" Lançado no fim de 2007, o Madame passou a ser vendido em 100 lojas do Pão de Açúcar dois meses depois, mas logo o grupo Casino suspendeu o projeto de cafés especiais da rede. "Foi quando começamos a trabalhar o segmento de food service e a pensar um projeto de exportação da marca." Em 2009, entraram no mercado canadense e agora estão com um representante italiano para iniciar as vendas na Europa. "Acabamos de desenvolver um blend específico para a Itália, aumentando a torra como eles preferem." Ao mesmo tempo conquistaram 50 estabelecimentos, como o supermercado Santa Luzia e as redes de restaurantes do chef Sérgio Arno. E agora trabalham as praças do Paraná e de Santa Catarina. "Demos sorte que o interesse do consumidor pelo café gourmet é crescente, e que o mercado interno se torna também muito promissor."
A intenção é dobrar a área cultivada que está em 300 hectares até 2012. "O Madame D´orvilliers representa 5% da nossa produção de grãos, o equivalente hoje a 35 mil quilos. Até o fim do ano queremos chegar em 20%." Para se ter um ideia, enquanto a saca de café cru da Império é vendida no atacado por uma média de R$ 300, a do Madame chega a R$ 1,5 mil. "Os custos são muito maiores, como os da distribuição e do treinamento que oferecemos para as equipes de baristas dos estabelecimentos que passam a comprar nosso produto." O produto tem certificados de responsabilidade social e ambiental, e foi considerado o melhor café gourmet brasileiro em 2008 pela ABIC.
Crescimento e investimento
Com o crescimento do Madame D´orvillier, Marília transferiu o escritório comercial para São Paulo. E começou mais um projeto. Comprou uma cafeteria no bairro de Pinheiros, e vai fazer ali um laboratório para chegar ao ideal do que seria uma loja da marca. "Vamos manter o nome de Casarão do Café e experimentar vários modelos até chegar ao que poderá ser replicado com a bandeira Madame D´orvillier."
A reportagem é do jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe CaféPoint.