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Começa rodada de reuniões da OIC em Londres

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 20/05/2008

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Teve início, nesta segunda-feira (19/05) - e se prolonga até a próxima sexta-feira (23/05) -, a 100ª Sessão do Conselho Internacional do Café da OIC (Organização Internacional do Café), na sede da entidade, em Londres. O ponto de destaque deste primeiro dia foi o detalhamento dos procedimentos em relação ao novo AIC (Acordo Internacional do Café).

A delegação brasileira presente ao encontro se mostrou contrária a alguns pontos colocados no âmbito da reunião, entendendo que o diretor-executivo da OIC, Néstor Osorio, absorveria algumas decisões importantes, as quais eram, anteriormente, definidas pela virtualmente extinta Junta Executiva da entidade.

O novo AIC, que deve entrar em vigor durante as reuniões da OIC em setembro deste ano, extinguirá a Junta Executiva. Dessa forma, passariam a sobressair os Comitês da Organização e, dentro deles, o diretor-executivo chamaria para ele as responsabilidades sobre questões relevantes, fato com o qual a delegação brasileira não concorda, pois entende que o diretor-executivo não pode ocupar um espaço que é de responsabilidade dos países membros.

Novamente surgiu um debate sobre o papel dos observadores (ONG´s, como a Oxfam) na esfera da OIC. No que tange à admissão desses membros, Osorio comunicou que pretende ter a palavra final e, mais uma vez, o Brasil se mostrou contrário a tal decisão. Ocorre que muitas dessas Organizações Não-Governamentais não representam interesses de governos, mas, sim, particulares. Dessa forma, chegou-se ao consenso de que a participação dos observadores seja pontual. Isto é: quando houver um assunto específico e que seja importante a presença deles.

No dia 21de maio, haverá a reunião da Junta Consultiva do Setor Privado e também do Comitê de Estatística da OIC. No que se refere à comissão de estatísticas, o diretor-executivo da Organização propôs que ele tenha autonomia para indicar dois expertos para integrar esse comitê, ponto que o Brasil também irá discordar.

Ainda em relação às estatísticas da entidade, Osorio apresentou dois relatórios de grande valia. O primeiro foi o reporte sobre o mercado cafeeiro referente a abril de 2008, no qual elevou sua projeção para a safra mundial 2008/09 em 1 milhão de sacas, de 126 milhões para 127 milhões de sacas, e a produção 2007/08 para 117 milhões de sacas. Um ponto adicionado ao relatório foram as diferentes variações do dólar norte-americano nos países produtores em relação às suas moedas, fato que gera diversos parâmetros em termos de competitividade.

No ranking das perdas com o câmbio, o Brasil é o mais prejudicado, uma vez que o real, ao longo dos últimos quatro anos, registrou valorização de aproximadamente 40% sobre a divisa americana. Na seqüência, vêm Colômbia, com valorização aproximada de 30%, Uganda (cerca de 13%) e Índia (quase 11%). Na contramão, as moedas locais de Honduras, Vietnã, Indonésia e México registraram desvalorizações na conversão para dólar, fato que tornou essas nações mais competitivas no mercado externo. Ou seja, a relação do câmbio brasileiro está promovendo uma grande perda de competitividade na comparação com esses demais países.

O segundo relatório abordou a discussão relativa à migração de terra destinada à agricultura alimentar para a produção de matéria-prima voltada à geração de biocombustíveis. Nesse sentido, Néstor Osorio informou que há uma preocupação da indústria mundial de que, nos próximos cinco anos, a produção de café não alcance o demandado pelo mercado global.

A delegação brasileira presente em Londres é chefiada pelo embaixador Eduardo Roxo e composta por Lucas Tadeu Ferreira e Thiago Masson, diretor e assessor técnico do Dcaf (Departamento do Café), respectivamente; Gerardo Fontelles, secretário-executivo substituto do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Miriam Eira, gerente técnica da Embrapa Café; Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café); e Gilson Bittencourt, secretário-adjunto de Política Agrícola e Crédito Rural do Ministério da Fazenda.


Gilson Ximenes
Presidente

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