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Opinião: Estado não deve ajudar o produtor ineficiente

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 28/08/2009

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O leitor do CaféPoint Eduardo Lana da Cruz, produtor de café em Serra do Salitre, Minas Gerais, enviou um comentário ao artigo "Não existe remédio sem efeitos colaterais", dando sua opinião acerca da intervenção do Estado no socorro à crise da cafeicultura e parabenizando os autores, Maria Sylvia Macchione Saes e Bruno Varella Mirando, por debaterem o assunto. Abaixo, leia a carta na íntegra:

"Parabéns Sylvia e Bruno,

O que você e Bruno comentam nestes últimos dois artigos de grande repercussão, vem ao encontro de tudo o que sempre pensei sobre cafeicultura, e qualquer outra atividade. Não é função do Estado favorecer esta ou aquela classe que se encontra em momentos de dificuldades. É claro que qualquer atividade conta com suas linhas de crédito e financiamento, para incentivar o desenvolvimento econômico de qualquer país.

E é nesse ponto que quero chegar: as linhas para se trabalhar na cafeicultura estão aí: os RO´s, o Funcafé, as linhas de investimentos, Moderinfra, Finames, e ao meu ver é o que basta, pois querendo ou não, a atividade agropecuária é como qualquer outra atividade comercial, há concorrência sim e pesada. Ou um cafeicultor da Bahia não é um concorrente direto de um cafeicultor da Zona da Mata Mineira? Claro que é.

Então, onde há concorrência, tem que existir o mérito. Se há pessoas que mesmo em meio a mais esta crise da cafeicultura conseguem sobreviver devido as suas capacidades administrativas, por que puni-las, ajudando cafeicultores ineficientes, e que vivem escorados nas costas do governo?

Sabemos nós, cafeicultores sérios, e que somos a maioria, que estes cafeicultores endividados são sempre os mesmos. Com tudo isso, a cafeicultura brasileira continuará capengando para todo o sempre."

Clique aqui para ler mais opiniões sobre este assunto.

Equipe CaféPoint

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RENATO REZENDE PAIVA

VARGINHA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 01/09/2009

Prezados senhores, quando se trata de café, torna-se necessário lembrar que existem grandes diferenças em questão: de regiões e de produtores e modelos tecnológicos.

Existe a cafeicultura tradicional, que carrega ô onus do tempo, como cultivares menos produtivas, espaçamentos menos favoráveis, passivo trabalhista pesado, crises anteriores e seus reflexos e encargos... e ainda assim com produtores atuantes, que trabalharam duro para estar até hoje no mercado.

O Paraná renovou lavouras e reduziu espaçamento, a Zona da Mata investiu em qualidade de bebida, equipamentos e renovação, o Sul de Minas, em renovação e máquinas, reduzindo o custo com mão de obra, idem a Mogiana.

Todos ajudaram a fortalecer este país e a cafeicultura, pois foi deles que vieram os recursos para pesquisa, de variedades, de plantio em outras regiões, de formação do Funcafé, etc...

A nova cafeicultura já entrou com conhecimento técnico, empresarial e sem o ônus que a co-irmã carrega; mas precisamos lembrar que ainda não está consolidada e livre dos percalços (a tradicional é responsavel por quase 80 por cento da produção nacional), ela possui investimentos subsidiados, a irrigada ainda paga muito pouco pela água, a energia ainda contempla subsidios pesados e o impacto ambiental com fertiirrigação e excesso de inseticidas ainda são extremamente relevados;

Portanto, está cada um com seus problemas e o Governo, sem atuar decisivamente em nenhuma questão. Precisamos ter voz única, representatividade, produção suficiente para manter o share adquirido, políticas estruturantes e governança adequada.
HÉLIO JOSÉ ALVES DE FIGUEIREDO

SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 31/08/2009

Prezado Sr.Carlos Oliveira,

Parabéns pela eficiência e competência. Deve ser o primeiro produtor de café no Rio Grande Do Sul.
CARLOS OLIVEIRA

SANTA CRUZ DO SUL - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 30/08/2009

Prezado Eduardo,

Sou cafeicultor também e concordo com você, totalmente. Muitos cafeicultores acham que só porque sabem produzir café são cafeicultores eficientes. Isto é um grande engano, pois hoje não basta ser produtor, é preciso ser empresário e dominar técnicas de gestão econômica. E como vivemos no meio capitalista, a competência deve ser premiada pelo sucesso, e a incompetência, pelo fracasso.

