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Fazendas de café investem em diferentes intervenções artísticas e dão novas cores ao campo

POR EQUIPE CAFÉPOINT

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 21/09/2021

4 MIN DE LEITURA

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Por Gabriela Kaneto

Que uma fazenda cafeeira é linda por si só, isso a gente já sabe. Mas, com o avanço da tecnologia e do turismo rural, muitas propriedades espalhadas pelo Brasil estão se revitalizando através de diferentes tipos de arte e colorindo o campo com outras cores!

A união entre o urbano e o rural

Uma delas é a Fazenda São Sebastião, em São Thomé das Letras (MG). Catarina Kim e seu esposo, Marcos Kim, decidiram apostar na paixão pela arte de rua, muito comum em grandes centros urbanos. Para isso, convidaram o grafiteiro Binho Ribeiro, um dos precursores da street art no Brasil, para dar novas cores ao barracão, ao terreiro, à colheitadeira e à casa de hóspedes da propriedade.

“A ideia de fazer o grafite do Binho na fazenda veio da época de quando morávamos em São Paulo. Quando fomos para a fazenda, sonhávamos em chamar alguém para fazer um grafite lá. E tem tudo a ver, porque é uma fazenda de pessoas de São Paulo. Queríamos essa mistura entre o rural e o urbano, um pouco da nossa história, minha e do Marcos”, conta Catarina.

Através de uma imersão na fazenda e no mundo dos cafés especiais, Binho elaborou desenhos combinando suas artes tradicionais, como a carpa – que tem uma simbologia muito positiva para os orientais – e elementos da própria fazenda, como os ramos do cafeeiro, os frutos, as flores e métodos de preparo da bebida. O resultado só pôde ser visto após três dias de execução. “Tínhamos esse sonho desde o começo, demorou um pouco, mas conseguimos, ficou lindo!”, comemora Catarina.

Inspiração para outras fazendas

A Fazenda Capadócia, em São Gonçalo (MG), também vivenciou essa conexão entre o campo e a cidade, porém de uma forma diferente. “Tivemos a ideia quando começamos na jornada dos cafés especiais, em 2009, 2010. Eu queria representar cada parte do processo do café e todas as pessoas envolvidas”, explica o produtor Augusto Borges Ferreira.

Com a ajuda da equipe da cafeteria e torrefação Supernova Coffee Roasters, de Curitiba (PR), foi montado o projeto da “casa do barista”, que consistia na revitalização de uma casinha antiga localizada ao lado do terreiro. A ideia era que cada cômodo fosse temático e ilustrasse alguns dos processos por qual o café passa antes de chegar à xícara. Os desenhos ganharam vida pelas mãos do artista Nuno Skor.

“Por exemplo, temos o quarto de quem pesquisa, o quarto de quem torra, onde temos um torrador, o quarto de quem prepara os cafés. Por fora, temos um cordel brasileiro que representa a cultura brasileira. A casa ficou bem temática! A arte se envolve totalmente com a cafeicultura”, conta Augusto. Todo o processo de elaboração e execução foi registrado no documentário “Café não é só café”, produzido pela Tomate Maravilha Filmes e Supernova Coffee Roasters.

Uma mão lava a outra

Em Dores do Rio Preto (ES), o Sítio Forquilha do Rio ganhou um toque especial graças à união da comunidade local. Fabiana Natalino, moradora da região, conta que conhece há muito tempo o Seu Manoel e a Dona Joana, proprietários da fazenda. Observando as paredes da antiga tulha da propriedade, deu a ideia de produzir um mural artístico que retratasse o dia a dia dos produtores. “É um lugar de muita história, onde era a tulha dos pais do Seu Manoel. Hoje, ele trabalha com os filhos e os netos”, explica a artista.

Fabiana produz tintas a partir de elementos naturais, como o barro e a terra, e foi utilizando esse material que a ilustração coloriu a antiga estrutura. “Sugeri que a gente fizesse a tinta com a terra do sítio dele. Fomos literalmente entre os pés de café e coletamos a terra do chão para fazer a pintura da parede. Fomos também a uma mina e retiramos o barro do fundo da água, transformando-o em uma tinta para as crianças”, comenta. Os desenhos retratam a Pedra Menina, um dos marcos da região, o cafezal, o Seu Manoel e a xícara de café.

Além das paredes terem ganhado vida pelas mãos da própria família, a experiência foi enriquecedora por conectar a comunidade e a terra de onde vem o café. “Fiz isso tudo com os netos, filhos e noras do Seu Manoel. Foi um processo criativo muito lindo, onde envolvemos toda a família. Ficou um trabalho incrível! Foram dois dias trabalhando o dia todo para que ficasse pronto. Foi muito enriquecedor”, revela Fabiana.

E assim mais e mais fazendas ganham vida através de produções artísticas. Não importa de qual estilo seja, da arte de rua à tinta natural feita de barro, o principal é destacar os trabalhos no campo e democratizar a arte, levando-a cada vez mais longe!

Conhece outras fazendas que também ganharam novas cores? Deixe nos comentários!

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