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Após 6 dias encalhado no Canal de Suez, meganavio Ever Given volta a navegar

POR EQUIPE CAFÉPOINT

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 29/03/2021

3 MIN DE LEITURA

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Depois de uma semana parado, o meganavio que encalhou e bloqueou o Canal de Suez voltou a navegar nesta segunda-feira (29) na principal ligação marítima entre a Ásia e a Europa, rota por onde passam cerca de 12% de todo o comércio global.

A Autoridade do Canal de Suez (SCA, na sigla em inglês) havia informado que o Ever Given tinha sido "reflutuado com sucesso" e que "com toda a certeza, o trabalho estará concluído muito em breve".

A administradora do canal afirmou que "a navegação será retomada imediatamente após a restauração completa da direção da embarcação" e que o Ever Given será encaminhado à área de espera de Bitter Lakes "para inspeção técnica".

Empresas especializadas em comércio marítimo estimam que as perdas econômicas direta ou indiretamente ligadas ao encalhe passam de R$ 300 bilhões, segundo a BBC. Há 369 embarcações na fila à espera da liberação do canal. Segundo o presidente da SCA, Osama Rabie, serão necessários três dias e meio para que todos os navios na fila de espera consigam atravessar o canal após a sua liberação.

De acordo com a administradora do canal, "manobras de empurrar e reboque bem-sucedidos levaram à restauração de 80% da direção da embarcação, com a popa 102 metros longe da margem do canal agora, em vez dos 4 metros de antes".

A SCA afirmou que as manobras estão programadas para ocorrer durante a maré alta, até às 11h30, "permitindo a restauração total da direção da embarcação para que ela seja posicionada no meio da hidrovia navegável".

O que ocorreu?

O cargueiro com 224 mil toneladas bloqueou a passagem de largas centenas de outros navios de carga quando encalhou, bloqueando umas das vias comerciais mais movimentadas do mundo. Várias empresas, como a Nike, Costco, Toyota, Honda e Samsung, admitiram que os seus negócios já estavam a lutar contra a escassez de materiais por causa da pandemia, sendo que esta nova situação coloca mais pressão sobre os resultados financeiros deste trimestre.

O café instantâneo da Nescafé também foi afetado pelo tráfego parado no Suez, com vários conteiners cheios deste produto. A Europa pode ser o continente em que a escassez de café seria sentida com mais intensidade, mas o impacto poderá ser global caso os atrasos comecem a se acentuar com a falta de porta-contentores para transportar o produto.

Os torrefadores europeus já estão sentindo dificuldades em obter café do Vietnã, país produtor de café canéfora (robusta), devido à falta de transportadores. Quando a disponibilidade começou a melhorar, o bloqueio da via trouxe outra dor de cabeça, uma vez que todos os grãos de café que a Europa importa da África Oriental e da Ásia são transportados através do Suez.

Por que o Canal de Suez é tão importante?

O Canal de Suez foi inaugurado em 1869 para ligar o Mar Vermelho ao Mediterrâneo. Ele é uma das rotas de navios mais utilizadas do mundo, com capacidade para receber embarcações gigantes de até 240 mil toneladas.

Aproximadamente 12% do comércio global passa pelo canal, que tem 193 km e fornece a ligação marítima mais curta entre a Ásia e a Europa. A alternativa é dar a volta em toda a África pelo Cabo de Boa Esperança, o que faz o trajeto entre os portos do Golfo e de Londres ter o dobro de distância e adiciona entre uma e duas semanas de viagem.

Cerca de 50 navios passaram por dia no canal em 2019, o que representa quase um terço do tráfego mundial de navios de contêineres. A rota concentra grande parte do petróleo transportado por mar.

As taxas de embarque para os navios petroleiros quase dobraram depois que o Ever Given encalhou e o bloqueio interrompeu as cadeias globais de abastecimento. Segundo a Bloomberg, cerca de US$ 9,6 bilhões (mais de R$ 50 bilhões) em tráfego marítimo diário foram interrompidos pelo incidente.

O número é baseado em uma estimativa da Lloyd's List, que aponta que cerca de US$ 5,1 bilhões em mercadorias passam pelo canal por dia no sentido oeste (Europa) e aproximadamente US$ 4,5 bilhões no sentido leste (Ásia).

As informações são do G1.com, Reuters e Valor Econômico.

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