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Desmatamento na Amazônia será o menor desde 1977

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 21/09/2010

3 MIN DE LEITURA

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Segundo o governo brasileiro, o desmatamento na Amazônia, no período 2009/2010, será o menor da série histórica, iniciada em 1977 - superando inclusive o resultado recorde verificado no período anterior (2008/2009).

O número oficial ainda está sendo processado pelo Prodes, sistema ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e será divulgado em novembro. Mas o Ministério do Meio Ambiente já considera "viável" esperar algo entre 5.000 km2 e 6.000 km2 de área desmatada no período.

Se o número for confirmado, o país terá antecipado, para este ano, a meta de desmatamento prevista para 2015, de acordo com Plano Nacional de Mudanças Climáticas. Pelas metas, o desmatamento na Amazônia Legal terá de cair para 5.000 km2 até 2017.

Fiscalização

A estimativa de novo recorde foi feita com base nos dados do Deter, levantamento via satélite também ligado ao Inpe, que fornece dados de forma mais rápida, mas menos precisos que os do Prodes.

De acordo o Deter, que não "enxerga" áreas desmatadas com menos de 25 hectares, o desmatamento na região amazônica chegou a 2.294 km2 entre agosto de 2009 e julho de 2010 - uma redução de 48% em relação ao período anterior.

"O sistema do Deter nos permite ter uma ideia do que virá no Prodes, apesar de não haver uma relação direta. E também estamos considerando o fato de que a cobertura de nuvens foi menor no ano passado. Ou seja, podemos ter uma expectativa mais precisa", diz a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Segundo ela, os números indicam que a estratégia de uma fiscalização maior sobre toda cadeia produtiva "funcionou". Uma das explicações está no uso de novas tecnologias que permitem detectar um maior número de áreas desmatadas, diz.

"A ideia disso é fazer não apenas uma fiscalização dirigida ao desmatador, mas também ao fornecedor e à destinação. Fomos atrás não apenas do desmatador, mas também de quem processa. Assim, aquele que quer comprar começa a sair do jogo", diz.

Greenpeace critica

O coordenador de campanhas do Greenpeace na Amazônia, Rafael Cruz, diz que existe uma tendência de redução do ritmo de desmatamento, mas que esse resultado exige uma análise "mais crítica".

Segundo o especialista do Greenpeace, os principais motivos por trás das reduções de desmatamento, geral, são "motivos de mercado", como a produção de carne e de soja.

"Os termos de conduta assinados pelos frigoríficos no ano passado (se comprometendo a não comprar carne de fornecedores que estejam na "lista negra" do Ibama), são exemplo de que a solução acaba vindo do mercado", diz Cruz. Para ele, o governo "não tem governança para a Amazônia". A consequência é que acaba dependendo apenas da fiscalização.

Cruz também chama atenção para o número absoluto, e não apenas à taxa de redução do desmatamento. "Ainda que a gente chegue a 5.000 km2 de desmatamento, essa é uma área equivalente à do Distrito Federal. Será que é motivo para comemoração?", questiona.

Cerrado em alerta

Enquanto o governo comemora a redução do ritmo de desmatamento na Amazônia, outro bioma vem perdendo terreno em ritmo acelerado: segundo dados do IBGE, o Cerrado brasileiro encolheu pela metade até 2008, na comparação com sua área original.

A situação desse bioma, que é o segundo maior do país em extensão, está sendo agravada este ano em função do aumento do número de queimadas. Até o início de setembro, foram registrados 8.113 focos de queimada - número 386% acima do verificado em 2009.

A seca é uma das causas, mas ambientalistas também estão preocupados com o "oportunismo" de alguns, que aproveitam o clima desfavorável para "incentivar" as queimadas.

A ministra do Meio Ambiente diz que o governo reconhece o problema, mas acrescenta que o plano de ação para o Cerrado, lançado na semana passada, deverá "facilitar" o trabalho de proteção da região.

Entre as ações, que envolvem 15 ministérios, está a demarcação de 5,5 milhões de hectares de terras indígenas e a oferta de crédito rural para os produtores que aderirem a um programa de recuperação, o que pelos cálculos do governo pode chegar a 8 milhões de hectares.

A reportagem é do jornal O Estado de S.Paulo, com informações da BBC Brasil, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

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