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Manejo de doenças do cafeeiro em sistemas alternativos de produção

POR ANTÔNIO F. SOUZA

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO

EM 06/11/2007

9 MIN DE LEITURA

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1 - Introdução

Os impactos negativos da tecnologia moderna, baseada no uso intensivo do solo, de fertilizantes e defensivos químicos, desencadearam a busca por técnicas de produção mais sustentáveis no manejo das culturas.

Aliada a isto, a crescente preocupação da sociedade com a saúde, a qualidade de vida e o meio ambiente, está levando o consumidor a valorizar cada vez mais, a adoção de métodos de produção agrícola que garantam a qualidade dos produtos, menor agressividade ao meio ambiente e que sejam socialmente justos com os trabalhadores rurais.

É neste contexto que a cafeicultura orgânica, familiar e sem o uso de agrotóxicos (SAT) surge como alternativa para a produção de café de maneira mais sustentável, ambientalmente equilibrada e socialmente justa.

Entretanto, um dos grandes desafios destes sistemas de produção é o manejo adequado das doenças que incide no cafeeiro, principalmente com relação a ferrugem, mancha de olho pardo, mancha de ascochyta, mancha de phoma. Estas doenças dependendo da severidade podem inviabilizar a continuidade da atividade, se medidas integradas de manejo não forem adotadas.

Muitas práticas atualmente utilizadas, não têm sua eficiência comprovada cientificamente, o que tem levado os produtores a agir por tentativas e erros quando necessitam fazer o controle destas doenças. Isto pode vir a revelar futuramente, desequilíbrios no sistema, uma vez que não se tem conhecimento dos processos ecológicos envolvidos quando se adota práticas que não são ainda bem estudadas.

De maneira geral, o manejo das doenças nestes sistemas demandam um conhecimento maior do técnico e/ou do produtor sobre os fenômenos ambientais que ocorrem na região (em relação ao solo, ao clima) e dos tratos culturais adotados nas propriedades que estarão diretamente relacionados a incidência de doenças nas lavouras.

2 - Fatores que predispõe o cafeeiro a doenças

Para que a doença se estabeleça numa determinada cultura, é preciso:

a) que o hospedeiro seja suscetível - os cultivares de café arábica disponíveis no mercado são suscetíveis a maioria das doenças. Exceção deve ser feita aos cultivares que apresentam resistência a ferrugem e tolerância aos nematóides das galhas.

b) o ambiente esteja favorável - temperatura, umidade relativa, vento, insolação e chuva são os fatores climáticos importantes para as doenças do cafeeiro.

c) o patógeno esteja presente - muitos patógenos do cafeeiro são disseminados pelo vento, pela água da chuva ou irrigação e chegam a todo o momento nas lavouras.

Neste processo, o cafeicultor pode favorecer o aparecimento das doenças quando instala as lavouras em solos compactados ou muito arenosos, com baixo teor de matéria orgânica e pobres em nutrientes, sob condições de intenso sombreamento, adotando espaçamentos menores, adubação desequilibrada, excesso de irrigação, manejo inadequado do mato, sem proteção adequada contra vento.

O consórcio do café com outras culturas é característico destes sistemas de produção. Vale lembrar que esta prática modifica o microclima no interior da lavoura favorecendo determinadas doenças, além de ser importante fonte de entrada de nematóides nas áreas de cultivo. Estes são alguns exemplos de fatores que podem predispor o cafeeiro as doenças.

3 - Práticas de manejo recomendadas para os sistemas alternativos de produção

Algumas práticas relatadas abaixo, se utilizadas corretamente, ajudam a manter baixos os prejuízos causados pelas doenças nos sistema alternativos de produção. De maneira geral, a combinação do controle cultural, uso de variedades resistentes e aplicação de caldas cúpricas vem apresentando excelentes resultados nos sistemas orgânicos de produção em condições de campo.

a) Práticas culturais: se adotadas corretamente desde a formação das mudas até a fase de produção no campo, ajuda a reduzir os prejuízos causados pelas doenças.

Tabela 1 - Algumas práticas que auxiliam no manejo integrado de doenças do cafeeiro


b) Uso de variedades resistentes: é visto como uma das estratégias de manejo mais importantes nestes sistemas por ser de fácil adoção pelo produtor, sem custos adicionais e com resultados relevantes em termos ambientais.

