O Conselho de Café do Quênia ativou um processo para revisar as leis que governam o setor para aumentar o consumo doméstico. Se aprovadas as novas leis permitirão que cooperativas que comercializam café torrem e vendam seus grãos.

O conselho, de acordo com sua diretora gerente, Loise Njeru, também estimulará investidores a aumentar os locais de vendas de café em todo o país. "Nós não estaremos abrindo cafeterias como um conselho; queremos facilitar a revisão das regulamentações para permitir que os produtores agreguem valor a seu café e abram lojas no país. Cada sociedade cooperativa deveria ter uma licença para torrar e vender seu café".

A iniciativa busca um modelo similar ao da indústria de chá, em que as fábricas vendem chá processado. Muitas também abriram quiosques de marcas em centros urbanos de onde vendem seu produto.

Atualmente, produtores de pequena escala usam sociedades cooperativas somente para comercializar e não podem se aventurar na adição de valor a menos que o regulador que as licenciam faça isso.

Aumentar o consumo de café nos países produtores está de acordo com a resolução da Organização Internacional de Café que visa ampliar o mercado. Somente 2% do café produzido é consumido localmente, enquanto o consumo de chá é de cerca de 5% da produção. Especialistas dizem que sete de cada 10 quenianos bebem chá, enquanto um em cada 10 quenianos bebe café.

O Conselho de Café, a Organização de Comércio Justo do Quênia e a Progresso Network entraram em uma parceria público-privada visando estimular o consumo doméstico de café. Em março, o trio organizou uma competição que buscou as melhores ideias dos cafeicultores sobre como aumentar o consumo de café. Durante a cerimônia de premiação dos vencedores, Njeru disse que os três buscariam parceiros com sociedades cooperativas que buscam abrir cafeterias no país.

A reportagem é do https://allafrica.com, tradizida e adaptada pela Equipe CaféPoint.