A praga conhecida como broca do café afeta um terço das plantações cafeeiras de Jalisco, no México, de forma que é urgente a aplicação de ações coordenadas para que este problema fitossanitário não se estenda às plantações que se encontram em bom estado.

O delegado da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Rural, Pesca e Alimentação (Sagarpa) do México, Juan Antonio González Hernández, disse que o êxito do controle dessa praga dependerá do envolvimento dos produtores na campanha que se realiza por parte do Conselho Estatal de Sanidade Vegetal de Jalisco (Cesavejal), órgão externo auxiliar do setor público.

Ele disse que o controle da broca (Hypothenemos hampei) depende do cuidado que se dá às plantações e da capacitação que se tenha por parte dos cafeicultores. Ele disse também que o café tem importância como um produto que gera um valor aos produtores das zonas rurais que têm diferentes tipos de marginalização.

O café de Jalisco recebeu um impulso ao alcançar o reconhecimento de alimento orgânico em cerca de mil hectares na Região de Talpa de Allende, na Zona da Serra Ocidental, o que permite entrar ao nicho de consumidores que pagam melhor pelo produto.

O campo de Jalisco não se destaca por ter uma superfície extensa de fazendas de café, como acontece com os estados do Sudeste do México, como Chiapas, que conta com mais de 200 mil hectares, ou Veracruz, com mais de 150 mil. Jalisco só tem 4.500 hectares. Por isso, diante de sua pequena produção cafeeira, o Estado deve apostar no plus do produto orgânico, como de fato tem acontecido entre grupos de consumidores que dão prioridade aos alimentos cujo processo de produção não requer emprego de fertilizantes sintéticos nem o uso de pesticidas químicos.

O café orgânico mexicano tem superado em anos de bom preço as vendas ao exterior em US$ 200 milhões, sendo os estados do Sudeste do país os lideres em exportação. O café orgânico tem um preço extra de US$ 20 a US$ 40 por quintal (saca de 46 quilos). A Alemanha é o mercado que mais demanda café orgânico.

A reportagem é do Informador.com.mx, adaptada pela Equipe CaféPoint.