ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Pão de Açúcar desiste de fusão com Carrefour

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 13/07/2011

3 MIN DE LEITURA

1
0
Diante da veemente recusa do sócio Casino, a fusão entre o Pão de Açúcar e as operações brasileiras do Carrefour fracassou. O negócio perdeu o apoio do governo, com a desistência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e o empresário Abilio Diniz desistiu.

O grupo de investidores liderados por Diniz - reunidos na holding Gama, com apoio do banco BTG Pactual - suspendeu ontem "temporariamente" a proposta pelo Carrefour. Em nota divulgada à imprensa, os investidores reiteraram que a proposta era "amigável" e "sujeita a aprovação dos acionistas".

Diniz e o Casino são sócios na Wilkes, holding que controla o Pão de Açúcar, desde 1999. Em 2005, o sócio francês pagou US$ 1 bilhão para assumir o controle em 2012. Segundo alguns analistas, o empresário brasileiro se arrependeu do negócio e vem tentando uma saída desde o início de 2010. A operação com o Carrefour seria uma maneira de mudar o jogo de forças dentro da Wilkes. A defesa da união com o Carrefour feita por Diniz, no entanto, foi outra: ela daria escala ao Pão de Açúcar e criaria valor para o acionista.

A proposta de fusão começou a desmoronar definitivamente ainda na manhã de ontem. Em reunião extraordinária em Paris, o conselho de administração do Casino recusou por unanimidade a proposta de fusão de Pão de Açúcar e Carrefour.

O grupo francês definiu a fusão como "contrária aos interesses" dos acionistas, baseada em uma visão estratégica "errada" e em estimativas de sinergias "fortemente superdimensionadas". Desde o início do processo, o Casino já vinha dizendo que não concordava com o negócio e chegou a abrir processo de arbitragem internacional.

Diniz participou da reunião do conselho em Paris, mas se absteve de votar. Logo em seguida, reuniu-se pessoalmente, pela primeira vez desde o início da briga, com Jean-Charles Naouri, presidente do Casino. Naouri, que havia classificado o negócio de "expropriação" quando esteve no Brasil, manteve sua posição na conversa com Diniz.

O Casino enviou então um e-mail solicitando a antecipação da reunião do conselho da Wilkes, que tinha sido marcada por Diniz para 2 de agosto. Segundo fontes da empresa francesa, não valia a pena esperar, porque a decisão de rejeitar a fusão já havia sido tomada.

No fim da tarde, foi a vez de o BNDES desistir de apoiar o negócio. O banco estatal, que havia se comprometido a avaliar um aporte de R$ 4,5 bilhões, vinha sofrendo uma enxurrada de críticas. Havia questionamentos sobre sua interferência numa briga entre sócios e a injeção de recursos públicos para fundir duas empresas francesas (Carrefour e Casino).

O BNDES divulgou uma nota informando que a direção da BNDESPar, subsidiária de participações em empresas, desistiu de levar a proposta à análise da diretoria. "Como reiterado em diversas oportunidades, o pressuposto da eventual participação nesta operação era o entendimento entre todas as partes envolvidas", frisou o texto.

Na sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff se encontrou com Luciano Coutinho, presidente do BNDES. Segundo uma fonte do banco, a decisão não foi tomada a pedido de Dilma. A motivação teria sido o entendimento do corpo jurídico do banco de que o resultado da reunião extraordinária do Casino pode ser considerado como uma formalização de que não houve acordo entre os acionistas.

Em meio à pressão, Diniz não viu outra alternativa senão desistir. Segundo uma fonte próxima ao Pão de Açúcar, a decisão foi motivada por uma "conjunção de fatores": a recusa do Casino, a perda de apoio do BNDES e a rejeição da opinião pública.

"Só se falou nos problemas da operação. Nós não conseguimos explicar os benefícios", disse a fonte. "É difícil continuar morro acima depois disso tudo." Segundo essa fonte, a fusão de Pão de Açúcar e Carrefour pode até ser retomada no "futuro", mas, por enquanto, a ideia é "acabar com essa história" e tentar conter a "animosidade" entre os sócios.

Diniz não chegou a cogitar levar a situação às últimas consequências e ir à Justiça, porque o processo poderia provocar uma forte perda de valor da empresa.

A matéria é de Raquel Landim, Alexandre Rodrigues e Andrei Neto, publicada no jornal O Estado de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

1

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

CLEMENTE DA SILVA

CAMPINAS - SÃO PAULO

EM 13/07/2011

O que não deu certo foi a estratégia da raposa Abílio Diniz, uma vez que segundo a mídia, em 2012 o grupo Casino assumirá o comando do grupo Pão de Açúcar no Brasil e o Abílio será um dos diretores porém, não mais o manda chuva.


Pensando melhor sobre o assunto, ele que de bôbo nada tem, arquitetou uma jogada sem o conhecimento dos feras franceses, que obviamente perceberam a maquinação e embargaram tudo. Ficou muito feio para o BNDES que estava entrando num negócio, cá para nós, escuso. Quem saiu ganhando com isso, foi o consumidor, que continuará tendo várias opções de compra, pelo menos por algum tempo... Que ninguém se engane: logo acontecerá de novo, ou de outra maneira.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do CaféPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

CaféPoint Logo MilkPoint Ventures