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Poda programada de ciclo se estende para arábica e proporciona corte nos custos

POR EQUIPE CAFÉPOINT

PRODUÇÃO

EM 15/09/2016

3 MIN DE LEITURA

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Por Thais Fernandes

Foto: Luciana Silvestre/ Incaper

Em meados da década de 90, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) iniciava estudos para obter uma poda mais prática para os cafeeiros conilon do Estado. “Em 2007 conseguimos lançar a poda programada para o conilon e, hoje, até 98% das propriedades que cultivam a variedade no Espírito Santo a utilizam”, revela Abraão Carlos Verdin Filho, um dos pesquisadores à época.

Quase uma década após o lançamento para o conilon, o Incaper iniciou conseguem resultados na técnica voltada, agora, para o cafeeiro arábica: a Poda Programada de Ciclo em Café Arábica (PPCA). Entre os benefícios previstos pelo Incaper, a PPCA proporciona redução média de 50% nos custos com mão de obra, aumento superior a 28% na produtividade média da lavoura e facilidade de execução, dentre outras.

Foto: Luciana Silvestre/ Incaper
Nos dias de campo em que a técnica foi apresentada, agricultores familiares conhecem de perto a poda para o arábica


A técnica foi lançada recentemente, no último mês de agosto, na Escola Família Agrícola de Brejetuba. Alguns produtores rurais que se disponibilizaram a adotar a técnica ainda na fase experimental compartilharam suas experiências. “Esta tecnologia vai revolucionar a nossa cafeicultura. Eu confiei na experiência do Incaper e foi a melhor colheita que eu já fiz. Para mim, essa é a melhor tecnologia dos últimos anos dentro da lavoura”, disse Pedro Carnielli, cafeicultor de Venda Nova do Imigrante.

Desenvolvimento da técnica
O estudo começou em 2008, com testes na região Alto Mutum Claro, municio de Baixo Gandu e teve à o pesquisador Verdin também à frente da equipe na nova empreitada. O experimento inicial contou com a parceria do produtor Ademar Luiz Fransskoviak e a região foi escolhida por uma característica específica: a altitude. “O experimento está nessa área propícia para o arábica, a 648 metros do nível do mar”.

Foto: Verdin/ Incaper


A área de Ademar que recebeu o estudo foi de apenas 0,6 há, mas o proprietário que cedeu o espaço já estendeu a prática para todos os seus 33 ha. “Em um raio de 1 km todos os vizinhos também aderiram, tendo iniciado há cerca de 3 anos e, gradativamente, optando pela técnica”, conta Verdin.

Outra propriedade que iniciou a técnica fica em Santa Teresa, com 700 metros de altitude. “Lá, existem 800 pés de café e o produtor aderiu em toda propriedade. Alguns outros proprietários se programam para começar a implantar nos próximos três a quatro anos nas regiões de montanhas”.

Foto: Verdin/ Incaper

São essas áreas, onde a mecanização de tratos e colheita não consegue chegar, que o Incaper quer focar a utilização na nova técnica. “No morro precisamos melhorar os tratos culturais na colheita. Aumentar produtividade”, pontua Verdin.

A novidade gerou curiosidade de produtores, quando ainda em 2014, o CaféPoint divulgou reportagem sobre a pesquisa. Separamos algumas dúvidas dos produtores à época e pedimos que o pesquisador explicasse. Confira os itens:

-Existe restrição quando a cultivar?
Verdin: “Dá pra fazer em diversas condições. Medimos em vários locais. Já sabemos que de 500 a 800 m de altitude dá certo. Começo o trabalho agora em altitudes superiores a 800m, e climas diferenças. Desenvolvendo com outras variedades, para verificar como se desenvolve”.

- É possível implantar a técnica para diferentes adensamentos? (Exemplo 1,7m x 0,7m)
Verdin: “Nesse exemplo, é um superadensamento, que resulta em cerca de 8.400 pés/ha. Em geral, o espaçamento não impede o uso da técnica, mas como nesse caso ele já tem um sistema superadensado, então recomenda-se um estudo ou seguir o manejo já adotado”.

- Como foi seu comportamento em ano de bienalidade alta?
Verdin: “Como tiramos o baixeiro, também conhecido como saia, as plantas mudam o comportamento fisiológico. Elas começam a crescer mais na copa e se desenvolver. Isso muda a bienalidade. O próprio cafeeiro vai ter uma produção mais uniforme. Tivemos nos testes, produtividade máxima de 79 sacas/ha, no ano de alta e mínima de 29 sacas/há em ano de baixa. Então a produção se estabiliza e isso está diretamente ligado ao fato de tirar os ramos velhos na saia. Ela se refaz e joga essa produção para os galhos novos na copa.

Com o objetivo é oferecer ao produtor rural uma alternativa mais sustentável de manejo das lavouras de café arábica, que proporcione maior longevidade, com manutenção de seu potencial produtivo, o Incaper disponibilizou o informativo com o passo a passo da técnica, confira aqui.

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EQUIPE CAFÉPOINT

SÃO PAULO - SÃO PAULO - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 10/11/2016

Prezado Adelber,



O endereço foi corrigido no link da matéria.

Também aproveitamos para inclui-lo, aqui: https://biblioteca.incaper.es.gov.br/digital/bitstream/item/2337/1/BRT-podaprogramadaarabica-incaper.pdf



Atenciosamente,

Equipe CaféPoint
ADELBER VILHENA BRAGA

CAMPESTRE - MINAS GERAIS

EM 21/09/2016

alguém sabe informar por que o endereço eletrônico disponibilizado pelo Incaper para acessar o informativo se encontra inválido?



Att: Braga
LEONARDO EURÍPEDES VIEIRA

SANTA TEREZA - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 19/09/2016

Prezado, Douglas, bom dia!!

A quantidade a ser tira retirada vai depender da idade da lavoura. Sendo mais objetivo, aqueles  ramos plagiotróficos que já sofreram duas colheitas, serão todos retirados.



Att,

Leonardo  
DOUGLAS FABIANO DE SOUSA NUNES

MANHUAÇU - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 16/09/2016

Prezados,



Qual é a quantidade de ramos do baixeiro que devemos tirar no pós colheita? Tem alguma orientação?



Abraços?

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