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Seca no Espírito Santo: "O pior já passou", garante presidente da Cooabriel

POR EQUIPE CAFÉPOINT

PRODUÇÃO

EM 27/07/2017

3 MIN DE LEITURA

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Por Camila Cechinel 

Desde 2014 o Estado do Espírito Santo sofre com a crise hídrica, cenário que respinga diretamente na cafeicultura, principal atividade econômica da região. Porém, de acordo com o presidente da Cooperativa Agrária de Cafeicultores de São Gabriel (Cooabriel), Antônio Joaquim de Souza Neto, mais conhecido como Toninho, "o pior já passou". 

Foto: Gui Gomes/ Café Editora
                                   Foto: Gui Gomes/ Café Editora

Segundo ele, quatro anos atrás a seca no estado foi bem violenta. Porém, naquele ano a instituição recebeu 1.168.000 sacas de café conilon, principal espécie produzida na região, dos seus cooperados. Como consequência da estiagem, em 2015 o número caiu para 940 mil e, no ano passado, para 595 mil sacas de café de 60 kg. 

"Até o dia 27 de julho de 2017 recebemos 620 mil sacas de café, quantidade que ultrapassa o total recebido em 2016. A previsão é de que até o final do ano a Cooabriel receba 800 mil sacas", disse Neto.
Atualmente, o volume de chuvas que cai no Espírito Santo é considerado pequeno, cerca de 600 milímetros por mês, mas, de acordo com Toninho, "é suficiente para a lavoura ir se recuperando". A expectativa da cooperativa, que fica localizada no norte do estado, é que em 2018 as plantações estejam revigoradas, trazendo renda suficiente para os produtores quitarem todas as suas dívidas. No entanto, todos dependem da ajuda do clima. 

"O cafeicultor não gosta de dever. Estamos nessa situação hoje por conta da seca tremenda, onde tivemos que nos virar. Com boas chuvas a partir de setembro tudo pode mudar", contou. 

Aprendizados com a estiagem

Depois destes árduos períodos de seca, o presidente garante que os agricultores aprenderam a lidar com o cenário. Além de diminuírem os gastos pessoais, descobrindo como administrar melhor o dinheiro, hoje há três vezes mais represas para estocar água do que havia em 2014.

"Antes, todos os produtores tinham uma ou duas represas, mas não sabíamos que não era suficiente para regar as plantas. Houve uma quebra muito forte: o café estava acostumado a ser irrigado e do nada parou", explica Neto. 

Cafeicultores de várias regiões do Brasil estão se queixando do volume menor de grãos de peneiras mais altas, 17 e 18, na safra deste ano, o que influência no rendimento e no patamar de preços oferecidos pelo mercado. No Espírito Santo, pelo menos por enquanto, essa preocupação não existe. Segundo Toninho, até 2016, como consequência da estiagem, o grão de café era do tamanho de uma pimenta-do-reino

"Os grãos estão muito superiores, o rendimento está maior. Na lavoura a quantidade de sacas não foi muito grande, mas falando de café beneficiado e de qualidade, foi muito melhor", disse. 

Preços do café conilon

Conforme o último boletim do Escritório Carvalhaes, o país está passando por uma safra atípica, uma vez que o mês de julho caminha para o final e não existe pressão vendedora. Para o presidente da Cooabriel, o preço de venda poderia estar bem melhor, mas a partir do momento que quem dá o parâmetro de preço para o café é o tipo arábica, não há muito o que se fazer.

"Não adianta chorar. A gente não manda no mercado. Quem manda é a indústria. O que pode salvar a cafeicultura é a produtividade, pois só assim os custos serão diminuídos", comentou Neto, fazendo uma observação, em seguida: "O capital de giro é o problema. Compramos café dos nossos sócios à vista e vendemos com até 90 dias de prazo, porque a indústria está cheia de café e não quer de imediato", finaliza.

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JAIME DE SOUZA

ITUETA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 29/07/2017

As represas, em grande parte, continuam vazias . Fazer previsao de safra para 2018 está muito cedo ainda.  
JOSÉ SEBASTIÃO MACHADO SILVEIRA

LINHARES - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 28/07/2017

O fato da Cooabriel e outros armazéns  terem recebido mais café este ano não significa que a produção de 2017 foi maior que 2016. Nestes dois anos, grandes compradores de café - por problemas diversos - saíram do mercado, dando grandes prejuízos aos cafeicultores. Sobraram poucos compradores confiáveis, entre eles a Cooabriel. Clientes destes negociantes migraram para as empresas mais sólidas, o que justifica em parte, o aumento do café armazenado em alguns comerciantes.
RAY SANTANA

EM 28/07/2017

Uma fala dessas não ajuda a fazer o preço de café subir. 

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