O Peru, que tem se consolidado como um dos principais países exportadores de café, com vendas de 4,83 milhões de sacas de 60 quilos, terá em 2012 um excelente ano, previu o líder de produtores do país.

O presidente da Associação de Produtores Agropecuários do Valle Alto Mayo (APAVAM), Eddy Cervera, disse que tem perspectivas muito animadoras, já que as plantações de café tiveram uma boa floração e não foram afetadas pela broca.

Segundo dados oficiais, prevê-se que esse ano os produtores peruanos possam captar cerca de US$ 1,6 bilhões pela venda de café.

"Tivemos pouco tempo de verão e isso favoreceu", disse ele, acrescentando que não houve grãos sem peso. "Em todo o vale, há cerca de 70 mil hectares que apontam uma boa produção, que será destinada ao mercado da Europa e dos Estados Unidos".

O Peru conseguiu em 2011 se colocar na liga dos principais países exportadores de café ao conseguir um volume de vendas de 4,83 milhões de sacas no período de janeiro a dezembro, por um valor de US$ 1,55 bilhões. A Junta Nacional de Café disse que esses valores constituem um recorde na história cafeeira peruana.

Em 2011, foram colhidos 5,175 milhões de sacas de café ouro, dos quais 345 mil sacas ficaram para o consumo nacional e as outras foram exportadas. A produção do ano passado representou um aumento de 29% com relação a 2010, quando foi de 4,02 milhões de sacas, devido aos investimentos dos pequenos produtores em fertilização, poda e manejo adequado das plantações.

No Peru, o rendimento atual é de 796 quilos por hectare, contra 635 quilos de 2010, o que representa um aumento de 25% em produtividade.

Atualmente, 165 mil famílias de pequenos produtores se dedicam à exportação de café, apesar de 65% de suas plantações superarem os 20 anos de produção e, portanto, sua produtividade não ser 100% adequada.

A reportagem é do Notimex, traduzida e adaptada pela Equipe CaféPoint.