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No cafezal, mato bom é mato seco/morto

POR JOSÉ BRAZ MATIELLO

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO

EM 17/05/2018

2 MIN DE LEITURA

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A concorrência do mato com os cafeeiros se estabelece na forma de competição por elementos essenciais ao crescimento e produtividade da lavoura - a água, os nutrientes e a luz. O controle das ervas na forma adequada reduz essa concorrência e ainda pode aproveitar os nutrientes extraídos do solo pelas plantas daninhas, liberados depois delas serem secas ou mortas.

Ultimamente tem havido nas lavouras de café um manejo do mato onde se prioriza a manutenção das ervas vegetando por longos períodos. Diversas pesquisas já avaliaram um grande número de safras e mostraram que os cafeeiros mantidos mais no limpo acabam apresentando os melhores desempenhos produtivos.

Então, quais seriam os motivos das orientações no sentido da permanência de maior infestação de ervas no cafezal? Alguns experimentos recentes buscam esclarecer se isso procede tecnicamente. No primeiro trabalho foi evidenciada uma grande extração de nutrientes do solo pelas ervas, as quais, em 3 cortes, simulando roçadas, produziram de 7 a 9 toneladas de matéria seca por ha, representado a imobilização nas ervas de cerca de 180 a 300 kg de NK por ha (tabela 1).

No segundo e terceiro, onde se compara diferentes sistemas de manejo do mato, com herbicidas e com cultivo de braquiária, foi observado, após no máximo três safras, produtividade igual, sem ganhos pelo uso da brachiaria, sendo que num deles ocorreram perdas produtivas de 25% pelo cultivo da braquiária (tabelas 2 e 3). A evolução desses ensaios poderá manter ou alterar esses resultados, válidos para as primeiras safras.

Finalmente, a pesquisa que acaba de ser realizada mostra que é importante o mato, no caso a brachiaria, estar seca ou morta para liberar o potássio contido na sua folhagem. Verifica-se (tabela 4) que com a colocação de água, simulando o que ocorre com chuvas, as folhas verdes da erva pouco liberam do K (apenas 40%), mesmo assim seria reabsorvido pelas próprias ervas vivas. Com a aplicação de glifosato ou a roçada, onde as ervas são mortas e secas, a liberação imediata do potássio da folhagem dessas ervas é de mais de 80%. Este nutriente, na condição do mato morto, não sendo reciclado/aproveitado pelo próprio mato, fica disponível para os cafeeiros.

No caso do nitrogênio, conforme já conhecido, nenhuma liberação ocorre no curto prazo, necessitando de tempo para decomposição da matéria orgânica. Os dados de análise foliar do cafeeiro (tabela2) também confirmam isso. Os teores de K são maiores nas parcelas onde o mato é roçado, desequilibrando para magnésio este nutriente em níveis superiores nos tratamentos com herbicidas.

Em conclusão, diante dos dados experimentais, pode-se dizer que:

1- O mato, incluída a brachiária, retira do solo grandes quantidades de nutrientes, por isso é necessário cuidado no seu manejo/controle;

2- No sistema de manejo com mato roçado, a prática deve ser cuidadosa, compensando com mais adubação e colocando o mato junto à linha de cafeeiros, de forma a haver efeito compensatório em termos de cobertura morta e liberação do potássio aos cafeeiros;

3- Após janeiro/fevereiro, época crítica de granação dos frutos do cafeeiro, é importante matar todo o mato, de forma a que todos os nutrientes presentes no solo (dele ou dos adubos) e o próprio potássio das ervas fiquem disponíveis para os cafeeiros.



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