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Código Florestal e o Agronegócio: a opinião do leitor

POR ANDRE ZANAGA ZEITLIN

ESPAÇO ABERTO

EM 12/06/2009

2 MIN DE LEITURA

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Marcello,

Parabéns pelo artigo. Você abordou com clareza um dos pontos centrais da reforma do Código Florestal, incluir ou não as áreas de preservação permanente na reserva legal, com números gerados pelos dois lados envolvidos (bastante próximos por sinal).

A proximidade dos números do Ipam e da Embrapa me lembrou os cursos de negociação (ou resolução de conflitos, como prefiro) em que se ensina que é preciso haver uma "zona de acordo possível" para o conflito se resolver. Os números parecem indicar que há.

Quanto maior o número de fatores envolvidos em uma negociação, maiores as chances de se encontrar um solução passível de ser aceita por ambos os lados, ao contrário do que em geral se imagina. Você cita "as dimensões continentais, as diversidades regionais e climáticas do Brasil, o tamanho das propriedades rurais, a quanto tempo as áreas já são usadas para produção agrícola e pecuária, bem como a localização dessas áreas com relação aos grandes centros de consumo", e eu acrescento o tempo dado aos produtores para se adequarem ao novo Código. Há que haver entre as infinitas combinações destes fatores, uma solução que agrade a ambos os lados. Espaço para manobrar não falta...

O que parece faltar é interesse em resolver o conflito ao invés de "ganhar a briga". Se não ajudou em nada o vexame palanqueiro do Ministro Minc, me assusta mais neste momento a postura da CNA. Quando da eleição da Senadora Kátia Abreu para a CNA, escrevi outro comentário mencionando que esse seria um divisor de águas na história da agricultura nacional, e não achava que a mudança era necessariamente para melhor.

Se a captura da relatoria do projeto fundiário da Amazônia pela Senadora, que claramente não representa o equilíbrio entre agro e meio ambiente, não parecia adequada, as mudanças introduzidas pela bancada ruralista no projeto são um vexame digno do nosso Legislativo. Lembram do editorial do Marcelo Carvalho sobre a competência em se promover que tanto falta ao agronegócio? Depois deste projeto é preciso dizer que "a mulher de César não basta parecer honesta, se não o for de fato."

O agronegócio pode até comemorar no curto prazo, a depender dos vetos do Lula. Afinal, quando tudo parecia perdido frente a onda ecológica que varre o planeta, algumas pessoas jurídicas, latifundiárias da Amazônia, pegaram uma excelente carona num projeto destinado a pequenos produtores. No longo prazo, porém, temo pelo desgaste que o país como um todo, e o agronegócio em especial, vão pagar em termos de sua sua imagem nos mercados que queremos conquistar ao redor do mundo. Sera que valeu a pena?

A CNA está perdendo uma ótima chance de promover uma nova agricultura brasileira. O pacto pela soja ecologicamente responsável (que balançou feio nos últimos dias) e projeto semelhante que se desenha para a carne são o caminho para calar Irlandeses protecionistas e eco-xiitas. Fazer valer o discurso de que podemos crescer muito sem derrubar uma única arvore é o que nos deve, urbanos e rurais, a CNA.

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RODRIGO VIEIRA DE MORAIS

SÃO JOSÉ DO RIO PARDO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 29/06/2009

A única saída para tudo está no investimento pesado na educação, e a agricultura se inclui aí porque a assistencia técnica rural ATER (que está intimamente ligada aos produtores rurais), foi marginalizada nos últimos tempos. Neste contexto, se o investimento na educação fosse prioridade neste país, as ações de ATER seriam privilegiadas e aí sim teriamos um incremento na qualidade de vida dos produtores rurais.

Como pode um país agricola como o nosso, designar as ações de ATER a empresas que vendem insumos e defensivos agrícolas. Só pode dar nisso que está aí.
Ações de ATER = educação rural = melhor qualidade de vida.

Especulam muito sobre a relação do sucesso da produção agropecuária com a introdução dos cultivos na Amazônia, mas esquecem que existem enormes áreas com produtividades baixas nas outras regiões do Brasil.
ALONSO BANHETI

LAJINHA - MINAS GERAIS

EM 23/06/2009

Sobre as colocações acima, concordo plenamente em tudo, mas acrescentaria um detalhe em defesa do consumidor doméstico, que tem sido responsabilizado pela escassez de água no planeta!

É bom que se entenda que a água que a dona de casa não permitir fluir de sua torneira, o único benefício que o consumidor terá é o de não pagar por ela. Em contra partida, estará sendo responsabilizado pela má higiene pessoal e ambiental no seu habitat.

A água é para ser usada! Quem usa paga! E muito bem paga, com exceção de alguns privilegiados dentro dos municípios, apadrinhados por questões políticas - isso ocorre em pequenos municípios com fácil percepção.

Existem duas questões que precisam ser observadas:

- a água que o consumidor comum não usar, ela seguirá o seu fluxo normal até que encontre os rios já poluídos sem qualquer política de saneamento governamental efetiva - apenas de palanques;

- a água que falta, é a que deixa de fluir nas fontes naturais, e que não existe qualquer pretensão de nossas estruturas governamentais federal, estaduais e municipais, em preserva-las por leis de duas mãos, ou seja, se o dono da fonte protege, faz um bem ao mundo logo, que benefício ele terá?

