O setor de café do Peru exportará esse ano produtos por um valor de US$1,2 bilhão, incluindo o chamado "café gourmet", enviado para os exigentes mercados da Europa e dos Estados Unidos, informou o Ministério da Agricultura. A estimativa é que, para esse ano, o país tenha uma colheita de 4,67 milhões de sacas de 60 quilos, contra 4 milhões de sacas em 2010.

O Peru exportou no ano passado quase 3,06 milhões de sacas, obtendo um valor de US$ 522 milhões, e exportou também cerca de 306,6 mil sacas de grãos tipo "gourmet". Para ter acesso ao mercado de café gourmet, o grão deve ser de mais alta qualidade, se produzido em microclimas geográficos específicos, ter um sabor particular e ser extraído seguindo padrões rigorosamente estabelecidos, segundo os produtores.

O Ministério indicou que o Peru conta com vantagens competitivas para obter café especial, porque tem uma das melhores variedades botânicas do grão, condições climáticas e geográficas adequadas e disponibilidade de água em zonas tropicais de altura.

No entanto, para obter competitividade, é necessário superar limitações quanto a recursos, tecnologia, organização e gestão, assim como formular estratégias de longo prazo em que se consideram os interesses de toda a cadeia produtiva.

O café em grão é, atualmente, o principal produto agrícola de exportação do Peru. Holanda, Bélgica e França são as três nações que compram quase 80% da produção peruana, de acordo com os dados da Junta Nacional de Café (JNC).

O Peru tem atualmente cerca de 85 mil hectares de cafés especiais certificados ou gourmet, formado por uma mistura básica de arábica e robusta.

A reportagem é do Notimex, traduzida e adaptada pela Equipe CaféPoint.