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Pesquisa: Starbucks carece de sentido de comunidade

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 20/10/2009

2 MIN DE LEITURA

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Se Bryant Simon fosse dono de um café, não ofereceria serviço de wi-fi, que desestimula o bate-papo. Provavelmente não ofereceria xícaras de papelão para serem levadas e seguramente contaria com uma grande mesa redonda, cheia de jornais para estimular a troca de ideias. Simon, que visitou 425 unidades da Starbucks em nove países, disse que as cafeterias dessa cadeia carecem de um sentido de comunidade. Apesar disso, elas continuam contando com muitos clientes.

O pesquisador, que é professor de história da Temple University, na Filadélfia (EUA), passou os últimos anos tratando de encontrar uma explicação para esse fenômeno. Ele acaba de publicar um livro "Everything but the Coffee: Learning about America from Starbucks", algo como "Tudo menos o café, lições sobre a Starbucks na América", que busca avivar o "debate em torno do que nós dizemos, das compras que fazemos e como o consumo forma nossas vidas, inclusive quando não queremos que a coisa seja assim", disse o autor.

A Starbucks, multinacional com sede em Seattle, gerou 10,4 bilhões de dólares em 2008. Simon apontou que o custo de um café é alto, porém, a Starbucks ganha muito mais financeiramente aproveitando a "frágil cultura cívica" dos norte-americanos. Diferentemente de outros países, onde abundam os cafés de bairro, nos Estados Unidos há poucos locais onde as pessoas possam se reunir. O pesquisador disse que o norte-americano anteriormente efetuava conversas em bibliotecas, centros de recreação e parques, porém hoje há cada vez menos lugares com essas disposições.

A Starbucks supostamente preencheu esse vazio, segundo Simon. Porém, a rede cumpriu essa prerrogativa? Depois de passar até 15 horas semanalmente em diferentes locais da Starbucks nos últimos anos, o professor viu poucas discussões e conversas espontâneas. Os balcões e as mesas eram ocupadas, geralmente, por pessoas sozinhas, com seus computadores. "Raras vezes a gente tem uma conversação ou troca ideias, algo que é crucial na formação de uma comunidade", sustenta o pesquisador em seu livro. As observações de Simon estão sendo debatidas em aulas nas universidades.

David Grazian, professor de sociologia da Universidade da Pensilvânia, usa o livro em sua classe sobre cultura popular e meios de comunicação. "Devido ao fato de parecermos tão dependentes da Starbucks, como parte de nossa infra-estrutura urbana e suburbana, deveríamos pensar o que significa o fato de que uma esfera pública seja ocupada por uma empresa privada", apontou. Elizabeth Shermer, professora de história na Claremont McKenna College, em Los Angeles, apontou que usará o livro em uma classe sobre história econômica para demonstrar como mudaram os locais de trabalho.

Muitos profissionais que têm contratos independentes não trabalham em escritórios e não têm acesso a salas de conferência, assinalou Elizabeth. Essas pessoas que no passado usavam seus computadores nas bibliotecas agora apelam para locais que oferecem acesso sem fio, como é o caso das cafeterias. "Há muita gente que trabalha de um Starbucks", comentou. Para Simon, está claro que a Starbucks oferece às pessoas o que elas querem, desde o gosto suave de um latte até uma ajuda a países em desenvolvimento.

O pesquisador, porém, duvida que a popularidade da Starbucks ajude a erigir comunidades melhores. E para ajudar os camponeses que plantam café no terceiro mundo seria "necessário algo mais do que apenas comprar um espresso", sustentou. Ao ser solicitada sua opinião sobre a obra de Simon, a assessoria da Starbucks afirmou que a companhia recebe opiniões de todo o tipo, inclusive em livro. "Reconforta-nos o entusiasmo de nossos clientes, sendo que cada um pode expressar as suas opiniões", apontou.

As informações são da Agência de Notícias do Café.

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