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Leitor aponta saída para a crise da cafeicultura

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 10/02/2010

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O leitor do CaféPoint Paulo Henrique Leme, consultor em marketing estratégico no agronegócio, de Bragança Paulista/SP, respondeu à dúvida de outro leitor em relação ao artigo "Paulo H. Leme comenta sobre a crise da cafeicultura", e apontou uma saída para a crise da cafeicultura . Abaixo leia a carta na íntegra.

"Caro Willem,

Obrigado pelos comentários. Você tem razão, extinguir os rótulos de familiar, médio e grande é algo que precisa ser encarado pelo agronegócio como um todo, não apenas no café. Estes rótulos perdem o sentido quando olhamos a propriedade rural como um negócio rural.

Talvez, o rótulo mais correto seja produtor eficiente versus produtor ineficiente. Neste caso, não importa o porte, pois temos exemplos bem sucedidos de produtores familiares extremamente eficientes e outros tantos exemplos de grandes produtores com alto nível de ineficiência.

Infelizmente, qualquer tipo de política artificial de aumento do valor de produtos do agronegócio cobra um preço alto no futuro, pois mantém o ineficiente no mercado, aumenta a produção e, consequentemente, deprime os preços. Realmente, é uma encruzilhada cruel.

Fica uma questão: como evitar a quebradeira geral dos produtores de café do Brasil? O que causaria um desastre social no campo? Boa pergunta.

A resposta para esta pergunta e a estratégia para sairmos desta encruzilhada pode estar na criação de um programa de diversificação da lavoura cafeeira, introduzindo culturas parceiras ao café, culturas substitutas, linhas de financiamento, apoio da pesquisa e extensão, etc. Isto aliado a um forte programa de gerenciamento da lavoura cafeeira, que manterá os eficientes no mercado e ensinará os ineficientes o caminho do sucesso.

Eu sei, é muito mais complicado do que pagar para erradicar o café, porém, no médio e longo prazo, os resultados serão excelentes pata toda a economia local e para a própria cafeicultura.

Um forte abraço,

Paulo Henrique Leme
P&A Marketing Internacional"

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PAULO HENRIQUE LEME

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 16/03/2010

Caro Humberto,

Eu desconheço locais assim, mas com certeza, devem exisitr algumas fazendas que remuneram melhor seus trabalhadores por este tipo de trabalho que requer muita mão-de-obra. Talvez em outras culturas, como frutas raras, a realidade possa ser um pouco diferente.

O café cultivado em países ricos, a saber, Hawaii e Australia, é colhido com máquinas em sua grande maioria, também devido ao alto custo da mão-de-obra.

A colheita seletiva, por mais que seja remuneradora para o catador, o condena a pobreza, pois ele sempre vai colher, no máximo, uma quantidade pequena de café. Sua renda é, portanto, limitada. Por sua vez, seus anseios sociais e econômicos estão sempre crescendo...

Obrigado pela pergunta.

Um abraço,

Paulo Henrique Leme
P&A Marketing Internacional
HUMBERTO SOARES

AIMORÉS - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 15/03/2010

Paulo Henrique M V Leme, há algum outro produto agricola ou mesmo o café cultivado nos paises ricos que é colhido a dedo e seus catadores são remunerados condignamente e não estão sujeitos a miséria como na América Central e Norte da América do Sul ? Existe essa situação ou você a desconhece ?
DOMINGOS RIBEIRO DE ANDRADE

BOM SUCESSO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 14/03/2010

Tenho um conhecido, excafeicultor que mudou-se para Goiás. A pouco tempo ele retornou à nossa região e me perguntou sobre a rentabilidade financeira do café. Eu respondi que estava muito difícil devido a câmbio, alta de salários,etc.
Ele duvidou que a situação era tão séria pois toda vez que ele retorna a Minas observa que o plantio de café na região esta aumentando. Tive que calar pois é a realidade.
Se não houver uma política agrícola, se não diminuirmos o plantio a situação continuará a mesma. Isto vale para o café, soja, milho, arroz, trigo, sorgo,leite, eucalipto,etc. Vai perguntar para a população urbana se ela esta achando os produtos agropecuários baratos. Responderão que esta tudo caríssimo, que precisa baixar os preços.
AMARILDO J SARTÓRI

VARGEM ALTA - ESPÍRITO SANTO

EM 03/03/2010

Caros Senhores,

As questões que envolvem a atividade cafeeira vão além da eficiencia ou ineficiencia dos produtores ou propriedades. A falta de políticas governamentais que garantam a manutenção da atividade, endividamento, logisticas de armazenagem e transportes, ampliar o cooperativismo, tributação sobre insumos fundamentais para se obter boa produtividade com máxima qualidade e consequentemente rentabilidade ao produtor. Mão de obra qualificada e as questões trabalhistas, supostas agressões ao meio ambiente, fatores climáticos, perigosas informações divulgadas por órgãos do governo e outras entidades sobre estimativas de safra que tantos estragos provocam no mercado e depois não se confirmam.

Na minha opinião, essas são análises mais consistentes dos problemas enfrentados principalmente pelos cafeicultores e também por produtores rurais de tantas outras atividades agrícolas, que sustentam em primeiro plano, segurança alimentar no brasil, e depois, os consideráveis índices positivos na balança comercial brasileira.

Diante de tantos contratempos, SOMOS SIM EFICIENTES, caso contrário, o país estaría importando alimentos e nós, engrossando as filas do bolsa família.


Acorda BRASIL.

