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Panorama de mercado: semana de forte oscilação em NY

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 12/08/2008

6 MIN DE LEITURA

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De acordo com o Escritório Carvalhaes, o mercado futuro de café oscilou fortemente na semana passada. Os contratos para entrega em setembro próximo na bolsa de Nova York fecharam com -330 pontos na segunda; +335 na terça; -230 na quarta; +255 na quinta e -465 pontos na sexta! Estas oscilações aconteceram sem que nenhuma notícia nova aponte para mudanças nos fundamentos do mercado de café.

Ainda não estão definidas as regras para a segunda edição do Pepro, Prêmio Equalizador Pago ao Produtor, e os debates sobre como será a operacionalização do programa continuam nesta semana.

Os embarques de julho ficaram em 1,467 milhões de sacas de café arábica e 277.581 sacas de café conilon, totalizando 1,745 milhões de sacas de café verde, que somadas às 10.803 sacas de café torrado e 275.561 sacas de solúvel totalizaram 2,031 milhões de sacas embarcadas.

Segundo o escritório Carvalhaes, até o dia 7, os embarques de agosto estavam em 279.555 sacas de café arábica e 10.950 sacas de café conilon, somando 290.505 sacas de café verde, contra as 398.054 sacas no mesmo dia de julho. Também no dia 7, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em agosto totalizavam 412.528 sacas, contra 472.977 no mesmo dia do mês anterior.

A Organização Internacional do Café (OIC) manteve sua projeção anterior para a produção mundial de café em 2008/09, estimando 128 milhões de sacas. Na safra anterior, a produção foi de 118 milhões de sacas, mas os estoques de café do Brasil no início de 2008 alcançaram 11 milhões de toneladas, o menor volume registrado desde 1981/82. Por conta disso, segundo a OIC, os estoques totais nos países exportadores em 2008/09 podem ser muito baixos.

A bolsa de Nova Iorque - ICE, em uma semana (do dia 1º de julho ao dia 08), caiu 3,10% para os contratos com entrega em setembro e 2,95% para dezembro. Na diferença de 31 dias, ou seja, em relação ao dia 08 do mês de julho, as cotações para entrega em setembro acumulam baixa de 5,23%, enquanto contratos para dezembro desvalorizaram 4,90%. Desde o início do segundo semestre, entretanto, as perdas chegam a 12,58% e 12,11%, respectivamente.

Tabela 1. Comparativos das principais Bolsas de café


De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, Cepea, um maior volume de café arábica da safra 2008/09 começou a ser disponibilizado no mês de julho. Além de favorecer o andamento da colheita, o tempo firme durante o mês ajudou as etapas seguintes de beneficiamento e armazenamento. Em algumas regiões produtoras de arábica, como no Cerrado Mineiro, o índice de grãos verdes e miúdos continuava alto em julho.

O Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6 bebida dura para melhor teve média de R$ 250,52/sc em julho, queda de 2,05% sobre junho. A redução deveu-se ao fraco desempenho dos contratos futuros de café na bolsa de Nova York.

"Nem mesmo a confirmação dos leilões de Pepro, que têm o intuito de reter parte da oferta no Brasil de modo a proporcionar melhor remuneração ao produtor, foi suficiente para elevar as cotações externas no acumulado do mês. No dia 31 de julho, o primeiro vencimento (Setembro) de café arábica na bolsa de NY fechou em 139,35 centavos de dólar por libra-peso, queda de 9,05% sobre o encerramento de junho", divulgou o relatório mensal do Cepea.

Segundo relatório do Cepea, as negociações de robusta foram fracas em julho, contrariando o que normalmente ocorre, pois julho e agosto são meses de intensa comercialização. O argumento é que os cafeicultores estão segurando o produto à espera de melhores preços. Os custos de produção têm preocupado bastante os produtores, e alguns já comentam que reduzirão o uso de insumos, principalmente de adubos. No mês, o robusta tipo 6 peneira 13 acima foi comercializado na média de R$ 216,55/sc (a retirar), alta de 2,5% sobre o mês de junho. Para o tipo 7/8 bica corrida, a média ficou em R$ 211,39/sc, alta de 2,55% no mesmo período.

Tabela 2. Contratos BM&F, Indicadores Cepea/Esalq e cotação do Dólar


Segundo o Escritório Carvalhaes, a valorização do dólar frente ao euro e a outras moedas fortes colocou a moeda americana em níveis não observados desde janeiro, levando fundos especulativos lastreados em commodities a liquidar posições. Os futuros do petróleo lideram as perdas e na Nymex, NY, o barril chegou a atingir sua menor cotação desde 5 de maio. Caem também os futuros de soja, milho e trigo, sob pesada liquidação.

De acordo com o InfoMoney, o dólar comercial emendou a quinta sessão consecutiva de ganhos frente ao real na última sexta-feira (8), refletindo novamente as posições no mercado futuro. Dados da BM&F mostram que a posição de estrangeiros comprados em dólares supera em cerca de 44 mil contratos as posições vendidas. O mercado entende esta movimentação como uma aposta na tendência de valorização da moeda norte-americana.

"A valorização global da divisa também ajudou a suportar a forte alta desta sessão. O dólar atingiu o maior valor em vários meses face a outras moedas também usadas como referência no mercado mundial: o iene e a libra esterlina. Como nesta sessão as commodities apresentam recuo de preços, o investimento no câmbio ficou mais atrativo. Dessa forma, o dólar voltou a superar R$ 1,60, fato que não ocorria há quatro semanas", publicou o site.

O aumento da preocupação com o crescimento global era a principal razão por trás do avanço do dólar em todo o mundo. Na quinta-feira, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, disse que aumentaram os riscos à atividade econômica da zona do euro. "O euro e as commodities estão bem para baixo e isso está dando força ao dólar", disse Francisco Carvalho, gerente de câmbio da corretora Liquidez.

Segundo informações da Reuters, a moeda americana atingia a máxima em vários meses ante moedas como euro, libra esterlina e iene. Outras moedas emergentes, como o peso mexicano, o peso chileno e o peso colombiano, também sentiam a alta do dólar.

A virada no mercado internacional se refletia ainda no comportamento dos investidores estrangeiros no Brasil. Na quinta-feira, eles praticamente zeraram toda a aposta na queda do dólar que mantinham na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). No final de julho, os estrangeiros mantinham US$ 7,6 bilhões em posições vendidas em derivativos cambiais - dólar futuro e cupom cambial. No final da quinta-feira, essa posição estava em apenas US$ 385 milhões.

"Não devemos olhar para os US$ 200 bilhões de reservas e achar que estamos tranqüilos", diz Marcelo Ribeiro, da Pentágono Asset Management. Ele cita estudo do BIS (Banco para Compensações Internacionais) que afirma que o par de moedas real-dólar já é o segundo mais negociado no mundo, com volume financeiro de US$ 900 bilhões, abaixo apenas do par euro-dólar, com US$ 1,7 trilhão, e acima do iene-dólar, com US$ 700 bilhões.

Segundo informações da Folha de São Paulo, as contas externas brasileiras deverão se deteriorar pelos mesmos motivos que estão beneficiando os Estados Unidos: menor preço para as commodities, menores volumes exportados, menores fluxos para as aplicações e possibilidade de ocorrerem menos investimentos diretos no curto prazo. Para Ribeiro, a tendência de alta do dólar é global "e veio para ficar". "As aplicações também estão migrando dos emergentes para a Bolsa norte-americana. O real está vulnerável e vai se depreciar pelos próximos dois ou três anos", afirma.

Gráfico 1. Cotação do dólar (R$)



Julio Frare, Equipe CaféPoint

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