacas por hectare para 29 sacas na safra 2018/2019, um incremento de 351%.

Para ter a magnitude da eficiência no uso dos recursos naturais, se mantivéssemos as bases tecnológicas dos anos 60, seriam necessários cerca de 9 milhões de hectares para a atual produção brasileira de café.

De acordo com os dados preliminares do Censo Agropecuário de 2017, apresentados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ser um cafeicultor brasileiro é também um bom negócio. Atualmente o café é produzido em 307,8 mil estabelecimentos, um aumento de 7,3%, na comparação com o Censo 2006, quando foram registrados 286,7 mil estabelecimentos.

Mesmo com esse avanço expressivo, ainda há muito espaço para expandir as exportações e estimular o crescimento do consumo interno. É fundamental, a propósito, que o próximo governo tenha como uma de suas prioridades consolidar a credibilidade macroeconômica do Brasil no mercado mundial, equilibrando a economia, reduzindo índices de desemprego e de inflação.

Em relação ao café, mercado em que somos líderes, é essencial o investimento em três grandes frentes para que o Brasil consiga atender à crescente demanda mundial pelo café: na melhoria da logística, com redução de taxas, custos portuários e de frete, que influenciam o custo de exportação, bem como melhoria do escoamento da safra; em pesquisa e desenvolvimento, para obter mais eficiência, inovação e variedades do produto, pois o País conta com centros e universidades que precisam de recursos; e, por fim, em tecnologia, máquinas e equipamentos que podem ser aprimorados para processos de armazenagem e preparo dos cafés.

O Brasil é protagonista em exportação, consumo e produção de café, e, se a agenda do próximo governo contemplar esses investimentos, que incluem também a sustentabilidade, a infraestrutura logística e a comunicação, o café se fortalecerá ainda mais como orgulho nacional, e somente fatores climáticos não favoráveis poderiam desequilibrar este cenário sólido e promissor.

*Nelson Carvalhaes é Presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do CaféPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

CaféPoint Logo MilkPoint Ventures