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S.O.S.: marcha do Café reúne milhares em Varginha/MG

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 17/03/2009

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Uma segunda-feira diferente em Varginha. Ao contrário do ir e vir de vans escolares, pais apressados levando seus filhos ao colégio, outro movimento tomou conta da avenida Benjamim Constant e foi crescendo até ocupar todos os espaços da Praça Getúlio Vargas e adjacências. Era a Marcha do Café, movimento organizado por representantes dos cafeicultores, trabalhadores rurais, compradores de café, empresas beneficiadoras do produto e entidades de classe que trabalham diretamente com o setor, como cooperativas e sindicatos.

Entre as reivindicações estão a fixação de um preço mínimo para a saca do produto de R$ 320 e o pagamento das dívidas dos produtores em produto, isto é, em sacas de café. Na visão dos organizadores, a crise do café pode ter seus efeitos espalhados para além do próprio setor, refletindo em toda a economia das regiões produtoras, criando um grande problema social.

Concentrados na Concha Acústica da praça, o deputado federal Mário Heringer (PDT) arrancou aplausos da multidão ao defender que "o Banco do Brasil, que deveria ser um banco de fomento, torna-se o banco do tormento para os cafeicultores, lembrando que o banco peca pela falta de compromisso com a parte social, preocupando-se apenas com os lucros. Para o coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Varginha, Paulo Sebastião, os juros praticados pelos bancos são impagáveis.

O deputado federal Carlos Melles (DEM), criticou o fato de Lula receber com apreensão a demissão de quatro mil trabalhadores da Embraer, enquanto segue indiferente à demissão de 400 mil trabalhadores do campo. "Esse movimento aqui não é contra ninguém, é a favor do trabalhador", disse. Já o deputado federal Marcos Montes (DEM) criticou o que chamou de portas fechadas do Governo para receber e ouvir os cafeicultores. Para ele, apenas o Ministério da Agricultura vem se preocupando com a causa.

O produtor Rafael da Silva, 35 anos e a esposa, Rosinéia Alves, 38, contam que trabalham juntos em uma lavoura no bairro rural da Mutuca, no município de Alpinópolis. Os dois viajaram 190 quilômetros para participar da Marcha em Varginha. Rafael concorda que o café realmente precisa ter uma cotação mínima. "Assim, quem achar que é muito pouco, muda de profissão. O que a gente vive é a ilusão do ano que vem, de que as coisas vão melhorar", disse. Segundo a polícia militar, a Marcha reuniu cerca de 15 mil pessoas.

Propostas

As estimativas do presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Gilson Ximenes, são de que o volume de café resultante da conversão da dívida poderia atingir de 13 milhões a 14 milhões de sacas, que seriam utilizados para recompor os estoques oficiais do governo, que atualmente atingiram os menores níveis da história. "Nossa reivindicação continua a mesma, a transferência da dívida em produto, além da formulação de uma política de renda para o setor."

Desde a apresentação da proposta, o governo federal criou um grupo de trabalho para analisar as reivindicações. "O governo fala que vai fazer e não faz", disse ele. Ximenes reiterou ainda que os cafeicultores vão manter o pleito para a realização de leilões de opções públicas de venda, que faria parte da política de renda para o setor, com a liberação de R$ 1 bilhão para a comercialização de 3 milhões de sacas, que poderiam ser divididos em três leilões ao longo do ano, sendo que o primeiro poderia ocorrer já no mês de maio.

O governo aceita receber as sacas, mas faz uma ressalva. "A conversão da dívida em café se mostra viável e está aprovada pelo governo federal desde que convertido o valor da dívida pelo preço de garantia da saca no momento de vencimento da dívida", esclareceu Manoel Bertoni, secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura. A dívida da cafeicultura está estimada em aproximadamente R$ 4 bilhões.

As informações são do Jornal Hoje em Dia/MG, resumidas e adaptadas pela Equipe CaféPoint, com excertos do jornal O Estado de São Paulo e Globo Rural em "propostas".

Fotos: Batista - Cooxupé

Fotos: Batista - Cooxupé

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BARCELO ANTÔNIO MAIA

LUMINÁRIAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/03/2009

Políticos falam muito nas nossas presenças e manifestações públicas, mas nada fazem efetivamente em Brasília a não ser seus interesses particulares e a nossa garantia que continuarão por lá através desses atos públicos.O Brasil vai em Doha na rodada da OMC e volta resmungando dos protencionismo dos grandes, mas nada faz.
É MUITO SIMPLES:
PREÇO MÍNIMO, SUBSIDIAR O PRODUTOR COMO OS GRANDES FAZEM, ESTOQUE REGULADOR E UM ABRAÇO.
LEI DE NEWTON, TUDO NA VIDA É RECÍPROCO.
ISTO VALE PARA TODOS COMMODITIES AGRÍCOLAS.
JACKSON SOUZA DA SILVA

CAPELINHA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE CAFÉ

EM 18/03/2009

Bom Dia ,


A todos produtores , como podemos produzir num pais desse que o governo não está nem ai com produtores não toma nenhuma decisão só deus oremos oremos !!

Infelismente cafeicultura que gosto muito é meu ramo mais está totalmente fora de ser um ramo que da para sobreviver como quase tudo que sai dessa terra .


