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Produtores das Matas de Minas investem em produção sustentável de cafés especiais

POR EQUIPE CAFÉPOINT

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 19/02/2021

5 MIN DE LEITURA

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Matas de Minas passa por transformações, principalmente no município de Fervedouro. A atividade é desenvolvida predominantemente por agricultores familiares que, nos últimos anos, começaram a investir na produção sustentável de cafés especiais, com a orientação da Emater-MG, empresa vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

A mudança teve início em 2014, quando o técnico da Emater-MG, Adenilson Mendes Chaves, começou um trabalho de melhoria da qualidade do café com 10 agricultores, numa parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura.

Uma das primeiras iniciativas foi levar o grupo para conhecer propriedades em outros municípios da região que já estavam num estágio mais avançado de produção de cafés especiais. “Visitamos municípios que são referência, como Araponga, Caparaó e Espera Feliz. Eles também começaram a participar de simpósios, cursos, feiras e concursos. A ideia era que o pessoal fosse conhecendo melhor o universo do café”, explica Adenilson.

Hoje, o grupo que investe no cultivo de cafés especiais em Fervedouro conta com 30 produtores. O técnico da Emater-MG relata que, num segundo momento, a mudança para melhoria da qualidade ocorreu na colheita e secagem dos frutos. “O pessoal começou a fazer a colheita seletiva, quando são retirados do pé apenas o café maduro. Também houve investimentos na lavagem do café, construção de estufas e de terreiros suspensos para a secagem adequada do produto. A demanda por análise de solo também aumentou, com uma adubação mais racional”, afirma.

A jovem cafeicultura Bruna Carolina da Silva, de apenas 22 anos, se tornou a principal representante desta nova fase da cafeicultura de Fervedouro. Ela planta café junto com a família numa propriedade de 17 hectares, onde realiza cuidados durante a colheita seletiva, investiu em terreiros suspensos para a secagem e faz os processos de torra e moagem do café na propriedade.


A jovem cafeicultura Bruna Carolina da Silva, de 22 anos

O trabalho desenvolvido pela jovem se destacou até fora do País. No ano passado, ela foi finalista do Prêmio a La Innovación Juvenil Rural de América Latina y el Caribe (Prêmio Juventude Rural Inovadora da América Latina e do Caribe). A cafeicultora concorreu na categoria Geração de Renda pela experiência inovadora e empreendedora com a produção de cafés especiais. O prêmio é uma iniciativa do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), da Organização das Nações Unidas (ONU).

O reconhecimento internacional e o empenho em produzir um café de qualidade superior abriram o mercado para a jovem, que hoje vende a produção para vários estados brasileiros. “Ano passado fizemos 10 sacas. Por termos a nossa marca, vendemos o nosso café [cada saca] por mais de R$ 1,6 mil”, conta.

Ronivon Xavier Rosa é mais um agricultor familiar de Fervedouro que começou a investir em cafés especiais. Em 2019, ele construiu uma estufa, com terreiro suspenso, para melhorar os cuidados pós-colheita. E o resultado não demorou a aparecer, com destaque nos concursos municipais de cafés especiais.

“Eu ganhei o concurso de Fervedouro em 2019. Em 2020 eu continuei e já deu para fazer uma quantidade maior porque a colheita foi mais fácil. E ganhei de novo o primeiro lugar”, conta o produtor.


Ronivon Xavier Rosa, agricultor familiar de Fervedouro

Para este ano, o Ronivon pretende aumentar a área da lavoura dedicada ao café especial e, também, a quantidade de terreiros suspensos. “Comecei sozinho, com a ajuda do Adenilson da Emater, e depois o próprio manejo vai te ensinando a trabalhar. Fui vendo as melhores variedades que se adaptavam para o café tipo especial e, graças a Deus, está indo”, afirma.

Além do concurso municipal, os cafeicultores de Fervedouro também foram premiados em concursos regionais de qualidade de café e chegaram à final do Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais.

A produtora Nelizilda Castelani Doná Ferreira também resolveu aprimorar o sistema de produção para vender um café diferenciado. Dos 16 mil pés de café da propriedade, foram separados 2 mil para a produção de café especial. “Tivemos o incentivo da Emater, que nos orientou a fazer cata seletiva dos grãos e construir terreiro suspenso. Se tudo der certo, queremos aumentar os talhões para fazer cafés especiais”, conta.

Ela também destaca a criação da Associação dos Cafeicultores Familiares de Fervedouro (ASCAFF). Em grupo, eles conseguem comprar insumos a preços mais acessíveis e também trabalham para divulgação do café do município. “Tivemos a ideia e fizemos um concurso de café especial para mostrar nosso trabalho, mostrar que temos que cuidar do café, porque ele é um alimento, e assim também agregar preço ao produto de qualidade”, explica Nelizilda.


A produtora Nelizilda Castelani Doná Ferreira com seus cafés

Meio ambiente

A produção sustentável no município fez parte dos nove projetos que deram o primeiro lugar à Emater-MG, na categoria Destaque Estadual, na 11ª edição do Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade & Amor à Natureza. O prêmio é uma referência nacional e homenageia o ambientalista mineiro, falecido em 2008, que é considerado um dos precursores da consciência ecológica na América Latina.

“Além da preservação de nascentes e manutenção das Áreas de Preservação Permanente, os produtores fazem o uso consciente de defensivos, visando reduzir custos e causando o menor impacto possível ao meio ambiente”, informa o técnico da Emater-MG

Na propriedade de Bruna Carolina, foram construídas bacias de contenção e curvas de nível para reter a água no solo. “Já temos uma área fechada de preservação, que é nossa reserva ambiental. Temos uma outra área que vamos cercar este ano. As minas já estão cercadas. Sobre os defensivos, a gente usa o mínimo possível, só se tiver alguma coisa incontrolável”, explica Bruna.

Os mesmos cuidados também são tomados na propriedade do Ronivon Xavier, com a construção de bacias de captação de água da chuva e manutenção das estradas vicinais, para evitar enxurradas. “A água aqui na propriedade aumentou muito. E este ano já reduzi bastante o uso de agrotóxico. Estou usando só adubo. E uso a roçadeira, no lugar da enxada, para evitar erosão”, conta o produtor.

As informações são da Assessoria de Comunicação Emater-MG.

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