Segundo nota à imprensa divulgada, ontem, 12/9, pelo CNC a estratégia de estocagem do café, adotada pelos cafeicultores de várias regiões do Brasil, já estaria resultando em aumento nos preços do grão.

O analista de mercado da Agroconsult, Douglas Nakazone, citado em notícia de Juan Velásquez para a Gazeta Mercantil, concordou parcialmente, dizendo que "Grande parte dessa alta das cotações no Brasil foi causada pelo aumento de preços na Bolsa de Nova York. Porém, como houve desvalorização de 1,5% do dólar frente ao real em agosto, que prejudica o produtor nacional, a capacidade de armazenagem foi um trunfo".

A liberação de recursos para a estocagem, de R$ 900 milhões, incluindo o que é destinado à colheita e pode ser transformado em armazenagem, possibilitará o carregamento de 8 milhões de sacas, segundo dados do governo citados na reportagem.

Em seu relatório mensal do café arábica, divulgado ontem, 12/9, o Centro de Pesquisa Avançada em Economia Aplicada (Cepea/Esalq) apontou que os estoques apertados no mundo darão suporte às cotações. O Indicador Cepea apresentou média de R$ 232,82 por saca de 60 quilos, com alta de 6,72%, em agosto, sobre o mês anterior.

No relatório do conilon foi destacada a alta de 6,93%, de julho para agosto, na média do Indicador Cepea/Esalq, cuja causa foi a oferta mundial reduzida, principalmente devido à entressafra do Vietnã, levando à ocorrência de forte elevação nas cotações do produto na bolsa de Londres (Liffe). O relatório aponta ainda a alta 42,7% nos embarques brasileiros de conilon, em relação a julho. No entanto, estes ainda foram 6,1% menores que os registrados em agosto de 2005.

Fonte: Equipe CaféPoint, com informações do Cepea e da Gazeta Mercantil.