Após atingir preços recordes na quinta-feira (21), as cotações do arábica encerraram a sexta-feira (22) em queda em função da alta do dólar e realização de lucro por parte dos fundos.

Em Nova York o primeiro vencimento dezembro/10, teve desvalorização de 215 pontos, fechando a 198,85 centavos de dólar por libra-peso. Os contratos para março/11 terminaram o pregão a 200,25 centavos de dólar por libra-peso, com queda de 210 pontos.

A queda da sexta-feira não foi suficiente para que a semana encerrasse com perdas. O vencimento dez/10 acumulou alta de 7,14% na semana, enquanto mar/11 fechou com + 6,80%.

Analistas consultados pela Bloomberg informaram que a recuperação do dólar no mercado internacional afastou o interesse por commodities. Eles consideram que se a moeda americana mantiver sua trajetória de valorização, as commodities podem seguir em sentido oposto.

Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.



A BM&FBovespa não acompanhou Nova York e encerrou o pregão com leve alta. O primeiro vencimento, dezembro/10, registrou valorização de US$ 0,60, fechando a US$ 234,90 a saca. Os contratos com vencimento março/11 registraram alta de US$ 0,45, fechando a US$ 236,85 a saca.

O dólar subiu pelo terceiro dia consecutivo. A moeda norte americana foi cotada a R$ 1,6989, com valorização de 0,59%.

Tabela 1. Comparativos das principais Bolsas de café



No mercado físico, a saca de 60 quilos do café arábica foi cotada a R$ 336,47, com desvalorização de R$ 2,08, segundo o indicador Cepea/Esalq. No acumulado do mês a valorização é de R$ 16,17/saca.

Os preços no mercado interno forma puxados pela queda no mercado internacional. Em relação aos fundamentos, a demanda continua aquecida, a oferta de cafés de melhor qualidade restrita e os estoques reduzidos.

Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado de café, informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.

Gráfico 2. Indicador Cepea/Esalq - arábica



Tabela 2. Principais Indicadores e cotação do Dólar



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Natália Fernandes, Equipe CaféPoint