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EUA: Obama pede corte nos subsídios agrícolas

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 26/02/2009

3 MIN DE LEITURA

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu na terça-feira o fim dos "pagamentos diretos a grandes negócios agrícolas que não precisam deles", em um aparente ataque aos subsídios que custam US$ 5,2 bilhões por ano.

Em um discurso ao Congresso, Obama afirmou que a Casa Branca identificou US$ 2 trilhões de dólares em gastos considerados como desperdício e ineficazes, incluindo pagamentos diretos desnecessários a grandes fazendas. "Neste orçamento, vamos acabar com os pagamentos diretos a grandes negócios agrícolas que não precisam deles", disse Obama, sem afirmar quanto seria economizado com a medida ou como ela seria estruturada.

A proposta dá eco a uma questão importante de sua campanha presidencial, mas propostas similares falharam em outras vezes devido à oposição de legisladores ligados às questões agrícolas. O presidente George W. Bush, por exemplo, defendia sem sucesso um teto anual de 250 mil dólares a todos os pagamentos por produtor.

Onze grupos agrícolas escreveram na semana passada para o Secretário da Agricultura, Tom Vilsack, argumentando contra qualquer corte ao apoio agrícola e em particular aos pagamentos diretos. Eles dizem que os pagamentos diretos "são o único componente da rede de segurança agrícola que atualmente ajuda todos os produtores" a lidar com os altos custos de produção e com a queda dos preços desde as altas recordes atingidas no ano passado.

O pagamento direto é uma entre as duas modalidades de subsídios dados aos agricultores americanos, conforme explica André Nassar, diretor-geral do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações (Icone). "Esse pagamento é desconectado do mercado, ou seja, o produtor recebe independentemente de os preços estarem baixos. Se no Brasil os produtores também recebessem esse tipo de subsídio, o nível de endividamento da agricultura brasileira não existiria", explica Nassar.

Apesar de considerar a intenção de Obama bem-vinda, Nassar não acredita que ela será, de fato, implementada. Isso porque, segundo o especialista do Icone, a economia seria pequena, se comparada ao "tamanho da briga". Ele detalha que esses subsídios diretos representam em torno de US$ 5,2 bilhões por ano e, reduzindo o valor máximo (teto) por fazenda, a economia não seria de 100%. "Assim, mesmo que se reduza drasticamente em 40%, a economia seria de US$ 2 bilhões, considerada pequena, perto do desperdício de US$ 2 trilhões já identificados. Assim, a avaliação é de que a briga é muito grande contra os lobistas no congresso diante de uma economia relativamente pequena diante de todos os outros gastos", detalha Nassar. Antes de entrar em vigor, a proposta teria que passar por aprovação do Congresso americano, o que deve ser uma negociação difícil, segundo Nassar.

Protecionismo

No primeiro encontro entre dois membros do ministério de Luiz Inácio Lula da Silva e Barack Obama, o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, reclamou de emenda protecionista recém-aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos para sua colega americana, a secretária de Estado Hillary Clinton. "Eu disse que é preciso que nós encontremos uma maneira de defendermos o emprego nos nossos países sem criarmos problema de emprego para os outros países, porque, se não, o problema volta para nós", disse Amorim.

Segundo ele, a reação foi "positiva". Em público, ao posar para fotos ao lado de Amorim, a chanceler norte-americana disse "nossos países têm um conjunto grande de oportunidades e responsabilidades".

Na semana retrasada, Obama assinou medida de estímulo à economia que inclui a cláusula "Buy American" (compre produtos americanos, em tradução livre), que prevê que obras de infraestrutura que recebam dinheiro do pacote de US$ 787 bilhões usem ferro, aço e manufaturados nacionais ou de parceiros de tratados comerciais, o que exclui o Brasil.

A versão aprovada foi amenizada depois de reclamações da comunidade internacional. Ainda assim, o assunto ocupou parte da conversa dos dois diplomatas, que durou cerca de 40 minutos, segundo Amorim, que definiu o encontro como amistoso, espontâneo e franco. "Não gosto de usar a palavra franco, porque dá a impressão de um encontro cheio de críticas e reclamações, e não houve isso."

Amorim aproveitou para pedir a retomada da Rodada Doha, negociação de liberação do comércio internacional emperrada há anos e que já havia sido citada em conversa telefônica entre Obama e Lula.

As informações são da Gazeta Mercantil e do Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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