Vários cultivares foram desenvolvidos pelos programas tradicionais de melhoramento do cafeeiro, adaptados a diferentes regiões geográficas do Brasil. Alguns deles apresentam atributos de qualidade (peneira, bebida, vigor vegetativo, porte, maturação, tolerância a seca e geadas, resistência/tolerância a nematóides, resistência a ferrugem, dentre outros), superiores aos cultivares tradicionalmente usados na cafeicultura convencional.

Todos os cultivares lançados, foram desenvolvidos sob condições ótimas de fertilidade e controle de doenças e pragas (exceto aqueles resistentes), não se conhecendo ainda, o comportamento deste material em sistemas orgânicos de produção, embora alguns estudos encontra-se em andamento.

Como por exemplo, o trabalho desenvolvido na Zona da Mata pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) em parceria com Sindicato e Associações de produtores rurais e com o Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA), com o objetivo de avaliar o comportamento de 36 cultivares antigos (resgatados nas comunidades de agricultores familiares) e melhorados (com diferentes características agronômicas) em sistemas orgânicos de produção.

Tabela 2 - Cultivares de café em avaliação em sistema orgânico de produção, nos municípios de Araponga, Espera Feliz e Tombos, na Zona da Mata Mineira (Adaptado de LIMA et al., 2007).


1/ apresenta boa resistência ao nematóide M. exigua; 2/ boa tolerância à seca e ao nematóide M. exigua; 3/ boa tolerância a seca; 4/ boa tolerância ao bicho-mineiro.
I-Porte (B=baixo; A=alto); II-Reação a Ferrugem (R=resistente; S=Suscetível; MR=Moderadamente resistente); III - Época de maturação dos frutos (P=Precoce, M=Média; T=Tardia).

Trabalho semelhante conduzido pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) em São Paulo, onde vários outros cultivares estão sendo avaliados no sistema orgânico de produção.

Tabela 3 - Cultivares de café arábica em estudo pelo IAC, no sistema orgânico de produção (Adaptado de GIOMO et al., 2007).


PA e PB = porte baixo e porte alto, respectivamente; RF, MRF e SF = resistente, moderadamente resistente e suscetível à ferrugem, respectivamente; Rn = resistente ao nematóide M. exigua.

As duas tabelas acima mostram diversos cultivares que podem ser adotados pelos produtores. A escolha dependerá da região e de características internas de cada propriedade. Resultados de pesquisa do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), indicam que para altitudes menores seria mais desejável o uso de variedades precoces e de porte grande. Em altitudes maiores, pode-se utilizar cultivares de pequeno porte ou compacto. Em áreas de ventos fortes preferir cultivares de porte compacto ou pequeno.

Na verdade, não existe uma receita pronta, por isso o melhor remédio é um planejamento que privilegie a diversificação varietal, plantando cultivares precoces, semi-precoces, semi-tardias e tardias, fator que proporcionará facilidade na colheita no ponto ideal e diminuição de custos em função do escalonamento da colheita.

É oportuno ressaltar que os cultivares resistentes desenvolvidos pelos programas de melhoramento apresentam resistência a ferrugem do cafeeiro. Para as demais doenças foliares não existem cultivares resistentes disponíveis. Logo, mesmo utilizando cultivares resistentes, a adoção de outras medidas de controle se faz necessário, por causa da mancha de olho pardo, mancha de phoma, mancha de ascochyta e seca de ramos que podem limitar a produção.

Recomenda-se também a adoção continua e gradual destes cultivares pelos produtores, principalmente dos cultivares resistentes que podem ter sua resistência suplantada devido ao aparecimento de novas raças de ferrugem.

c) Aplicação de Caldas Cúpricas: Em geral, os produtos a base de cobre mostram grande eficiência no controle preventivo de várias doenças fúngicas e bacterianas do cafeeiro. O cobre além de ser eficiente no controle das doenças, exerce importante função nutricional para o cafeeiro.

Entretanto o uso de fungicidas cúpricos como Oxicloreto de Cobre, tem uso limitado em sistema SAT e orgânico de produção. O Hidróxido de cobre é permitido por vários órgãos de certificação. O sulfato de cobre vem sendo bastante utilizado no preparo de caldas cúpricas, como a calda bordalesa e a calda viçosa.

