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Brasil, Colômbia e uma preocupação em comum: o desequilíbrio econômico nos preços dos cafés

POR EQUIPE CAFÉPOINT

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 28/08/2018

4 MIN DE LEITURA

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Aconteceu ontem (27), no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília, uma reunião para debater a crise de preços mundiais do café e o desequilíbrio econômico dentro da cadeia produtiva, que prejudica os produtores e as ações a serem adotadas para enfrentar essa questão.

Silas Brasileiro, presidente executivo do Conselho Nacional do Café (CNC), afirma que a reunião surgiu após uma série de comunicações entre CNC e Federación Nacional de Cafeteros (FNC) da Colômbia, ambas instituições preocupadas com o agravamento dos preços no mercado internacional de café, que se encontram abaixo dos custos de produção para grande parte dos cafeicultores no mundo.

“Em função desse cenário de falta de competitividade e de renda, CNC e FNC tomaram a decisão de dar o primeiro passo para combater uma situação mercadológica predatória para os produtores. Essa reunião de ontem foi como um marco inicial para identificar as medidas a serem adotadas e, também, para convocar os demais países produtores para se juntarem a essa iniciativa”, conta Silas.

A preocupação existente é por conta dos fatores externos que afetam negativamente o preço internacional e os produtores, como a pressão baixa das cotações do café, forçando movimentos migratórios. Segundo o Conselho Nacional do Café, os detentores dos estoques de café possuem maior influência na formação dos preços internacionais. Por isso, é fundamental reequilibrar a balança atual, deslocando os estoques de países consumidores aos países produtores. É necessário o desenvolvimento de políticas internas nos produtores para apoiar a oferta, como o caso do Funcafé no Brasil, que financia o carregamento do estoque para evitar a venda em momentos de um preço baixo.

Para o CNC, outro problema dos países produtores é a concentração da indústria e do setor de distribuição, que impõem aos produtores, por exemplo, condições de pagamento abusivas de mais de 200 dias. Os programas que algumas empresas multinacionais fazem para promover a sustentabilidade são anulados por suas próprias práticas comerciais. Igualmente as organizações internacionais sem fins lucrativos, que promovem o cultivo de café, têm que assumir a responsabilidade pela absorção dos excedentes que tendem a ser produzidos.

Brasil, Colômbia e os demais países produtores considerarão todas as ações necessárias para solucionar a crise que compromete a oferta futura de café e esperam que todos os elos da cadeia produtiva atuem em forma conjunta e corresponsável devido à grave situação. É prioridade dos produtores comunicar aos consumidores, em nível mundial, a situação atual e a forma como esse cenário do mercado gera um espiral de pobreza nos países cafeeiros.

Para a diretora executiva da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), Vanusia Nogueira, a reunião que trouxe representantes da Colômbia serviu para debater a queda do preço do café na Bolsa de Nova York e questionar como ficarão as produções de café com isso. “Existem muitas instituições falando de aumento de produtividade, área de plantio, estimulando os países produtores de que a solução para a sustentabilidade econômica seria o aumento da produtividade, sem pensar que esse aumento vai trazer mais oferta de produto. Se essa queda de preço passa por uma crise de oferta e demanda, esse aumento de produção será consumido por quem?”, questiona Vanusia.

Segundo ela, no dia 16 de setembro haverá uma reunião em Londres, onde os representantes irão conversar com o pessoal de algumas ONGS, que estão fazendo a campanha para aumentar consumo, e com a Organização Internacional do Café, para debater sobre esse aumento. “Precisamos mostrar para o mercado que tem gente brincando com a história de bolsa de valores de uma forma irresponsável, sem pensar quantas vidas e negócios estão atrás disso e o quanto a bolsa afeta o mercado. Iremos agir com a razão, apontando o que está sendo feito em relação à produção”, finaliza Vanusia.

Sobre boatos de que a Colômbia sairia da Bolsa de Nova York como um ato de protesto, Silas Brasileiro afirma que o CNC monitorou a veiculação dessa notícia relacionada à Colômbia em redes sociais. “Entretanto, esse não é o posicionamento oficial colombiano, assim como confirmaram Roberto Velez Vallejo, gerente geral da Federación Nacional de Cafeteros (FNC), e Juan Esteban Orduz, representante da FNC para a América do Norte, durante a nossa reunião”, comenta.

Na semana passada, a assessoria do CNC identificou que a veiculação dessa possibilidade de sair da Bolsa de Nova York partiu de uma representação regional colombiana, denominada Dignidad Cafetera, e não de toda a cafeicultura do país.

Abaixo, representantes de entidades que assinam o comunicado.

 - Silas Brasileiro, Conselho Nacional do Café (CNC) - Brasil

- Silvio Farnese, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) - Brasil

- Roberto Velez, Federación Nacional de Cafeteros (FNC) - Colômbia

- Juan Esteban Orduz, Federación Nacional de Cafeteros (FNC) - Colômbia

- Aguinaldo José Lima, Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) – Brasil

- Vanusia Nogueira, Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) - Brasil

- Arnaldo Botrel Reis, Associação dos Sindicatos Rurais do Sul de Minas (Assul) - Brasil

- Carlos Paulino, Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) - Brasil

- Lúcio Dias, Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) - Brasil

- José Marcos Magalhães, Cooperativa dos Cafeicultores do Sul de Minas (Minasul) – Brasil

- Breno Mesquita, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) – Brasil

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