A Associação Nacional de Café da Guatemala (Anacafé) estima que, para o ano cafeeiro de 2010/11, a colheita com qualidade crescerá em 6,7%. Segundo a organização, a colheita poderia alcançar 3,68 milhões de sacas de 60 quilos, mais que as 3,45 milhões de sacas da colheita de 2009/10.

Espera-se o aumento da produção apesar das chuvas, ainda que os cafeicultores não descartem que se prejudiquem os grãos se a atividade pluvial continuar. De acordo com o presidente da Federação de Cooperativas Agrícolas de Produtores de Café da Guatemala R.L. (Fedecocagua), Gerardo De León, as colheitas seriam afetadas. "A umidade causará infecções de fungos. Prevê-se a mesma colheita, mas não se sabe se estará defeituosa".

León disse que, devido às tempestades Ágatha, Alex e Frank, assim como a erupção do vulcão Pacaya, os cafezais estão sendo monitorados nas regiões de Esquipulas e Huehuetenango. "Estamos vigilantes da qualidade". Ele disse também que o preço que tinha baixado se recuperou.

O membro do Comitê de Cafés Diferenciados da Associação Guatemalteca de Exportadores (Agexport), Roberto Díaz, pôde-se observar a presença de fungos em algumas regiões. "A colheita será 10% a 15% maior que a do ano passado, mas é provável que se perca a qualidade pelas chuvas".

Díaz explicou que não se pode combater as doenças de fungos, porque as plantações devem estar secas e não se podem usar os produtos com a chuva. O ano cafeeiro começa em 30 de setembro e termina em 1 de outubro do ano seguinte na Guatemala.

De acordo com a agência EFE, há duas semanas a Anacafé reportou que as exportações da Guatemala de outubro de 2009 a julho de 2010 registraram uma queda de 2,32%, comparado com o mesmo período do ano anterior.

A reportagem é do site Sigloxxi.com, traduzida e adaptada pela Equipe CaféPoint.