Com nenhuma das duas questões eles não devem saber, ou não tem interesse em faze-lo, é mais fácil usar o dinheiro do próprio consumidor, para gastar fortunas em publicidades objetivando responsabilizá-los pelo que o sistema não consegue fazer.
HERMANO DE OLIVEIRA MELO FILHO

CRISTALINA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 20/06/2009

Senhores,
A importância do meio ambiente não se discute, o conforto que as cidades querem este sim, o carro que expele carbono, o lixo que o morador das cidades não tem a menor atitude para reciclar e descartar corretamente,etc., a energia e a água que consomem sem a menor parcimônia, isto, não é uma critica velada ao morador da cidade. Indiretamente o é as empresas e a ciência que só geram mercadorias e tecnologias que produzem lucro, raramente se vê uma tecnologia de fácil disseminação e ecologicamente correta que seja implementada pela pesquisa cientifica, seja ela particular ou autárquica.

Preservar o meio ambiente Brasileiro não passa somente pelo percentual que deve ter as áreas de utilização limitada, deve-se também pensar em explorar estas glebas economicamente e "ecologicamente". Para exemplificar, no Cerrado existe uma planta entre tantas que se chama "Baru", produz um farelo e castanha comestível de altíssima qualidade, e com produção por área muito superior a soja, deveríamos gerar tecnologias de cultivo desta planta e outras, para grandes áreas, com o intuito de colocá-la nas áreas de preservação ambiental. Esta atitude geraria uma infinidade de empregos, teríamos um produto no mercado com impacto econômico de igual valor a soja, milho, etc. e principalmente condição técnica, econômica e motivacional para repor as áreas de preservação ambiental.

Com atitudes desta natureza o cenário de disponibilidade de terra para a agricultura e pecuária seria diferente, pois com tecnologia adequada, colheita de frutos das plantas florestais ou do cerrado seria agricultura, e pasto no meio de cerrado seria pecuária intensiva. A captura de carbono neste ambiente é altíssima.

Acredito que a preservação do planeta poderá ser feita com desenvolvimento e equilibrio, mas nunca sob a batuta da tecnologia que só é viável se der lucro para uma determinada empresa.

Hermano Melo
Eng. Agrônomo
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/06/2009

Caro amigo André

Agradeço seus comentários relativos ao meu artigo "Produtor rural: vilão ou herói?", e você colocou muito bem que deve-se considerar no novo código o tempo para o produtor se adaptar a ele. Com relação a esse tempo necessário, o Governo deve considerar que esse trabalho envolve levantamentos e registros, e é preciso ser realista com relação à demanda junto a profissionais capacitados a realiza-lo e cartórios que farão os registros, bem como com relação aos custos que representam para o produtor rural, que terão que ser razoáveis e financiados, pois dinheiro é um recurso escasso para grande parte dos produtores rurais.

Com respeito à da Câmara dos Deputados e do Senado, dá vontade de chorar ao ver as barbaridades que por lá acontecem e que tem sido, infelizmente, notícia constante na mídia. Se fossemos um regime parlamentarista teríamos a possibilidade de ser dissolvido o Congresso e convocada novas eleições para que pudessemos escolher novos parlamentares. Mas como isto não é possível, temos que trabalhar com os parlamentares que estão aí e tentar fazer um bom jogo.

Com relação à bancada ruralista é preciso ficar claro, para a sociedade e para a midia, que esta não representa a maioria dos produtores rurais, mas sim um pequeno grupo que na realidade é muito mais urbano do que rural, e parte dos quais realmente investem na produção rural de forma predatória ao meio ambiente. Partilho da sua opinião que a senadora Katia Abreu, como presidente da CNA deve deixar claro, não só através do discurso, mas principalmente através da ação, que a entidade que preside não representa esse grupo específico defendido pela bancada ruralista, mas todos os produtores rurais que pagam contribuição para a entidade, cuja grande maioria não pertence a esse grupo minoritário que na realidade é muito mais urbano do que rural.

Grande abraço
Marcello de Moura Campos Filho
LUCIO SIMOES AQUINO

SÃO BORJA - RIO GRANDE DO SUL - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 15/06/2009

Como dizes: "Fazer valer o discurso de que podemos crescer muito sem derrubar uma única arvore é o que nos deve, urbanos e rurais, a CNA." Esta afirmação esta correta. Não podemos é retroceder e parar de plantar e criar gado em áreas que já eram planícies sem vegetação arbostiva e agora querem que sejam "reflorestadas"?

O produtor rural não pode ser penalizado sozinho pelo ambiente (que deve ser preservado por todos). Deverá ter a justa e devida compensação financeira (danos emergentes e lucros cessantes) quando o estado atingir o direito da propriedade em sua potencialidade economica.

O principal ponto a ser tratado é se os brasileiros farão o que o primeiro mundo quer que façamos? Que é diminuir a área de produção de alimentos, pois esta custando muito caro manter o subsídio para os ruralistas da Inglaterra, Alemanha, Italia, Francese, etc. O Brasil em poucos anos vai quebrar as grandes potencias apenas com o acrescimo de uma pequena área de cerrados que ainda é possível fazer agricultura e colocará alimentos com preço bem abaixo do que é produzido naqueles paises.

Se querem proteger o meio ambiente, se este é o maior objetivo desta legislação, então temos que pensar em dar tratamento aos esgotos das grandes e médias metrópolis. Este sim é uma poluição que aumenta muito ao passar dos anos. Forçar aos nossos governantes a oferecer aos seus habitantes esgoto canalizado e tratamento do mesmo, no final do processo, antes de largarem novamente, a "água", no ambiente. A multa deveria ser cobrada do presidente, do governador e do prefeito se não promovessem um tratamento eficiente aos dejetos provenientes das suas cidades, estados e união.

O meio ambiente deve ser protegido tanto pelo Estado e pela coletividade, isto diz na lei. Isto deve ser colocado em prática. A conta tem que ser paga por todos os habitantes através dos impostos recolhidos pela economia do setor produtivo brasileiro.

Abraço,
Lúcio

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