O lote de 22 sacas da Fazenda Rainha vencedor da 12ª Edição do Concurso Cup of Excellence, que é realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) para premiar o melhor café do País, foi arrematado nesta quarta (18) pelo valor de US$ 67.222,66. Isso corresponde a US$ 3.055,57 a saca de 60 kg, ou perto de R$ 5.500,00 a saca, ao câmbio de hoje (US$ 1 = R$ 1,76). Para efeito de comparação, a saca de café convencional é negociada hoje por R$ 500,00, ou 10 vezes menos do que o produto especial. Ao todo, o leilão dos 25 lotes de cafés especiais finalistas do Cup of Excellence,realizado pela internet ofertou 533 sacas, que foram disputadas por compradores de todo o mundo.

O lote recordista obteve nota 91,41 no Cup of Excellence,(numa escala de zero a 100) concedida por um júri internacional composto por torrefadores, baristas, importadores e donos de coffe shops, que o elegeu como o melhor café da safra 2010/2011 e merecedor do Prêmio Presidencial (acima de 90 pontos). "Produzir o melhor café especial no País que mais produz café no mundo é muito gratificante", diz o engenheiro agrônomo especializado em café José Renato Gonçalves Dias, responsável pela produção da Fazenda Rainha. "Mais até do que a vitrine proporcionada pelo prêmio, o reconhecimento financeiro obtido por meio do leilão é um estímulo muito importante para que o produtor persista investindo em qualidade. Afinal, produzir um café de melhor qualidade é mais trabalhoso e mais custoso, e precisa ser mais atraente financeiramente".


Fazenda Rainha Um prêmio como esse não é resultado do acaso. Localizada em São Sebastião da Grama (SP), na região conhecida como Mogiana Paulista, a Fazenda Rainha é de propriedade do grupo Fazenda Sertãozinho Ltda, que desde 2006 possui a marca especial Café Orfeu voltada para o mercado interno. Essa fazenda foi finalista do Cup of Excellence,nas edições de 2000, 2001, 2005, 2006, 2008, 2009 e 2010, antes de conquistar o primeiro prêmio. "Este sempre foi um foco, por isso foram anos de dedicação, atenção e muita paixão", diz José Renato.

A Fazenda possui uma área total de 1.091 hectares, 280 dos quais destinados ao plantio de café das variedades Bourbon Amarelo, Icatu, Catuaí e Mundo Novo, localizada em altitude média de 1.300 metros. "A altitude elevada e o clima frio e seco durante o período de colheita favorecem a produção dos cafés de melhor qualidade, explica o engenheiro agrônomo especializado em café José Renato Gonçalves Dias, diretor da Fazenda Sertãozinho Ltda. "São cafés com bebida mole, muito adocicada, com acidez equilibrada e aromas intensos".

A Alta Mogina e o Sul de Minas são caracterizados pelo relevo montanhoso. "Nesse ambiente, a produção é artesanal, com o café sendo colhido e seco manualmente. Isso também favorece a minimização do aproveitamento de grãos defeituosos ou verdes, aprimorando ainda mais a qualidade da bebida", explica José Renato. 80% da produção da Fazenda Rainha é exportada, e entre os principais países compradores estão EUA, Suíça, Itália, Noruega, Alemanha e Japão.

Todas as propriedades da Fazenda Sertãozinho Ltda são 100% mapeadas, sendo cada gleba de café classificada de acordo com a variedade, idade das plantas, altitude, face de exposição solar, inclinação e tipo de solo.

A Fazenda Sertãozinho possui um sistema de gestão sócio ambiental da UTZ e BSCA desde 2003 e a Fazenda Rainha desde 2009. Ambas seguem as normas técnicas do sistema de gestão da qualidade ISO 9001:2000.

As informações são da FSB Comunicações, editadas pela Equipe CaféPoint.