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Valorização do café eleva preço da terra

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 13/01/2011

3 MIN DE LEITURA

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A valorização dos preços do café, principalmente a partir do segundo semestre do ano passado, aqueceu o mercado de terras cultivadas com o grão no Brasil, conjuntura que há muito tempo não se via. A alta da commodity acentuou ainda mais o movimento ascendente das cotações de terras agrícolas no país, tendência que tem ganhado força nos últimos cinco anos.

Levantamento realizado pela consultoria paulista AgraFNP identificou que em algumas áreas do sul de Minas - principal região produtora do Brasil -, o preço do hectare com a lavoura de café instalada teve uma valorização de até 10% nos últimos 12 meses encerrados em outubro de 2010. Segundo a consultoria, nos municípios de Araguari e Araxá, por exemplo, o valor do hectare está hoje entre R$ 15 mil e R$ 17 mil, 10% acima dos preços registrados em outubro de 2009.

De acordo com Jacqueline Bierhals, analista de mercado de terras da AgraFNP, na região de Guaxupé, o hectare de café teve um ganho de 5% e vale hoje entre R$ 9,5 mil e R$ 11 mil. Ela afirma que essa alta ainda não reflete toda a valorização dos preços do café. "Pode ser que de agora em diante os efeitos das cotações da commodity sejam mais claros sobre os preços das terras, uma vez que esses valores não pegaram ainda a alta que o café teve nos dois últimos meses do ano", observa a analista.

Ela lembra que diferentemente de outros produtos agrícolas, o café tem algumas características específicas. Por ser uma cultura perene, a transferência dos ganhos ou perdas da commodity para os valores das terras ocorre de forma mais lenta que na soja, milho e outras culturas anuais. "O reflexo sempre existe, mas no café a dinâmica é outra", afirma Jacqueline.

As altas de 53,2% nos preços do café na bolsa de Nova York no ano passado, de quase 50% na BM&FBovespa e de 51,5% no mercado físico passaram a atiçar o interesse de investidores. Além dos ganhos acumulados em 2010, a tendência de aumento de consumo de café diante de uma oferta mais apertada para os próximos anos também fez com que a procura por terras aumentasse de forma expressiva.

"A procura por terras com café plantado, de fato, aumentou, mas não são produtores tradicionais que estão interessados em comprar mais terras. Isso acontece, mas estou vendo gente de fora do setor querendo especular diante da atual conjuntura do mercado", afirma José Antônio dos Santos, corretor independente de terras com 20 anos de experiência no segmento. "De qualquer forma, os preços das terras estão subindo porque os produtores acreditam que seu negócio melhorou e vai continuar melhorando", diz.

O aumento da procura e a consequente valorização dos preços das terras para café, contudo, têm inibido a concretização de muitos negócios. "A demanda por parte de compradores praticamente dobrou a partir dos últimos seis meses do ano passado. A concretização dos negócios em si, no entanto, caiu praticamente pela metade", afirma Saulo Diniz, dono de imobiliária na região de Alfenas, no sul de Minas.
Há dez anos atuando nesse mercado, Diniz conta que o setor cafeeiro já viveu, num passado recente, um movimento de alta nos preços das terras, mas não tão intenso como o verificado agora.

Apesar de elevado, o valor do hectare varia de acordo com a qualidade da propriedade, localização e, principalmente, topografia do terreno onde o cafezal está instalado. "As terras montanhosas, por exemplo, valem menos porque não é possível mecanizar a colheita. Isso eleva muito o custo da mão de obra e reduz a margem do produtor, o que deixa os valores em algumas regiões mais baixos em comparação a outras", diz o empresário.

Mas não é apenas topografia e localização que determinam o preço das terras de café. O grau de endividamento do cafeicultor, a forma de pagamento e o percentual ocupado por café e outras culturas na propriedade também são fatores que podem ser determinantes para a conclusão do negócio. "O preço do hectare de uma propriedade grande, que tenha só metade de sua área ocupada com café e a outra metade com pasto, por exemplo, vale menos que o hectare de uma fazenda menor, mas que tenha 100% de café", diz o corretor José Antônio dos Santos.

A reportagem é de Alexandre Inacio, para o jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe CaféPoint.

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