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Estudo sugere que produção de cacau pode substituir cafeicultura na América Central

POR EQUIPE CAFÉPOINT

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 26/06/2019

3 MIN DE LEITURA

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Novas pesquisas sugerem que metade das atuais plantações de café na América Central, que são vulneráveis ao aquecimento global, poderia ser substituída por cacau no futuro. "Isso abre uma janela de oportunidade para a adaptação às mudanças climáticas", disse Kaue de Sousa, pesquisador e principal autor do estudo.

O estudo foi realizado em parceria com a Inland Norway University, a Bioversity International, a World Agroforestry e a Wageningen University and Research. "O interesse dos pequenos agricultores no cacau está crescendo, impulsionado pela vulnerabilidade do café por conta das mudanças climáticas. Agora, temos que criar capacidade entre os pequenos agricultores para adaptar seus sistemas agrícolas com sucesso”, completou.

Os pesquisadores dizem que a produção de café, especialmente de arábica, provavelmente diminuirá conforme o aquecimento global e os eventos climáticos extremos reduzem as áreas geográficas onde a espécie cresce melhor. Isso também aumenta sua suscetibilidade a surtos de pragas e doenças, com a ferrugem do café afetando 70% das fazendas de café da América Central em 2017. O cacau, no entanto, pode ter um futuro mais positivo.

Embora o estudo identifique o cacau como sendo menos afetado que o café pelo aquecimento global, os pesquisadores acreditam que os agricultores poderiam ajustar sua produção agroflorestal para mitigar os efeitos da mudança climática. O café e o cacau são frequentemente cultivados sob manejo agroflorestal, onde outras árvores são incorporadas aos sistemas agrícolas.

"O café e o cacau são cultivados tradicionalmente sob a sombra da árvore para reduzir o estresse térmico e conservar o solo, mas as árvores de sombra são normalmente ignoradas na maioria dos estudos futuros sobre mudanças climáticas", disse Roeland Kindt, Ecologista Sênior da World Agroforestry.

A abordagem agroflorestal fornece serviços ecossistêmicos adicionais, que tornam o sistema de produção mais resiliente, por exemplo, conservando a água e fornecendo habitats para pássaros e insetos que podem atuar como predadores naturais de pragas. "Os sistemas agroflorestais são exemplos claros de como as interações positivas entre as plantas podem melhorar as condições de crescimento e facilitar a produtividade agrícola. Nosso estudo explora quais espécies arbóreas podem ter mais sucesso nas futuras plantações de café e cacau para criar microclimas mais benignos", disse Milena Holmgren, especialista em resiliência do ecossistema à variabilidade climática na Universidade de Wageningen.

Os pesquisadores identificaram que as dez árvores mais utilizadas nos sistemas agroflorestais de café e cacau também eram as mais vulneráveis às mudanças climáticas. Eles preveem que a distribuição de quase 80% das espécies de árvores nas áreas de café e 62% nas áreas de cacau podem diminuir drasticamente. Isso inclui espécies de árvores que fornecem frutas, incluindo manga, goiaba e abacate, ou madeira, como o cedro.

Eles também estimam uma perda de 56% de árvores fixadoras de nitrogênio, como poro e guama, que têm a capacidade de melhorar a produtividade e a conservação do solo. "Apesar do relativo decréscimo na adequação das árvores, nosso estudo fornece alternativas para a agrosilvicultura de café e cacau sob a emergência climática enfrentada pelos agricultores hoje", disse Sousa.

Os pesquisadores concluíram que a transformação de sistemas agroflorestais, alterando a composição de espécies de árvores, continua sendo a melhor aposta para adaptar a maioria das fazendas de café e cacau em toda a América Central.

"Os agricultores precisam repensar a atual composição de espécies agroflorestais e usar um portfólio que seja adequado no clima futuro. Esta é uma tarefa desafiadora, porque leva muito tempo para os agricultores verem seus investimentos dando frutos", afirma Sousa. "Identificamos que esse potencial pode depender de espécies arbóreas atualmente subutilizadas, como a ameixeira, sapoti e castanheira, espécies que atualmente estão presentes nos sistemas de café e cacau, mas em baixas densidades, pois são principalmente remanescentes de vegetação agrícola anterior sendo ativamente plantadas e gerenciadas por agricultores”, explica.

A autora sênior Jenny Ordonez disse que “este estudo é um primeiro passo muito útil para melhorar o projeto de sistemas agroflorestais, pois mostra uma janela de oportunidades para manter sistemas agroflorestais diversificados usando espécies subutilizadas ou novas combinações de espécies. Também abre novas áreas de pesquisa para promover o uso de espécies subutilizadas que manterão sua adequação às mudanças climáticas”.

As informações são do Global Coffee Report / Tradução Juliana Santin

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PAULO MORAIS

EM 05/09/2019

Parabéns pelas infos de qualidade e divulgação da reportagem traduzida
EQUIPE CAFÉPOINT

SÃO PAULO - SÃO PAULO - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 05/09/2019

Obrigada, Paulo! :)

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