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Commodities agrícolas: produção deve crescer no Brasil, África e Leste Europeu

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 20/05/2011

3 MIN DE LEITURA

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Nos últimos cinco anos, as principais commodities agrícolas têm registrado forte valorização em escala mundial. O índice de preços de cereais, medido pela FAO, a agência das Organizações Unidas (ONU) para Agricultura e Alimentos, subiu quase 85% entre janeiro de 2007 e abril de 2011.

A alta é sustentada pelo ganho de renda e pela urbanização especialmente em emergentes como a China, e também pelo aumento da demanda por commodities agrícolas para a produção de biocombustíveis em diversos países.

Essa conjuntura reativou a discussão sobre quais regiões do globo seriam capazes de expandir a área plantada com commodities agrícolas para atender a demanda mundial. Analistas são praticamente unânimes em considerar o Brasil o país que oferece o maior potencial de crescimento. No entanto, nações da África, do Leste Europeu e algumas das ex-repúblicas soviéticas, considerados fronteiras agrícolas, apresentaram nos últimos anos uma expansão expressiva na área cultivada com as quatro commodities agrícolas mais consumidas do mundo - arroz, soja, milho e trigo.

Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostram que entre a safra 2007/08 - quando os preços dispararam - e a 2011/12, que começa a ser plantada em algumas regiões, o mundo elevou em apenas 5% a área cultivada com as principais commodities agrícolas. Nas áreas de fronteira, no entanto, o ritmo de expansão foi, em média de 11%. No bloco formado pelas ex-repúblicas soviéticas e o Leste Europeu, o crescimento da área cultivada foi de 12%, enquanto entre os principais países africanos a evolução foi de 9% ao longo das últimas cinco safras.

Além da demanda maior, a seca que afetou lavouras de países do Leste Europeu e da Rússia na safra passada também contribuiu para a alta dos preços das commodities e acabou incentivando a expansão da área plantada nessas regiões.

A Ucrânia, por exemplo, deve cultivar na temporada 2011/12 uma área de 10,7 milhões de hectares divididos entre soja, milho e, especialmente, trigo. O número representa um crescimento de 26,2% em comparação aos 8,5 milhões de hectares cultivados no ciclo 2007/08.

No continente africano, a Nigéria é um dos países que se destaca. Há cinco anos, o país cultivou 6,64 milhões de hectares com os principais produtos usados na alimentação. Para a safra 2011/12, o USDA projeta plantio de 7,51 milhões de hectares, crescimento de 13,1% no período.

No Brasil, a expansão da área plantada também aconteceu. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nas últimas cinco safras o país elevou em 7% sua área cultivada. O ritmo da evolução no país, considerado o potencial fornecedor global de alimentos nos próximos anos, foi superior à média mundial, porém ficou abaixo do desempenho registrado pelas novas fronteiras agrícolas mundiais.

Apesar do crescimento acima da média da área cultivada nas fronteira agrícolas do mundo, as regiões ainda não registram a chegada de capital de investidores estrangeiros, como já ocorre no Brasil. "Existem ao redor do mundo muitas áreas viáveis para a produção agrícola. O desafio, no entanto, é fazer com que essas regiões se transformem em algo economicamente viável para os investidores", afirma André Debastiani, analista da Agroconsult.

Ele observa que para atrair investidores que permitam uma expansão mais acelerada é necessária uma combinação de fatores. A garantia à propriedade privada, mínimas condições de logística e de infraestrutura são alguns dos pontos fundamentais, e que ainda colocam o Brasil no topo das prioridades para receber recursos. "A expansão ocorrida nessas regiões tem sido orgânica. O mundo está demandando mais alimentos e os preços estão viabilizando esse crescimento, mas ainda não são investidores que estão chegando", pondera Debastiani.

De fato, a área cultivada nessas regiões de fronteira ainda é muito pequena dentro do que se planta ao redor do mundo. Englobando países africanos, as principais ex-repúblicas soviéticas e regiões do Leste Europeu, os dados do USDA apontam para uma área de aproximadamente 80 milhões de hectares ocupados com lavouras de soja, milho, trigo e arroz. No mundo, essas lavouras são cultivadas em pouco mais de 655 milhões de hectares, ou seja, as fronteiras representam cerca de 12% da área mundial.

A matéria é de Alexandre Inácio, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

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