As aplicações preventivas devem ser iniciadas em outubro/novembro visando conferir proteção contra mancha de phoma. Aplicações feitas em dezembro, janeiro fevereiro e março, conferem proteção contra ferrugem, mancha de olho pardo, mancha de ascochyta e mancha aureolada.

d) Aplicação de Caldas ferti-protetoras (biofertilizantes e fertilizantes foliares): É comum encontrar no mercado diversos produtos (fertilizantes foliares) vendidos como sendo capazes de induzir resistência no cafeeiro contra determinadas doenças. Uma coisa é indução de resistência, outra coisa é nutrição foliar.

Aplicação foliar de nutrientes no cafeeiro é importante para suprir a necessidade de determinados micronutrientes, mantendo a planta bem nutrida. Assim a planta pode indiretamente "tolerar" mais os efeitos danosos dos patógenos.

Nada tem a ver com a resistência induzida propriamente dita que consiste na aplicação de produtos (indutores abióticos) que tem a capacidade de ativarem mecanismos de resistência latentes da planta levando a síntese ou acúmulo de substâncias importantes na defesa contra o patógeno (mudanças específicas no metabolismo da planta). Indutores bióticos (microrganismos com algumas bactérias) também são capazes de induzir mecanismos de resistência.

Poucos são os produtos desta natureza que foram testados no cafeeiro. A maioria do que está disponível no comércio tem função específica de nutrição da planta. Mesmo aquelas caldas ferti-protetoras preparadas na propriedade, como Supermagro. O mecanismo de ação não é conhecido, mas sabe-se que ele não atua no controle preventivo da doença como as caldas cúpricas.

Os demais produtos (pó de rocha, extratos foliares, produtos derivados de processos industriais) precisam ser mais bem estudados. Vários trabalhos mostraram que o silicato de potássio aplicado via foliar não teve efeito protetor comprovado contra as doenças do cafeeiro.

4 - Conclusão:

A pesquisa científica não tem gerado muitas informações práticas para serem adotadas nos sistemas alternativos de produção visando o manejo de doenças do cafeeiro. A maioria dos trabalhos de pesquisa ainda são realizados em mudas sob condições controladas, procurando entender melhor a dinâmica dos processos envolvidos e encontrar novas opções de controle para um sistema de produção que cresce em ritmo acelerado a cada ano.

No contexto do manejo de doenças em sistemas alternativos de produção, é interessante analisar a colocação feita por um pesquisador do IAC na edição 59(1): 2007 do jornal O Agronômico Campinas, e que vem de encontro aos problemas encontrados no manejo de doença. Algumas modificações foram feitas em relação ao texto original, mas a idéia continua a mesma.

"A todo o momento surgem no mercado produtos "milagrosos" para o controle de doenças. O número de trabalhos publicados em Congressos, Simpósios, Fóruns e outros eventos relacionado a cafeicultura vem crescendo bastante devido a necessidade imediata de se publicar alguma coisa. Entretanto, muitos não seguem uma base científica correta ou são conduzidos por apenas uma safra e os resultados não são reproduzíveis em casa de vegetação e muito menos em condições campo.

Com isto o técnico extensionista e o produtor ficam no meio dessa verdadeira guerra de interesses e informações contraditórias. Qual o caminho a seguir? Adotar as "novas tecnologias" sem base científica sólida e estar na "crista da onda", ou manter-se fiel aos conceitos estabelecidos e oriundos de pesquisas sérias e de longa duração, como é necessário e esperado para uma cultura permanente como a do cafeeiro, e que tem proporcionado ótimos níveis de produtividade? Qual é o custo dessas "novidades"? Quanto efetivamente acrescentarão na produtividade?

É evidente que a ciência é dinâmica e deve evoluir sempre agregando novos conhecimentos e quebrando paradigmas. Algumas dessas "tecnologias" estão presentes e até em uso em larga escala, mas devem ser mais bem pesquisadas, a fim de que técnicos e produtores tenham segurança ao recomendá-las e/ou adotá-las".

Isto não implica na adoção e disseminação de pacotes tecnológicos, mas na utilização de práticas orientadas para e pelas comunidades locais fundamentadas na compreensão de todos os fatores envolvidos na unidade de produção que garantam a sustentabilidade e continuidade no sistema.

