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SOU AGRO

EM 31/01/2012

3 MIN DE LEITURA

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Juliana Ribeiro

Ele foi a riqueza de muitas famílias brasileiras no período colonial e em outros séculos. Conhecido como o ouro negro, o café reinou durante anos como o principal item da economia brasileira. Foi tão importante que tinha seu próprio local para negociações, a Bolsa do Café.

O grão foi o primeiro produto agrícola a ter uma bolsa destinada apenas para a sua negociação. Inaugurado em 1922, na cidade de Santos, no litoral paulista, o prédio suntuoso, com uma fachada imponente e de arquitetura neoclássica, já foi palco de grandes e importantes negociações. Neste ano, a Bolsa do Café comemora 90 anos.
Toda essa história está retratada no Museu do Café, que fica no prédio da Bolsa e conta com um acervo riquíssimo. Ali estão fotografias, documentos, publicações e objetos, tudo relacionado à cultura do café. Há inclusive uma sessão multimídia, onde estão gravados os depoimentos de várias pessoas que trabalharam na cadeia produtiva do grão, desde produtores, comerciantes e até corretores da antiga bolsa. “O café foi fundamental para ajudar o Brasil a se reerguer”, afirma Cornélio Lins Ridel, presidente do Museu.

Ridel conta que foi graças ao café que o Brasil colônia conseguiu a sua independência de Portugal. Nesse período, a cana-de-açúcar brasileira sofria concorrência direta de Cuba e a baixa venda de açúcar para a Europa prejudicou o setor. O único produto que ia bem era o café. “Foi o dinheiro do café que pagou as dívidas do País”, explica ele.

O pregão da bolsa funcionou até 1957. Após esse período, o local informava apenas a cotação diária do grão aos investidores. No salão principal, nos períodos áureos do local, os fazendeiros e comerciantes ficavam no mezanino, enquanto na parte inferior, os corretores eram os responsáveis pelas negociações.

Das negociações saía quase 80% do volume total das exportações brasileiras, isso no período em que o Brasil respondia por 60% do consumo mundial da bebida.
Com o fechamento da bolsa, o prédio ficou um bom tempo abandonado, depois foi utilizado pelo Governo do Estado, até que em 1998, o então governador Mário Covas, por meio de uma parceria com os comerciantes e empresários da região, reformou o prédio e criou o museu.

Assim nascia a Associação Amigos do Café, composta por pessoas ligadas direta ou indiretamente ao setor. Hoje, o Museu está sob responsabilidade do governo estadual, mas a associação é qualificada pela Secretaria de Estado da Cultura para administrar o local. Tudo isso está retratado em imagens ou documentos, os quais o visitante pode conhecer de perto durante a visita.
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Para aqueles que querem ir além da história e se interessam pela arte de preparar e degustar o café, o museu oferece cursos e palestras. Um dos mais procurados é o curso de barista, onde o aluno aprende a fazer a bebida da melhor forma, além de criar drinks à base do café. Já as crianças podem conhecer um pouco mais sobre a história e tradição do café por meio das sessões com os contadores de histórias do museu.

Do comum ao exótico

No prédio da Bolsa, o visitante também encontra a Cafeteria do Museu. Cinco vezes campeão do prêmio de melhor cafeteria da baixada santista, o local, que preserva a arquitetura original tem oito variedades de grãos de café para que o cliente escolha qual tomar ou levar para casa, torrado.

São eles os do Sul de Minas, Cerrado de Minas, Chapadão do Ferro, Alta Mogiana, Orgânico, o Blend do Museu, e ainda o Bourbon Premium. Para Ridel, o café faz parte da cultura brasileira, como uma forma de socialização. “As pessoas sempre bebem café, seja após o almoço, nas reuniões ou em visitas à casa de conhecidos.”

Uma das atrações é o caro e exótico café do jacu. O nome tem origem no pássaro brasileiro, que escolhe os melhores grãos do cafezal para se alimentar. Depois que o animal expele os grãos, os colhedores os retiram das fezes para fazer o processamento e torrefação do café.

Quem conhece, garante que a qualidade do produto é surpreendente. E não é para menos, já que o cuidado com a origem dos grãos é item essencial na cafeteria “Este e outros grãos, nós compramos de fornecedores que vão buscar direto nos produtores que se adequam às normas e exigências para produção”, explica Ridel.

Serviço
Museu do Café
Rua XV de Novembro nº 95 Centro – Santos (SP)
Fone: (13) 3213-1750 / Fax: (13) 3219 5585
E-mail: museudocafe@museudocafe.org.br

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