O café do produtor Antônio Rigno de Oliveira, de Piatã (BA) alcançou a nota de 8,72 pontos com a qual venceu o 11º Concurso Nacional Abic de Qualidade do Café – Safra 2014. O lote de café arábica da variedade catuaí concorreu na categoria Café Cereja Descascado/Despolpado, e conquistou, além do 1º lugar da categoria, também o título de campeão geral da competição.
O cafeicultor já havia conquistado este ano o segundo lugar no ranking do Cup of Excellence. Na ocasião, seu lote foi arrematado pela empresa UCC Ueshima Coffee Co. ao valor de *R$ 9.683,49 (US$ 3.862,58), por cada uma das 16 sacas. (Leia mais). Agora, o café de Antônio Rigno foi considerado “único” e “extraordinário” pela Comissão Julgadora do concurso organizado pela Associação Brasileira da Indústrias de Café (Abic).
Confira os vencedores da Café Cereja Descascado / Despolpado:
A competição também contou com a categoria Café Natural, na qual o campeão foi o lote de bourbon do produtor José Clóvis Borges, de Divinolândia (SP), com a nota 7,92. E na categoria Microlote, o vencedor foi o produtor Eufrásio Souza Lima, de Barra do Choça (BA), que em 2013 foi o campeão do concurso. Seu café da variedade catuaí recebeu a nota 8,26 e foi avaliado como “esplendido”.
Veja quem foram os vencedores da categoria Café Natural:
E os melhores cafés na categoria Microlote:
Este ano a disputa final foi entre lotes finalistas dos certames estaduais realizados na Bahia, São Paulo, Paraná e Minas Gerais. O Espírito Santo não inscreveu seus cafés este ano. Os juízes avaliaram a qualidade global do café na xícara, pontuando notas de 0 a 10 para propriedades como: aroma, sabor, corpo e retrogosto, através da metodologia do PQC – Programa de Qualidade do Café. “Esse é o grande diferencial do concurso nacional promovido pela Abic, a utilização da metodologia do PQC, único no Brasil e no mundo, que avalia o café no ponto de torra de consumo, exatamente igual ao produto que o consumidor compra para preparação diária”, explica Américo Takamitsu Sato, presidente da Abic.
Nesta edição o tamanho dos lotes das categorias Café Natural e Café Cereja Descascado foi reduzido para 6 sacas, duas a menos do que o exigido nos concursos anteriores. De acordo com Nathan Herszkowicz, diretor executivo da ABIC, a determinação dos lotes de Café Natural e Cereja Descascado serem de apenas 6 sacas visou permitir ao produtor buscar a excelência no preparo de cada lote, tendo em vista as dificuldades enfrentadas em muitas regiões nesta safra, por causa da seca. “Mas essa limitação fará também que a disputa entre indústrias e cafeterias, durante o leilão, seja mais acirrada ainda”.
Na categoria Microlote foram mantidos os critérios: limite de 2 sacas por cafeicultor, desde que o café, Natural ou Cereja Descascado, tenha sido produzido em uma propriedade com até 15 hectares, exigência que visa privilegiar o pequeno produtor.
Confira a classificação por qualidade global: