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IBGE: rendimento do cafezal aumentou 35% em 10 anos

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 01/10/2009

5 MIN DE LEITURA

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã desta quarta-feira (30) os resultados do Censo Agropecuário de 2006, que revela o retrato do Brasil Agrário. Em 2006, a produção de café em grão foi de 2,3 milhões de toneladas ou 38,33 milhões de sacas, e atingiu um crescimento de 26% em relação ao Censo 1995/96. A redução de 6,9% na área colhida foi compensada por um acréscimo de 35,3% no rendimento médio. As condições meteorológicas, em geral favoráveis desde a época da floração, no final de 2005, foram a principal responsável pelos bons resultados de 2006.

O valor da produção alcançou R$ 8,6 bilhões, sendo que deste total, 85,9% foi gerado pelo café arábica, cultivado em 200.859 estabelecimentos agropecuários, o que representa 70% dos estabelecimentos que produzem café no Brasil, a maior parte localizada em Minas Gerais (52,2%), responsável por 65% da produção nacional de arábica.

O Espírito Santo aparece como o líder na produção de café da espécie C. canephora, conhecido popularmente como café conilon ou robusta. No território capixaba estão localizadas a maior parte dos produtores (41,1%), responsáveis por 59,7% da colheita nacional do produto.

Além do Espírito Santo, Rondônia também possui uma expressiva quantidade de estabelecimentos cultivando esta espécie de café (29.638), que produziram 66.832 toneladas em 136.214 hectares. Considerando todo o Brasil, o conilon foi cultivado em 85.984 estabelecimentos, ocupando uma área de 395.560 hectares. A produção total de conilon foi de 471.037 toneladas ou 7,85 milhões de sacas, que gerou uma receita de R$ 1,2 bilhão.

Geração de empregos

Em 31.12.2006, segundo o Censo Agropecuário 2006, havia 16.567.544 pessoas ocupadas nos estabelecimentos agropecuários (incluindo produtores, seus familiares e empregados temporários ou permanentes), que correspondiam a 18,9% da população ocupada no país, (87.628.961 pessoas, segundo a PNAD 2006). Daquele total, 30,5% eram de mulheres. Com a urbanização do país, o pessoal ocupado nesses estabelecimentos vem se reduzindo. Entre os dois últimos censos agropecuários, a redução foi mais acentuada entre 1985 e 1995 (-23,3%) do que entre 1995 e 2006 (-7,2%).

Excluindo-se as pessoas que não foram contratadas diretamente pelo produtor (como no caso das empreiteiras), o Censo Agropecuário de 2006 encontrou 11.846.503 pessoas que trabalharam de modo temporário, até 180 dias no ano. A atividade com mais trabalhadores temporários era a Pecuária e criação de outros animais (5,055 milhões). Produção de lavouras temporárias (4 milhões) e Produção de lavouras permanentes (1,9 milhão) vinham a seguir.

Considerando a relação de pessoas ocupadas (po) por área, as lavouras permanentes tinham a maior proporção: em média, 110 po/1000 hectare. O café apresentou o maior índice neste quesito, com 162 po/1000 hectare.

Agricultura orgânica

Os estabelecimentos produtores de orgânicos representavam 1,8% (ou 90.425) do total de estabelecimentos agropecuários. Dedicavam-se, principalmente, à pecuária e criação de outros animais (41,7%), às lavouras temporárias (33,5%), à lavoura permanente (10,4%), à horticultura/floricultura (9,9%) e à produção florestal (3,8%).

O Censo Agropecuário 2006 investigou, pela primeira vez, a agricultura orgânica. O estabelecimento deveria informar se a praticava e se sua produção era certificada. Não foram consideradas orgânicas as práticas agrícolas que, apesar de não utilizarem agroquímicos, não foram identificados como tal pelo produtor ou, ainda, se este desconhecia as normas técnicas exigidas pelas instituições certificadoras.

Financiamento

Dos 5,2 milhões de estabelecimentos agropecuários, 4,3 milhões não obtiveram financiamento em 2006. A falta de necessidade (51,92%), o medo de contrair dívidas (20,65%) e o empecilho da burocracia (8,36%) foram os principais motivos declarados. Destes, 3,63 milhões (85,42%) tem área total inferior a 100 hectares.

