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Honduras tem problemas de infraestrutura para lidar com crescimento na produção de café

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 14/05/2012

4 MIN DE LEITURA

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Honduras está aumentando a produção de café para aproveitar os maiores preços, que dobrou a produção em menos de 10 anos. Porém, esse boom tem um custo. O café está vindo mais rápido do que os produtores conseguem lidar e eles estão ficando sem espaço para secar todos os grãos, que precisa de tempo no sol ou de máquinas de secagem para evitar a fermentação. A secagem inapropriada pode destruir o café para exportação. Uma redução drástica na qualidade limitará o preço que o café poderia alcançar.

A companhia local de café, Café Orgânico Marcala (COMSA), foi forçada a alugar um campo de futebol próximo nesse ano e cobrí-lo com superfície plástica para colocar o café ao ar livre depois que seus pátios de secagem de cimento ficaram lotados.

"Tivemos uma avalanche de café", disse o gerente da COMSA, Rodolfo Penalba. Eles sobreviveram nesse ano usando lona, mas a colheita do próximo ano será ainda maior, disse ele.

Atualmente, Honduras tem somente cerca de uma dúzia de grandes centros de processamento de café em grandes cidades ou próximos a portos de exportação e cerca de 20 centros menores em regiões mais remotas produtoras de café.

"Honduras não tem capacidade de secar todo o café vindo na safra de 2011/12 de forma eficiente e menos ainda na que virá em 2012/13. Isso levará a perdas a nível nacional se os grãos fermentarem", disse o vice-presidente da associação de comerciantes de café de Honduras, Eduardo Aguilar.

O problema atinge o pico na colheita de janeiro e fevereiro, quando o café é colhido em várias regiões do país. A indústria está esperando que o Governo ou bancos de desenvolvimento forneçam empréstimos para ajudar o setor a melhorar a infraestrutura.

Honduras exportará 5,4 milhões de sacas de 60 quilos de café arábica na próxima safra, nem mais que o dobro do volume do ciclo de 2004/05, reforçando a posição do país como o maior produtor de café da região. Trata-se do único país da América Central que está aumentando de forma significante a produção, além da Nicarágua, que é o menor produtor da América Central. Diferentemente da maioria de seus vizinhos, Honduras tem terras com preços baixos, mantendo o negócio do café atraente em uma economia muito dependente da agricultura e dos têxteis.

Honduras está agora empatado com o México pela posição de terceiro maior produtor mundial de café arábica, depois do Brasil e da Colômbia, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Porém, se o país não puder melhorar a infraestrutura rápido o suficiente, a qualidade poderá cair abaixo dos padrões demandados pelos exportadores.

A secagem inapropriada afetou entre 230.000 e 383.000 sacas de 60 quilos de café nesse ano - 5% a 8% da colheita, de acordo com produtores e comerciantes. Parte desse café não poderá ser exportado e será destinado ao consumo local, disseram oficiais da indústria.

Vários fornecedores disseram que podia ser encontrado mofo nos grãos de Honduras. "Houve algumas questões de qualidade", disse um importador dos Estados Unidos. Os problemas podem estar afetando os preços. O preço médio diferencial para o café hondurenho vendido nos Estados Unidos caiu na primeira semana de maio. O diferencial, que ajuda a medir a qualidade e a disponibilidade dos grãos, caiu para 5 centavos sobre o contrato de referência de café nos Estados Unidos na ICE Futures, de 5,5 centavos na semana anterior.

Isso tem complicado os esforços de Honduras em melhorar sua reputação como produtor de café de maior qualidade. O país espera competir com seus vizinhos, Guatemala e Costa Rica, que obtêm grandes prêmios diferenciais por seus grãos gourmet.

"Honduras tem sido tradicionalmente um exportador de preços menores", disse o analista de commodities do The Price Group, Jack Scoville. "Sua qualidade tem sido considerada um pouco menor, mas eles estão trabalhando duro para mudar essa imagem. Agora, eles estão produzindo muito mais café e não tenho ouvido sobre muitas novas (plantas de processamento de café) sendo construídas ainda, de forma que isso é um assunto a se avançar".

Até agora, Honduras não tem tido problemas em encontrar compradores, disse Scoville. Cada vez mais torrefadores estão buscando opções de menor preço ou mesmo trocando para grãos robusta, mais baratos.

Existiam 101.489 produtores de café em Honduras no ano passado, mais que os 92.706 produtores em 2009/10, disse o Instituto Nacional de Café. O país adicionou quase 10.926 hectares de novas terras produzindo café.

Em maio de 2011, os futuros do arábica na ICE alcançaram seu pico em 34 anos, de US$ 3,0890 por libra. Desde então, caíram em 40%, alcançando seu menor valor em 19 meses na segunda-feira, de US$ 1,7360 por libra. Porém, a queda não desanimou os produtores de Honduras.

Cerca de 85% dos produtores de Honduras conseguiram com muito esforço viver em pequenos pedaços de terra que não podem abandonar mesmo se os preços caírem. "O preço tem caído, mas ainda é competitivo para nós", disse o gerente técnico do Instituto Hondurenho de Café (IHCAFE), Mario Ordonez.

O cultivo de café se disseminou para a maioria do país e a indústria está lutando para melhorar a infraestrutura. Oficiais disseram que a IHCAFE quer lançar projetos que daria ao Governo financiamento e empréstimos de bancos de desenvolvimento regionais para produtores comprarem instrumentos de secagem.

Esquemas similares têm sido trabalhados no Brasil e em Taiwan. O diretor do IHCAFE, Victor Molina, disse que a ajuda poderia impulsionar a capacidade de processamento do país em 1,5 milhão de sacas de 60 quilos, adicionando 135 novas instalações, completar com máquinas elétricas de secagem e cerca de 12.000 unidades menores de secagem solar.

Representantes do IHCAFE viajaram para o Brasil para despertar interesse no suporte de instituições que fornecem empréstimos do país para a compra de secadores mecânicos. "Precisamos da ajuda do Governo", disse Molina.

A reportagem é da Reuters, traduzida e adaptada pela Equipe CaféPoint.

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