O Governo, na verdade acaba dando sobrevida a produtores incapazes de planejar estrategicamente a exploração diversificada de suas propriedades a acaba sucumbindo à pressão destes no sentido de reeditar planos mirabolantes de retenção, que sabemos, cobram seu preço no futuro. Em resumo: tem que deixar quebrar
FRANCISCO SÉRGIO LANGE

DIVINOLÂNDIA - SÃO PAULO

EM 29/08/2009

Caro Eduardo,

Você deve fazer parte daquele grupo de cafeicultores extremamente eficientes, onde falta de recursos financeiros nunca foi problema, ou seja, o grupo dos excepcionais. Tá certo que são excepcionais, mas é um grupo muito pequeno.
CARLOS ALBERTO AIMOLE PAGLIARONE

FRANCA - SÃO PAULO

EM 29/08/2009

Caro amigo Eduardo, concordo com vc, porém existem mais fatores em jogo do que apenas eficiência na produção de café. Acredito que vc pode ter sido muito amplo em seus comentários, ofendendo muita gente honesta com décadas de trabalho nas costas. Sabemos que há malandragem em todas as áreas, contudo, não é dominante; Grato.
MAURICIO RIBEIRO GABRIEL

GUAXUPÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 29/08/2009

Caro Eduardo Lana da Cruz, esta semana o preço do café vem acentuando fortes quedas, sendo comercializado aos patamares de R$ 230,00, bruto. Gostaria de saber se a sua lavoura está na montanha, qual o seu custo de produção p/ saca, e se a sua fonte de renda é exclusivamente o café.
HÉLIO JOSÉ ALVES DE FIGUEIREDO

SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 28/08/2009

Para entender o raciocínio do senhor Eduardo Lana da Cruz, queria lhe fazer algumas perguntas:

1 - O senhor vive exclusivamente da cafeicultura ou tem outra atividade econômica?

2 - É aposentado de uma grande multinacional? Sua esposa é empresária, funcionária pública, ou atua no ramo da política?

3 - Perdeu um tio solteiro e rico e o senhor era o sobrinho preferido?

4 - Ganhou na sena, acumulada há um mês?

Se está satisfeito com a cafeicultura, pelo menos uma das perguntas anteriores deve ser verdadeira.
EDUARDO LANA DA CRUZ

SERRA DO SALITRE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 28/08/2009

Prezado João Carlos Remedio, sei que as dificuldades na cafeicultura existem e não as nego. Cada caso deve ser analisado de forma separada. Há cafeicultores que passam por momentos de dificuldades, mas que devem ter seus históricos levados em conta.

Me referi no artigo em questão, a uma minoria que existe desde sempre, e que vive mais ligada aos benefícios que os governos podem lhes oferecer, do que na cafeicultura, propriamente.

O governo tem o seu papel, é claro, principalmente o de fomentar a atividade econômica de um país, incluindo também a agricultura. Financiamentos de custeio e investimentos na atividade agropecuária são sempre muito bem-vindos, especialmente em se tratando de atividades de alto risco, como é o caso em questão. Mas nada além disto, o risco maior ou menor, é sempre preemente em qualquer atividade.

O que de fato seria papel do Governo na cafeicultura, não é feito; investimentos pesados no exterior para a divulgação da qualidade do nosso café, tão bom quanto o colombiano, mas que chega a valer praticamente o metade do mesmo no mercado internacional.

