Segundo ele, entre 40% e 50% da safra já está colhida. As regiões mais atingidas pela seca foram o Sul de Minas e Zona da Mata. "O cerrado e a chapada também foram atingidos, mas em uma escala um pouco inferior. A grande dúvida é o quanto que esse fator pode influenciar a safra de 2015/2016. O cafeeiro não cresceu direito, a estiagem pode ter comprometido as plantas. Ainda não temos como mensurar as futuras perdas", enfatizou. Com relação a preços, Mesquita afirmou que o atual patamar - de cerca de R$ 400 a saca, em média, para o tipo 6/7- não compensa as perdas ocorridas. "Não citarei um patamar ideal, porque depende muito do tipo de tecnologia usada na produção. Aqui em Minas temos o café irrigado, que teve menos perdas, e o montanhoso, que tem o uso intensivo de mão de obra", explicou. Para o presidente da Cooperativa Agropecuária de Araxá (Capal), Alberto Adhemar do Valle Junior, os preços até estão compensando as suas perdas. "O que não pode é cair mais. Mas o que me preocupa é que a produção do ano que vem pode ficar comprometida", declarou. A Capal recebe cerca de 300 mil sacas por ano de seus produtores e até o momento o volume recebido foi de 30 mil sacas.
Reportagem: Estadão Conteúdo