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Consumidores tomam mais café arábica à medida que o preço cai

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 04/11/2013

4 MIN DE LEITURA

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Os consumidores de café no Brasil, América, Leste Europeu e Oriente Médio deverão colocar mais grãos arábica em seus cafés no próximo ano à medida que os baixos preços atraem mais demanda pelo produto de melhor qualidade.

Um excedente do maior produtor desse grão, o Brasil, após duas colheitas abundantes sucessivas, ajudou a reduzir os preços para o menor valor em quatro anos e meio nessa semana, o que deverá impulsionar os torrefadores a aumentar o uso do grão em suas misturas.

Porém, os consumidores que detectarem o sabor mais doce e suave em suas xícaras provavelmente estarão mais sugestionados do que de fato perceberão a diferença, já que os torrefadores farão mudanças nas misturas que não poderão ser notadas pelos consumidores.

Uma pesquisa da Reuters com 10 comerciantes e torrefadores internacionais de café mostrou que entre 3 e 4 milhões de sacas de 60 quilos de café – de um mercado total de mais de 140 milhões – deverão ser trocadas de robusta para arábica em 2013-14. Os grãos arábica são normalmente encontrados em marcas de alta qualidade e tipicamente comercializados com um preço maior do que os grãos robusta, mais resistentes e ricos em cafeína, que são amplamente usados em bebidas espontâneas.

Ultimamente, a diferença de preços e menor classificação entre alguns dos grãos arábicas e os robustas diminuiu, surgindo uma reversão na tendência de 2011/12, quando os torrefadores aumentaram a proporção de robusta em seus blends para cerca de 5 milhões de sacas globalmente, devido aos preços historicamente altos dos arábicas.

“Claramente isso está acontecendo, embora eu não ache que será uma mudança tão grande como vimos na redução dos arábicas em 2011/12”, disse um analista europeu. “A maior mudança é no Brasil”.

O maior produtor de café do mundo também é um dos maiores consumidores, usando mais de 20 milhões de sacas por ano. Até 1,5 milhão de sacas do consumo de café doméstico robusta do Brasil deverão ser trocadas por arábica em 2013/14. “Os torrefadores domésticos estão mais flexíveis, de forma que podem trocar robustas por arábicas de menor classificação em uma larga escala”, disse o trader, acrescentando que o Brasil é um mercado muito sensível aos preços.

Os torrefadores de café, que tipicamente não revelam seus blends, aumentaram a substituição de arábicas com robustas após os futuros do arábica no ICE aumentarem para seu maior valor em 34 anos em maio de 2011 e o prêmio sobre o robusta ter alcançado US$ 1,90/libra. O prêmio vem desde então caindo para menos de 40 centavos e os negociantes disseram que esse poderá cair ainda mais.

Há um amplo espectro de qualidades dentro das variedades arábica e robusta, de forma que os prêmios variam entre diferentes classificações, com os comerciantes notando que o arábica do Brasil foi comercializado com descontos em relação a alguns robustas no mês passado. “Haverá uma substituição, mas a quantidade dependerá da qualidade dos arábicas de baixa classificação”, disse um trader de uma torrefadora internacional.

Os torrefadores se tornaram mais ágeis nos últimos anos, permitindo que reagissem aos preços e à disponibilidade. “Em geral, os clientes (torrefadores) se tornaram um pouco mais flexíveis em comparação com 10 anos atrás. No passado, o blend ou os ingredientes eram escritos em pedra, eram intocáveis, e isso mudou”.

Além do Brasil, os comerciantes e torrefadores disseram que América, Leste Europeu e Oriente Médio também poderão ver alguma substituição, disse o trader, notando que os mercados emergentes de café são menos sensíveis às mudanças no sabor.

“Em países emergentes, as pessoas vão mais pelos preços do que por qualquer outra coisa; elas não são tão exigentes quanto à qualidade”, disse o chefe de uma comerciante internacional de café, acrescentando que o mercado na Europa Ocidental não é tão flexível.

Os futuros do café robusta foram comercializados em seu menor valor em três anos nessa semana, mas os comerciantes estavam mais otimistas sobre sua previsão de preço com relação aos arábicas, citando os baixos estoques como um direcionador para futuros aumentos para atrair grãos frescos.

Em setembro, a corretora Marex Spectron previu uma oferta e demanda global de café em 2013/14 próximo ao equilíbrio, após 7 milhões de sacas de excedente – tudo de arábica - no ano anterior.

A produção de café do Brasil aumenta e cai de um ano para o outro devido a seu ciclo bianual, à medida que os cafezais de arábica precisam de tempo para se recuperar após render grandes quantidades de cerejas. As variações entre os anos “on” e “off” têm diminuído, entretanto, parcialmente devido às melhoras no manejo, replantio de arvores, com variedades de maior rendimento e maior uso de fertilizantes e irrigação.

A Organização Internacional de Café (OIC) ainda não publicou suas previsões para 2013/14. Estima-se que a produção global em 2012/13 foi de 145,2 milhões de sacas, das quais 2 quintos são de robusta. A OIC disse que o consumo mundial em 2012 cresceu em 2,2%, para 142 milhões de sacas. O crescimento futuro deverá ser focado na Ásia, região onde a maioria do café robusta é produzida, e onde o café é mais consumido na forma solúvel.

“Eu não acho que (a substituição) significa que a demanda por robusta está caindo. Eu acho que a demanda na Ásia está forte o suficiente para compensar isso. A demanda por robusta e arábica crescerão nesse ano”, disse um trader.

A reportagem é da Reuters, adaptada pelo CafePoint

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