Não sei se eternizar as rolagens de dívidas do setor, seria neste momento o caminho mais consciente a se tomar.

A respeito do trecho em que diz "comentário infeliz", só tenho a dizer que é uma opinião que vem ao encontro de tudo o que foi falado pela professora Maria Sylvia Saes e Bruno Varella no artigo "Não existe remédios sem efeitos colaterais".
JOSE TADEU JUNQUEIRA CRUZ

MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/08/2009

Não existe fórmula mágica para produzir café. 99,99%dos cafeicultores estão realmente em dificuldade, não é possivel que esses 99,99% sejam incapazes ou ineficientes, pois se for assim os produtores de laranja, de cana e toda agricultura em geral não estariam em crise, pois sempre foi dito que o progresso do interior de São Paulo se deu através dessas culturas, que também estão em crise.

Portanto, a crise na cafeicultura existe e é real. Compartilho com o Sr. João Carlos que o comentário foi muito infeliz...
COLINA DAS PALMEIRAS

BARRA DA ESTIVA - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/08/2009

Gostaria de saber onde os "cafeicultores sérios", vendem o seu café. E qual a política agrícola, a que o mesmo está submetido.

Porque os cafeicultores sérios, que vivem do que plantam, desconhecem o milagre da eficiência quando todos os fatores estão contra. E o que temos na cafeicultura, até hoje, é mérito do produto. Porque os incentivos, até hoje recebidos, beneficiaram muito mais outras areas, á margem da cafeicultura. Como bancos, empresas de insumos,etc.

Concordaria com o amigo se solicitasse mais eficiência e fiscalização dos orgãos financiadores. Não podemos chamar de ineficiente, qualquer que seja um produtor de uma cultura que no momento apresenta uma crise tão grave. Seria no mínimo falta de conhecimento.
ANTONIO AUGUSTO REIS

VARGINHA - MINAS GERAIS

EM 28/08/2009

Caro colega produtor Eduardo Lana,

Não lhe conheço, não sei se tem outra profissão, não sei se faz da agricultura apenas um "hobby" ou se realmente está num estágio acima da grande maioria dos produtores. Mas o que podemos constatar hoje na cafeicultura nacional do café arábica, é uma grande distorção da curva de Gauss:

A curva de Gauss:

Gauss, estudando problemas estatísticos, desenhou a famosa curva em forma de sino que leva o seu nome. Ela demonstra a distribuição normal de eventos e se aplica praticamente a qualquer sistema.

Se tivermos um grupo de produtores tentando atingir resultados justos:

1) um pequeno número ficará bem abaixo dos objetivos;

2) a maior parte atingirá ou se aproximará dos resultados esperados; e,

3) um terceiro grupo, limitado, ultrapassará os resultados esperados brilhantemente (está é uma distribuição justa e a curva mostrará isto).

No entanto, se as políticas não forem consistentes - o efeito será uma curva com a maioria dos produtores não atingindo a média dos resultados esperados. As incidências ficarão antes da metade da curva. Esta é uma distribuição deformada da curva, sendo necessárias medidas para o seu reposicionamento.

O Sr. e um pequeno grupo de produtores são os premiados em posicionar-se à direita desta curva definida por Gauss. Parabéns. Mas não devemos esquecer da totalidade onde muitos também são eficientes mas não com tanta sorte.

Constatando com mais profundidade, vemos que a realidade é bem diferente do apregoado.

Abraço.
JOÃO CARLOS REMEDIO

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 28/08/2009

Lendo o comentário do cafeicultor acima, tenho a impressão que esta crise na cafeicultura é tudo uma mentira. Se o cidadão que nasceu na roça, criou seus filhos por lá, toca sua propriedade com os próprios familiares está abandonando a atividade por falta de condições é porque a coisa é séria, ou deve ser uma grande mentira essa crise, principalmente como diz o comentário, "de poucos ineficientes e que vivem escorados nas costas do governo".

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