5 - Bibliografia consultada

Giomo,G.S.; Pereira, S.P.; Bliska, F.M.M. Panorama da cafeicultura orgânica e perspectivas Para o setor. O Agronômico, Campinas. 59(1), 2007. p.33-36

Lima, P.C.;Moura, W.M.; Valente, R.F. Certificação e Produção de café em sistema orgânico. In: Zambolim, L. (ed.) Certificação de Café. Viçosa, UFV, 2006, p.185-244.

O Agronômico, Campinas. Boletim Técnico-Informativo do Instituto Agronômico. Volume 59, Número 1, 80p. 2007. Série Técnica Apta.

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FÁBIO LÚCIO MARTINS NETO

VITÓRIA DA CONQUISTA - BAHIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 11/11/2007

Também parabenizo o Sr. Antônio F. Souza pelo elucidativo artigo.

Concordo com o Sr. Hans Christian Schmidt de que questões como estas precisam ser bem esclarecidas, destituídas de cortinas de fumaça. Há uma tentativa no nosso meio em descaracterizar a verdadeira agricultura sustentável com bases ecológicas, afirmando que tudo não passa de "filosofia". No entanto, a questão ambiental (de forma ampla) demanda urgência na busca de soluções. E uma parte destas soluções no tocante a cafeicultura foi colocada com bastante clareza e cientificismo pelo Sr. Antônio F. de Souza.

Me permitam contribuir com o assunto. Segundo alguns autores da ciência denominada Agroecologia, como Gliessman e Altieri, a conversão de sistemas agrícolas convencionais para sistemas mais sustentáveis deve ser feita de forma lenta e gradual, com muita segurança na passagem de um nível para o outro (daí a necessidade das pesquisas e de artigos como este).

O primeiro passo seria o aumento da eficiência de práticas convencionais a fim de reduzir o uso e o consumo de insumos escassos, caros ou ambientalmente danosos. O segundo passo, por sua vez, seria a substituição - como foi apresentado no artigo - de insumos e práticas convencionais por práticas "alternativas".

O terceiro passo, na minha opinião, seria o que Hans Christian Schmidt colocou como "muito ainda tem que ser feito na construção de uma cafeicultura realmente sustentável", pelo menos no tocante ambiental. Neste momento, a meta e o desafio é redesenhar o agroecossistema de forma que ele funcione baseado em um conjunto de processos ecológicos, sem, no entanto, prejuízos aos ganhos obtidos anteriormente principalmente com relação à produção. Talvez apenas neste momento o tripé hospedeiro-ambiente-patógeno estaria de fato equilibrado.

Abraço a todos.
LÊDA GONÇALVES FERNANDES

MACHADO - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 09/11/2007

Parabenizo o autor pelo inciativa de publicar um artigo que reflete com tanta realidade o que muitos produtores/cafeicultores vivem hoje. A busca por técnicas de produção mais sustentáveis é uma necessidade e é neste contexto que as instituições de ensino e pesquisa devem ser inseridas. Assumir o compromisso de encontrar alternativas para a prática de uma agricultura/cafeicultura economicamente viável, ecologicamente correta e socialmente justa.
HANS CHRISTIAN SCHMIDT

VITÓRIA - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 08/11/2007

Quero parabenizar o autor pela matéria e ao Cafépoint pela sua publicação.

Muito ainda tem que ser feito na construção de uma cafeicultura realmente sustentável e que não fique apenas no marketing. O maior problema é a desmistificação da temática, visto que muitos criticam a "falta de comprovação científica", mas efetivamente pouco tem sido investido nesse sentido e poucos pesquisadores e extensionistas atuam nesse campo. Porém, há muitos produtores, por convicção ou necessidade, trilhando a busca por alternativas. Existem realmente experiências exitosas que indicam caminhos alternativos viáveis, seja no manejo de pragas e doenças, do solo e da fertilidade, consorciações e sistemas agroflorestais, etc.

Devemos sair das "trincheiras" ideológicas e de lobbys agroquímicos e buscar soluções economicamente e ecologicamente viáveis, que realmente vão de encontro aos interesses do produtor rural e dos consumidores. Soluções que estejam antenadas aos desafios atuais como os da mudança climática, do convívio com o fim dos combustíveis fósseis (ou do elevado custo dos mesmos), da segurança alimentar e do manejo dos recursos naturais (principalmente água, solo e biodiversidade).

O mercado está indo nessa direção. Agora o desafio é que políticas públicas consistentes de pesquisa e ATER, além do produtor e suas organizações, respaldem e incentivem ações neste sentido.

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