Um abraço

PAULO HENRIQUE LEME

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 02/03/2010

Caro Diogo,

Este problema foi muito discutido na Guatemala, inclusive, com uma palestra polêmica do Carlos Brando sobre sistemas de colheita e sua relação com o desenvolvimento e sustentabilidade da cafeicultura mundial. Nossos colegas produtores de café de outros países que acham que o "café colhido a dedo" é a melhor coisa do mundo, não gostaram de ouvir algumas verdades sobre como este sistema acaba por perpetuar a pobreza no campo...

Capacitação do trabalhador e do produtor é a chave para a sustentabilidade, por sinal, conhecemos bem o trabalho de vocês aí na Fazenda Recreio e parabéns pela iniciativa de visão e estratégia.

Voltando portanto para a realidade do Brasil, precisamos tirar ao máximo da capacidade de cada insumos humano e material de nossa produção. Isso requer grande investimento e vontade de ambos os lados.

Essa realidade não é exclusividade da cafeicultura, o agronegócio brasileiro vai ter que investir em boa mão-de-obra, se não, vai perder os melhores trabalahdores para o comércio e para a indústria.

Um grande abraço,

Paulo Henrique Leme
P&A Marketing Internacional
DIOGO DIAS TEIXEIRA DE MACEDO

SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA - SÃO PAULO

EM 20/02/2010

Prezado Paulo Henrique,

Realmente a capacitação é de fundamental importância, as pessoas tem necessidade de aprender!!! Desde 2000 capacitamos funcionários em nosso fazenda, com curso oferecidos pelo SENAR/SP e mais alguns ... o problema é que a mão-de-obra para o setor rural está péssima ... as leis trabalhistas deixam os funcionários "sem vergonha" mesmo ... o cara quer ser mandado embora, para receber 5 meses de salário sem trabalhar (seguro desemprego), FGTS e assim vai ... fica complicado trabalhar dessa forma. Além disso a mão-de-obra que "sobrou" no meio ... são aqueles que não "deram" certo na cidade, analfabetos, etc ... (claro que não são todos, temos vários funcionários ótimos) ... o problema são os temporários e a alta rotatividade de funcionários.

Outro fator que pesa muito é o salário ... pessoal capacitado deve e precisa ganhar mais (para não ir embora para a cidade como você disse) ... porém em 2000 o salário mínimo era R$151,00 e o preço médio do café R$163,00 ... hoje o salário mínimo é R$510,00 e café está em R$270,00 ... dá para entender???
PAULO HENRIQUE LEME

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 18/02/2010

Prezada Joana,

Obrigado pelos comentários, a questão da mão-de-obra é outro gargalo da cafeicultura. Penso que devemos investir em qualificação sim, e mais, obrigatoriamente teremos que pagar mais pela qualificação, se não veremos nossos funcionários migrarem para outras atividades do agronegócio ou da cidade. Se não qualificarmos, outros pessoas o faram e ficaremos a mercê de pouca mão-de-obra disponível, cara e ineficiente.

Um abraço,

Paulo Henrique Leme
P&A Marketing Internacional
JOÃO EVANGELISTA MARTINS

CARMO DA CACHOEIRA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 14/02/2010

Acho que o abandono do cafeicultor é histórico vem desde primórdio da nossa cafeicultura. Mas ineficiente não é o cafeicultor brasileiro. Em qualquer atividade a mola mestre é o lucro. Ineficiente é realmente todos os governos e nossas cooperativas que ainda não mudaram nosso triste quadro de exportação café. Vejam:

Exportações Brasileiras de Café 2008 - Total

Volume (ton) Preço Médio (US$/ton)
Verde 4.131.674 1.566.921 2.636,81
Solúvel 565.667 74.732 7.569,27
Torrado 35.627 6.659 5.350,20
TOTAL 4.732.968 1.648.312

Fonte: MIDIC/SECEX
Elaboração: MAPA/SPAE/DCAF

Quando o Presidente Collor chamou nosso indústria automobilista de fabricantes de carroça! Lembram! Vejam ai o resultado. E claro com uma política eficiente e cheia de subsídios. Hoje as carroças já estão bem melhor. Acho que nossa INDUSTRIA DE CAFÉ ainda esta na idade da pedra. Realmente "ineficientíssima" só consegue exportar em 2008 apenas 1,71% .
HENRIQUE DE SOUZA DIAS

SERRA DO SALITRE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 12/02/2010

O abandono da cafeicultura representa um enorme prejuízo em perda de investimentos em equipamentos,instalações, etc. Além disso, as fazendas de café são geralmente pequenas( ou de topografia acidentada )e não servem para culturas de pouco valor, como grãos por exemplo.Mexer com flores, verduras, exige outra qualificação.

Insisto que a saída é renovar a lavoura de café. Plantas novas garantem produtidade e renda para já sabe o que fazer.Não há saída a não ser aumentar
a produtividade o que só se consegue com LAVOURAS NOVAS.
JOANA D ARC TEIXEIRA DE FARIA

CALIFÓRNIA - PARANÁ - PROVA/ESPECIALISTA EM QUALIDADE DE CAFÉ

EM 10/02/2010

Sr. Paulo Henrique ,

O teu comentário foi "na mosca". Sou extensionista e vivencio a situação de eficiêcia e ineficiência na propriedade rural.
O sucesso de muitos está na gestão da propriedade, gestão esta que alia atividades parceiras a cafeicultura.
Também por outro lado temos a desqualificação da mão de obra para muitas das atividades rurais,(costumo comparar com o ajudante de pedreiro que não faz nada específico e sabe um pouco de tudo), e esta desqualificação leva a gastos intempestivos.
Concordo também com os 3Ds

Parabéns!!

Joana D´Arc T. Faria
Califórnia-Pr

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