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Cooperativas e tradings buscam reestruturar atividades

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 18/08/2009

2 MIN DE LEITURA

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A crise financeira mundial deixou marcas profundas em agroindústrias e cooperativas agropecuárias do país. O sumiço do capital de giro, no auge do aperto do crédito, provocou o adiamento de investimentos e a instabilidade global fez crescer o endividamento. As cooperativas, que tinham planos de investir R$ 12 bilhões em 2008, decidiram empurrar quase todos os projetos para 2010. "O investimento parou. Ninguém está investindo e a retomada não vai ocorrer neste ano", diz o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas. Um grupo de 150 cooperativas precisará, segundo ele, de "socorro especial" para reestruturar suas atividades com crédito de longo prazo. "O erro foi apostar demais no capital de giro sem ter crédito para financiar".

As tradings, que já enfrentavam problemas de caixa antes mesmo da crise global, tiveram que carregar altos estoques comprados a preços altos, viram suas dívidas aumentar e travaram algumas operações por falta de crédito. "O aumento das dívidas inviabilizou algumas operações", diz o presidente da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), Carlo Lovatelli.

Os efeitos da crise já são concretos. Algumas cooperativas ficaram pelo caminho e empresas agrícolas derraparam no aperto global. A multinacional Agrenco e as mato-grossenses Viana Trading e Grupo Guimarães entraram em recuperação judicial. A paranaense Sperafico arrendou e vendeu unidades.

No cooperativismo, a crise abriu espaço para fusões e parcerias. A mineira Cooxupé, a paulista Cocapec e a gaúcha Cooplantio incorporaram algumas concorrentes em suas áreas de atuação. No norte do Paraná, três cooperativas de crédito associaram-se na Sicredi União. Mas o aperto no crédito foi fatal para a Cooagri, de Dourados (MS). Segunda maior sociedade do Centro-Oeste, o grupo sucumbiu em definitivo após meses de agonia financeira.

Maléfica por si só, a crise econômica coincidiu ainda com uma severa estiagem no Sul do país e em Mato Grosso do Sul, em plena fase de desenvolvimento das lavouras na safra 2008/09.

De outro lado, a crise fortaleceu o trabalho das centrais e dos consórcios cooperativos, como Itambé, Frimesa, Conagro e CCAB. "A crise do crédito não afetou, mas derrubou o mercado internacional com piora de preços e câmbio, o que nos obrigou a realocar a produção", diz o diretor de Relações Institucionais da Itambé, Ricardo Cotta.

Mesmo com o cenário negativo, garantia de entrega e qualidade do produto salvaram parte das vendas no exterior. As cooperativas, responsáveis por 40% do PIB agropecuário, devem manter o faturamento na faixa dos R$ 85 bilhões e as exportações em US$ 4 bilhões em 2009. O aquecimento do mercado interno, os bons preços externos e agregação de valor serão fundamentais. "No início de 2009, quem chegasse a dezembro estava feliz. Agora, já dá para chegar com algum fôlego até lá", diz Márcio Lopes, da OCB.

Na crise, o papel do governo ajudou na travessia do momento mais agudo. Foram criadas linhas de crédito de R$ 15 bilhões exclusivas para as cooperativas, além de reserva de mercado para atender demanda da merenda escolar, mercado estimado em R$ 600 milhões neste ano. As agroindústrias afirmam que a reação em cadeia foi menor por causa dessa intervenção oficial. Os preços reagiram pela quebra da safra argentina e houve redução de estoques mundiais.

A matéria é de Mauro Zanatta e Patrick Cruz, publicada no jornal Valor Econômico, adaptada e resumida pela Equipe AgriPoint.

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ROBERTO CUNHA FREIRE

LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 19/08/2009

Essa matéria espelha parte do que está ocorrendo no sistema das cooperativas de leite no Brasil, além desses fatos precisamos apurar também por que muitas quebraram, aliado a isso tudo, a meu juízo, salvo raríssimas exceções porque não podemos botar todo mundo no mesmo balaio, a meu juízo aponto abaixo em matéria de minha autoria já publicado.

Nós produtores rurais de leite, perdemos o que é de mais importante no nosso setor que poderia servir de balizamento do preço do litro de leite que era formado pelas cooperativas de leite. Isso é o reflexo do desvirtuamento das cooperativas em termos do sentido a que se propuseram, a meu ver para voltarmos a ter força no setor devemos buscar junto as nossas lideranças no setor como FAEMG, CNA e nos Sindicatos Rurais de nossas cidades que promovam mudanças na lei do cooperativismo em vigor, que contemplem artigos que proíbam as reeleições de pelo menos 70% das diretorias, conselhos fiscais e de administração por mais de dois mandatos consecutivos, que as mesmas sejam objetos por exigência de lei de auditorias de 6 em 6 meses e que os achados dessas auditorias sejam publicados em jornais oficiais do estado a que pertençam cada cooperativa de leite.Hoje o que constatamos são cooperativas falidas, muitas por má gestão, fraudes, desvio de dinheiro, sonegação as que aí estão muitas delas servem de cabides de empregos,presidentes e diretores com salários de marajás, alugando caminhões seus para puxar leite junto aos produtores cooperados ou seja essas diretorias e presidências funcionam como cargos vitalícios e os nossos preços baixos bancando isso tudo e nada acontece. Quero aqui salientar que há exceções, porém a grande maioria se encontra nessa situação e isso sem sombra de dúvida reflete no preço do leite que nos pagam independente para quem forneçamos. O importante disso tudo é que precisamos nos unir e reivindicar essas mudanças pois o que tem de cooperativas que faliu ou está prestes a falir pelo menos na nossa região da Zona da Mata Mineira é o diagnóstico de uma situação que persiste há longos anos e já não suportamos mais. Queremos sim um sistema de cooperativas de leite forte, transparente, ético eficiente eficaz, porém com um sistema rígido de controle externo e para tal precisamos implementar mudanças na legislação que rege a matéria em vigor. Não tenham dúvida se isso ocorrer o reflexo será imediato para nós produtores rurais de leite que estamos sendo literalmente explorados pelos laticínios,cooperativas de leite e empresas que atuam no setor. Prova disso é que muitas cooperativas de leite, como mencionei acima, faliram, estão fechadas e ao contrário da iniciativa privada, através dos laticínios, empresas multinacionais e nacionais, só fazem ampliar. Será o que é que está errado no nosso setor? Contra fatos comprovados não há o que contestar e essa é a mais pura realidade.

(*) Produtor rural de leite-Vila São Martinho- Distrito de Providência- Município de Leopoldina-MG

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