O total de recursos obtidos em forma de financiamento em 2006 foi de 21 bilhões de reais. Os estabelecimentos com 1.000 ou mais hectares captaram 43,6% dos recursos, mesmo representando apenas 0,9% do total de estabelecimentos que obtiveram financiamentos. Aqueles com até 100 hectares representaram 88,5% dos que obtiveram financiamento em 2006, captando 30,42% dos recursos. Já os estabelecimentos de porte médio (entre 100 e 1000 hectares) representam 7,72% dos que obtiveram financiamento, captando 25,69% desses recursos.

Os estabelecimentos pesquisados declararam R$ 20,96 bilhões em investimentos. 26,06% disseram ter investido em Bens Imóveis, 20,06% em Máquinas, implementos ou tratores (ligados à mecanização rural) e 15,19% em terras adquiridas. São Paulo foi a Unidade da Federação com mais investimentos: R$ 3,70 bilhões.

Dos estabelecimentos que receberam financiamento, 85% tiveram como uma das fontes algum programa governamental - com 57,6% dos recursos. Destes estabelecimentos, 80% receberam recursos do PRONAF, responsável por 32,07% dos recursos financiados no ano. No total, 65,75% (R$ 8,15 bilhões) dos recursos de financiamento vieram de outros programas (Federal, Estadual ou Municipal). Declararam ter recebido tais recursos 19,73% dos estabelecimentos.

Daqueles que declararam ter recebido financiamento, 91% apontaram os bancos como uma das fontes de recursos. Eles representam 78,3% do total de recursos. Dos produtores que declararam ter obtido financiamento, 79,7% eram proprietários das terras - eles captaram 86,07% dos recursos. Os arrendatários eram 4,89% dos produtores que obtiveram financiamento (10,31% dos recursos).

Metade dos estabelecimentos que obtiveram financiamento (492.628) declararam ter como finalidade o custeio. A finalidade "Investimento" aparece em segundo lugar, com 40,15% (395.425). Já a manutenção do estabelecimento foi declarada por 8,75% dos estabelecimentos.

Mecanização

Em 31 de dezembro de 2006, 530 mil estabelecimentos (10,2% do total) tinham tratores, num total de 820 mil unidades. Em relação a 1995-1996, houve incremento de 20 mil unidades, 2,6%. O aparente pequeno aumento na realidade é explicado pela substituição de tratores de menor potência (menos de 100 cv) por tratores de maior potência: em 1995-1996, 674 mil tratores (84,3% do total) eram de menos de 100 cv. Em 2006; a categoria de 100 cv e mais somou 250 mil unidades, aumento de 99,4% nesta categoria.

Do 1,56 milhão de estabelecimentos que declarou utilizar força mecânica, apenas 59,6% usavam força de procedência própria. Do total, 30,9% (484 mil) declararam usar força mecânica de serviço contratado com o operador; 5,3% cedida por terceiros, 6% cedida por governos, 4,7% cedida por empreiteiros, 4,1% de uso comunitário e 3,4% advinda de aluguel. Os números indicam o incremento da terceirização na mecanização da agropecuária, e que apenas o total de tratores existentes nos estabelecimentos não pode ser usado para explicar os avanços da mecanização rural.

Irrigação

Quanto ao uso de irrigação, 6,3% dos estabelecimentos declararam utilizá-la, acusando um aumento de 39% no número de estabelecimentos agropecuários praticantes, em relação ao Censo anterior, apontando um aumento de 1,3 milhão de hectares (42%). A área irrigada compreendia 4,45 milhões de ha (7,4% da área total em lavouras temporárias e permanentes), com a seguinte distribuição: 24% da área irrigada no método de inundação, 5,7% por sulcos, 18% sob pivô central, 35% em outros métodos de aspersão, 7,3% com métodos localizados e 8,3% com outros métodos ou molhação. Minas Gerais foi o estado com maior número de estabelecimentos (48,39 mil) que utilizaram alguma técnica de irrigação.

Com informações do IBGE, resumidas e adaptadas pela Equipe CaféPoint.

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