Celso Oliveira, meteorologista da Somar:
Prezado Rosselito,
Realmente a previsão não se concretizou. As previsões, especialmente as pêntadas, vêm indicando insistentemente a volta das chuvas para novembro, mas à medida em que se avança no tempo, as chuvas não se concretizam.
O problema não está ligado às frentes frias, que chegaram ao Espírito Santo e Bahia. O problema, na verdade, está ligada à falta da umidade proveniente da Amazônia. Neste mês de novembro, o padrão El Niño clássico se configurou, fazendo com que a umidade da Amazônia permanecesse concentrada sobre a Argentina, Paraguai, Rio Grande do Sul e Uruguai. As chuvas têm sido intensas, trazendo muitos transtornos ao Rio Grande do Sul, conforme os noticiários.
E o que acontecerá daqui para frente?
Ainda não é possível afirmarmos muita coisa, pois as previsões a partir do oitavo dia estão pouco confiáveis: mostram as chuvas fortes, mas as previsões de sete dias acabam desmentindo as precipitações. E o pior: a falta de chuvas acaba sendo confirmada. Por isso mesmo, não dá para afirmar que as chuvas fortes previstas para os dias 03, 04 e 05 acontecerão de fato. Neste momento, infelizmente, temos que apenas olhar as previsões até sete dias, que não indicam mudança do padrão do tempo.
As previsões climáticas, que funcionam de uma forma diferente das previsões do tempo e são mais confiáveis num médio prazo, indicam, especificamente para Teixeira de Freitas, precipitações próximas da média em dezembro e acima da média apenas em janeiro.
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