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Luis Andrade: Associação 4C é o primeiro passo rumo à sustentabilidade

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 23/09/2010

3 MIN DE LEITURA

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Luis Flávio Andrade, engenheiro agrônomo e coordenador da Associação 4C no Brasil, fala sobre a atuação da Associação 4C no Brasil em prol da sustentabilidade da cadeia produtiva do café.

Entrevista com Luis Flávio Andrade (Associação 4C) from AgriPoint Portais on Vimeo.



Destaques:

"4C é uma associação de membros onde produtores, sociedade civil, comércio e indústria, se uniram e decidiram criar um código de conduta básico de sustentabilidade."

"A ideia do 4C é ser reconhecida como padrão básico de sustentabilidade visando melhoria continua."

"O 4C tenta ser o mais regular possível e é apoiado nos três pilares: social, ambiental e econômico. A ideia é trabalhar a partir desse nível ajudando o pequeno produtor sair desse nível atingindo níveis maiores, consiguindo obter programas mais exigentes."

"Se compararmos o nível da legislação ambiental e trabalhista no Brasil com outros países produtores de café, o nosso nível de exigência já é alto. O produtor no Brasil está mais próximo da linha de sustentabilidade básica do 4C do que os demais países."

"O 4C não é uma certificação. Primeiramente o 4C não foca nenhum nicho de mercado específico, e sim foca a grande massa de café. É um processo de verificação. Não existe um selo 4C na embalagem de café."

"Existe a possibilidade das indústrias comunicarem isso ao consumidor, mas de forma diferenciada."

"O 4C possui inúmeros benefícios. Trabalhamos com melhoria de produtividade, redução de custos, otimização dos processos de manejo da propriedade, o que leva a uma melhor gestão da fazenda, reduzindo custos, aumentando produtividade e gerando renda."

"Qualquer elo da cadeia pode se tornar membro do 4C. A comercialização é feita entre membros. A demanda vem da indústria que é membro do 4C e busca café numa exportadora também membro, que vai comprar de produtores membros. É uma cadeia que envolve todo setor."

"Qualquer membro que queira fazer parte do 4C precisa excluir 10 práticas que chamamos de inaceitáveis, que envolvem desde exclusão de trabalho escravo e infantil, transações imorais, uso de pesticidas banidos, entre outros. Excluídos esse itens, passamos para requisitos do código de conduta. São 28 princípios dividos em 3 pilares: ambiental, social e econômico."

"Entrando no código de conduta, o grupo ou fazenda a ser auditada vai fazer uma autoavaliação em relação ao código 4C, entre práticas denominadas: vermelhas, amarelas e verdes. No fim da autoavaliação o software gera uma média. É preciso ter uma média ao menos amarela."

"O secretariado do 4C mantém relação firme e constante com os membros compradores, que vão gerar demanda pelo café que cumpre com 4C. Uma vez que um membro comprador entra no 4C ele se compromete anualmente, gradativamente, a comprar mais cafés 4C mantendo sempre a demanda em constante evolução."

"A Nestlé anunciou que todo café comprado a partir de agora, que for compra direta, vai atender aos princípios do 4C. Isso começa concretizar a razão do 4C ter nascido."

"Daqui um tempo quem possui esse padrão mínimo de sustentabilidade vai estar no mercado."

"Para um produtor participar de qualquer programa de certificação tem que arcar com custos como auditoria, por exemplo. No 4C essa auditoria é paga pelo 4C, então o produtor não paga nenhuma taxa de auditoria."

"A única taxa que qualquer membro da cadeia que queira fazer parte da associação tem que pagar é uma anuidade. Essa anuidade é sempre referente ao volume de café. Exemplo: um produtor que produz até 100 sacas de café paga uma taxa irrisória. Em compensação, uma exportadora ou grande indústria, que negocia milhares de sacas de café, pagam valores imensamente maiores."

"No 4C temos os serviços de apoio, os quais todo membro 4C tem direito. Neste caso, faz-se um planejamento da anuidade de cada membro, existindo uma taxa que pode ser convertida em projetos de sustentabilidade, capacitação e treinamentos."

"No Brasil, cooperativas e exportadoras usam essa parcela para converter em projetos para sua própria comunidade e produtores."

"A taxa de membros e interesse têm crescido cada vez mais. A expectativa é que cresça ainda mais e que empresas se comprometam como a Nestlé se comprometeu."

"O 4C possui 3 anos de vida. Iniciamos um trabalho chamado ´Impacto 4C´, em parceria com IAC e outras entidades. A ideia é iniciar os trabalhos de avaliação de impacto na vida dos produtores após o uso do 4C. Isso tem que ser um estudo a médio e longo prazo."

"Recentemente fizemos um treinamento com a Cati, sendo uma capacitação com os técnicos regionais, para que eles difundam o conceito do 4C no estado de São Paulo."

"A ideia para o futuro é fazer também uma equivalência dos códigos. Hoje um produtor Rainforest Alliance que possui licença pode solicitar automaticamente licença do 4C, uma vez que já foi estudado que a Rainforest Alliance é mais exigente que o 4C em todos os aspectos."

"Iremos fazer um evento em novembro onde organizaremos mesas de debate para discutir a viabilidade econômica da sustentabilidade."

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JOSÉ ROBERTO DA ROCHA BERGAMO

LONDRINA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 28/09/2010

Preciso de mais informações sobre a certificadora e gostaria de poder analisar com possibilidades de trazer para o Paraná esta certificação, achei muito interessante se falar na cadeia produtiva em contato com a industria, certamente existe uma tendência de consumo à produtos certificados.
CELIO

PATOS DE MINAS - MINAS GERAIS

EM 23/09/2010

excelente o artigo mas temos que lembrar que se toda cadeia buscar formas diferentes para melhorar o o produto final, vai ficar um grande emaranhado de condutas, principios, certificaçoes e programas de qualidade que nao se bicam e no final deixam nosso produtor ainda perdido, e que seria evitado se tivessemos coordenaçao....

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