Cafeicultura tem que ser mais unidada ter pessoas mais dispostas a trabalhar por todos não cada um ver seus interesses como varias classes do café .
RAFAEL ALTOE FALQUETO

VENDA NOVA DO IMIGRANTE - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/03/2009

CONCORDO COM O PREÇO MÍNIMO DE R$320,00!
CONTINUEMOS A LUTA POR UMA PROGRAMAÇÃO MÍNIMA PARA CONTINUARMOS NO SETOR.
IMAGINEM QUE TODOS OS SETORES PRECISAM DE UMA PROGRAMAÇÃO PARA TRAÇAR OBJETIVOS, METAS E REALIZÁ-LAS. INCLUSIVE O GOVERNO, QUE TODOS OS ANOS VOTA O ORÇAMENTO E O SEGUE A RISCA PARA CUMPRIR OS GASTOS E COMPROMISSOS FIRMADOS NO ANO ANTERIOR E PARA O PRÓXIMO.
SERÁ QUE O GOVERNO ACHA QUE O CAFEICULTOR AGE E TRABALHA DIFERENTE?
ANTONIO AUGUSTO REIS

VARGINHA - MINAS GERAIS

EM 17/03/2009

Parabéns companheiros produtores, trabalhadores, simpatizantes da nossa causa e organizadores do evento SOS Cafeicultura. Nossa marcha foi um sucesso. Mais de 25.000 participantes de forma ordeira e responsável.

Infelizmente nosso segmento teve que eclodir e sair do silêncio para começar a ser percebido e ouvido. Agora, depois de despertado, as autoridades envolvidas, deveriam ter a prudência e a cautela de tratar com seriedade este assunto que, provavelmente daqui para frente, demandará.

Somos uma classe grande, competente, produtiva e ciente dos nossos deveres e responsabilidades. O que foi solicitado a esta classe ela respondeu. Melhoramos a qualidade do nosso produto, aumentamos nossa produtividade, avançamos no trato com o meio ambiente e nas relações de trabalho e muitas fazendas já foram e estão em processo de certificação, além de gerarmos para o país, quase 3 bilhões de dólares por ano, em exportações.

Em contra partida o que recebemos ? (resumindo: se todas as dívidas tivessem que ser pagas hoje, provavelmente mais de 80% dos produtores perderiam todo o seu patrimônio). Produtor deveria produzir roda. Fica o tempo quase todo tentando girar seus negócios e em muitos casos sendo desrespeitados. Tolerância tem limite.

Não é nossa responsabilidade fim definir diretrizes e políticas para o setor. Nossa responsabilidade precípua é o de produzir. Fazemos parte de uma cadeia onde existem diversos segmentos.

Definição de políticas e diretrizes são papéis intransferíveis do estado (de um estado competente). Cabendo as partes, nesse caso, subsidiar os órgãos responsáveis com as suas demandas para as devidas ponderações no equilíbrio da cadeia.

Estamos no processo de despertar. Nossa rapidez desse despertar será diretamente proporcional aos desdobramentos das nossas demandas e reivindicações.

Nossa causa é justa e limpa, portanto, exigimos respeito e consideração.

Qualquer teoria de administração mostra que todo trabalho deve ser remunerado para produzir riqueza, dignidade e respeito. De graça ou com prejuízo, nenhuma atividade tem sustentabilidade, nem as filantrópicas que, se não existissem as doações, sucumbiriam.

O trabalho da produção não está sendo remunerado há anos, muito pelo contrário, está levando o produtor a perder todo o seu patrimônio que conseguiu ao longo da sua vida, além de induzir a intranquilidade a milhões de auxiliares nossos e de suas famílias, com as ameaças de desemprego.

Agradecemos aos eminentes: Ronaldo Caiado, Mário Heringer, Orestes Quércia, Carlos Melles, Rodrigo Maia e tantos outros pela presença no movimento, entendendo e engajando na nossa luta. Sentimos bem mais fortes com o apoio dos srs. Somos-lhes gratos.

JAIME CÂMARA MENDES DE SOUZA

MANHUAÇU - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 17/03/2009

Como produtor, acho louvável, a manisfestação e as reivindicações.
Não adianta, prorrogações ou conversões de dívidas, se o cefé não tem um preço
(decente) para pagá-las.

Mas enquanto aguardamos algum resultado, ficamos à mercê do descaso e abandono, por parte do governo, e as atitudes agressivas dos bancos para com os produtores, como disse hoje à um gerente de uma agência.
MAGNO REIS

SANTO ANTÔNIO DO AMPARO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 17/03/2009

Eu estava lá...
Realmente uma linda manifestação de pessoas de semblante sofrido corado pelo sol.
Alguns políticos não tiveram a vergonha de falar que estão em Brasilia "brigando"pela cafeicultura...
O que chega até nós diariamente de lá, são motivos de vergonha, um atrás do outro, Mansões, Castelos, Apartamentos funcionais com uso indevido, Horas extras em mês de recesso, Auxilios paletó, nepotismos... e outras coisitas más.
Penso, que se não for criado um estoque regulador pelo governo onde ele adquira café ao preço mínimo (que remunere ao produtor) tornando um concorrente forte aos exportadores, nenhuma outra ação terá efeito duradouro.
O Brasil compra e vende Dolar para regular mercado.
O Brasil segue mercados exteriores do petroleo (quando convém) mesmo sendo auto suficiente.
Porquê não intervir no mercado de café, se somos os maiores produtores do mundo???
Produtor com lucro não precisa de prorrogação nem perdão de divida, ele gera empregos e ajuda a movimentar a economia do lugar onde vive.

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