O embaixador da Colômbia no Brasil, Mario Galofre Cano, e o conselheiro para assuntos comerciais da embaixada, Juan Manoel Gonzáles, estiveram na última sexta-feira, 02/02, no escritório do Conselho Nacional do Café (CNC) em Brasília, em visita ao novo diretor-executivo da entidade, deputado Silas Brasileiro, a quem Cano já conhecia, desde a sua primeira missão diplomática no Brasil, onde foi embaixador, por seis anos, de 1995 a 2001, tendo re-assumido o posto em agosto de 2005.

Na visita, o embaixador demonstrou interesse em realizar intercâmbio com o cooperativismo brasileiro e informou que o presidente da Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia, Gabriel Silva, está programando uma viagem ao Brasil para conhecer melhor o sistema cooperativista e sua aplicação no setor cafeeiro. Segundo Cano, a Colômbia tem muito interesse em ações da cafeicultura brasileira como a campanha pelo aumento do consumo interno do café, lançada pelo Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) e executado pela Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC).

O embaixador afirmou ainda que a Colômbia gostaria de fazer, em conjunto com o Brasil, o trabalho de promoção do café na China. Outro ponto de interesse da Colômbia, conforme explicou Mario Cano, é de um intercâmbio científico entre os dois países produtores de café.

Pioneirismo

Mario Cano elogiou o pioneirismo brasileiro em criar a Frente Parlamentar do Café, hoje presidida pelo deputado federal Carlos Melles, uma realidade desde 2003, e disse que irá levar ao seu país a idéia de estudar a criação de uma frente parlamentar que apóie o setor cafeeiro colombiano.

O diretor-executivo do CNC, deputado Silas Brasileiro, propôs ao embaixador que o Conselho auxilie o trabalho de cooperação conjunta. O deputado destacou para Cano o trabalho que vem sendo desenvolvido, no Brasil, pelos centros de excelências de Minas Gerais, os quais, a partir de programas de capacitação e transferência de tecnologia, estão disseminando tecnologia aos pequenos produtores.

Silas Brasileiro destacou ainda o trabalho do Centro de Inteligência do Café (CIC), criado e mantido pelo governo de Minas Gerais, cuja missão é viabilizar a captação e produção de informação, criar conhecimento por meio de análises e estudos, e catalisar esforços estratégicos para definir políticas e ações para o desenvolvimento sustentável do agronegócio café.

O embaixador da Colômbia elogiou a iniciativa mineira e afirmou que é justamente este o enfoque de trabalho da Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia, o de capacitação do pequeno produtor. Cano se dispôs ainda a uma parceria e trocas de informações neste sentido.

Katja Polisseni

Relações Institucionais do CNC