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Mercado firme com baixa oferta de cafés finos e tempo seco

POR NATÁLIA SAMPAIO FERNANDES

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 02/09/2010

4 MIN DE LEITURA

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A colheita de café arábica da safra 2010/11 está praticamente se encerrando. Segundo Safras & Mercado, a colheita está em 91% do total a ser produzido, até 25 de agosto. Mesmo assim, a oferta de cafés de qualidade, por parte do Brasil e Colômbia, continua inferior ao que se esperava antes do início da colheita. Esse é o principal fator que tem sustentado as cotações do café arábica.

Os preços praticados no mercado interno estão remunerando melhor os produtores. Cafeicultores que não precisam fazer caixa estão segurando café na espera de preços melhores. Ontem (31), segundo o indicador Cepea/Esalq, a saca de 60 quilos do café arábica foi cotada a R$ 323,31 acumulando valorização de 0,55% na quinzena (de 16 q 31 de agosto).

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A seca que deve permanecer no Brasil também colabora para a firmeza dos preços do arábica. Isso pois, com estoques mundiais baixos, baixa oferta de cafés de qualidade na safra 2010/11 e possível prejuízo nas lavouras brasileiras por conta da falta de chuvas no início da época de florescimento (setembro) interferindo na safra do próximo ano, a oferta pode continuar restrita.

No decorrer da segunda quinzena de agosto as cotações do arábica no mercado interno amargaram fortes baixas, dias em que os negócios ficaram estagnados, sem vendedores.

Durante o período analisado (16 a 31 de agosto) o indicador para o conilon registrou desvalorização de 1,93%, sendo cotado a R$ 179,00 a saca.

Os preços do conilon continuam nos mesmos patamares desde meados de 2009. Essa não valorização está relacionada com relativo aumento da produção no Brasil e no mundo.

Tabela 1. Indicador Cepea/Esalq e câmbio



No dia 20 de agosto o indicador do arábica atingiu seu maior preço desde junho de 2005, R$ 328,10, com alta de 31% em relação ao mesmo período de 2009.

O Dólar PTAX encerrou o mês cotado a R$ 1,755, com leve desvalorização quinzenal de 0,18%.

Gráfico 1. Indicador Cepea/Esalq em R$/saca



Os valores praticados atualmente são historicamente elevados, e se mantém firmes em um período em que seria normal esperar recuo, a safra brasileira. As cotações foram gradativamente acumulando altas, até o dia 23 de agosto quando atingiu o recorde em 12 anos.

Porém, no dia 24 de agosto as cotações despencaram em função das realizações de lucros (vendas), uma vez que os fundos de investimentos estavam muito comprados. A queda foi também por conta de sinais de fraqueza da economia norte-americana. Desde então as cotações vêm acumulando leves altas diarias, recuperando parte das perdas.

O primeiro vencimento setembro/10 fechou o mês cotado a 176,80 centavos de dólar por libra-peso, com queda de 1,06% na quinzena. Os contratos que vencem em dezembro/10 acumularam desvalorização de 1,46%, sendo cotado a 178,45 centavos de dólar por libra-peso.

Os preços podem ser ainda maiores em janeiro, fevereiro e março, levando em conta os fundamentos de estoques mundiais muito baixos, pouca oferta e possível prejuízo na produção do próximo ano. Porém, informações ligadas a nova recessão econômica dos EUA podem influenciar o mercado, reduzindo o apetite de investidores por commodities e diminuindo o consumo de café.

Na BM&FBovespa os movimentos não foram diferentes, entretanto, as cotações se recuperaram após a queda do dia 24, acumulando altas para todos os vencimentos.

O primeiro vencimento setembro/10 registrou alta de 5,58% no período analisado, sendo cotado a US$ 226,00/saca (R$ 396,68/saca). O contrato dezembro/10 fechou a US$ 213,70/saca (R$ 375,09/saca), com alta de 2,30%.

Gráfico 2. Indicador arábica Cepea/Esalq e contratos futuros BM&FBovespa, em 19/08/2010 e 31/08/2010.



Visando incentivar e facilitar o uso do mercado futuro, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a criação de uma linha de crédito de comercialização com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para operações no mercado futuro (BM&FBovespa). O dinheiro poderá ser destinado ao financiamento da constituição de margens e de ajustes diários, em operações de vendas a futuro, aquisição de prêmios em contratos de opções de venda e demais taxas e emolumentos necessários a este tipo de transação.

Na bolsa de Londres (Liffe), as cotações da tonelada do café conilon registraram quedas na segunda quinzena de agosto. O primeiro vencimento setembro/10, terminou o mês cotado a US$ 1.602/tonelada, com queda de 7,40%. O contrato novembro/10 terminou a US$ 1.641/tonelada, registrando desvalorização de 7,29%.

Tabela 2. Principais cotações de mercados futuros



Segundo MDIC, no mês de agosto (22 dias úteis), o Brasil exportou 2,808 milhões de sacas de 60 quilos de café, 27,5% mais que as 2,203 milhões de sacas embarcadas em julho. Na comparação com agosto de 2009 também houve crescimento, porém, de 17,5%.

A Comissão Nacional do Café (CNC) da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) discutiu questões relativas aos custos de produção da cafeicultura brasileira, proposições para valorizar a indicação regional do café produzido em diferentes pontos do país e a recuperação do parque cafeeiro paranaense.

Para o presidente da CNC/CNA, Breno Mesquita, "um dos pontos mais importantes foi a discussão dos resultados obtidos nos painéis do projeto Campo Futuro, que indica os custos de produção, região por região".

Outro ponto que ganhou destaque envolveu a questão da "indicação geográfica", proposta que poderá aprimorar a valorização do café brasileiro no futuro próximo.

Uma medida importante para a cadeia do café foi tomada no dia 16. O endossulfam, ingrediente ativo de um inseticida, deixará de ser usado, gradualmente, nas lavouras brasileiras até 2013.

"Já existem substitutos do endosulfan autorizados pelo Ministério da Agricultura. Com o processo natural de evolução da tecnologia, esse produto ficou obsoleto e vem sendo retirado de uso em vários países", explica Luís Eduardo Rangel, coordenador-geral de Agrotóxicos do Ministério da Agricultura.
Foto: Natália Sampaio Fernandes

NATÁLIA SAMPAIO FERNANDES

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