Ontem o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) aprovou um orçamento de R$ 2,143 bilhões para o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para 2007. O volume é bem maior que o orçamento aprovado para 2006, que foi de R$ 1,638 bilhão. O problema está no repasse. Este ano, por exemplo, dos recursos previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA) foram executados R$ 377 milhões ou 23,02% do previsto.

Do volume total aprovado, R$ 1,943 bilhão são de créditos destinados ao financiamento para custeio, investimento, colheita e pré-comercialização de café. Mas o diretor do Departamento de Café do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Vilmondes Olegário da Silva, admitiu que há possibilidade de cortes, já que esses valores devem ser incluídos no orçamento geral do Mapa, que depois é revisto pelo Ministério da Fazenda.

De acordo com a proposta, o fundo deve contar no próximo ano com R$ 1,178 bilhão em reembolso de financiamentos, R$ 178 milhões em remuneração de depósitos bancários e outros R$ 165 milhões obtidos com a alienação de 1 milhão de sacas que pertencem ao fundo. "São recursos que vão assegurar a ampliação dos repasses", acrescentou.

A ampliação dos créditos também permitirá um maior aporte de recurso em ações como conservação dos estoques reguladores. No orçamento passado, foram destinados R$ 7,6 milhões e executados, até o mês passado, R$ 2,8 milhões. Para o próximo ano, o fundo prevê a destinação de R$ 20 milhões, segundo reportagem de Rafael Godoi para o Diário do Comércio e Indústria/SP.