Com 67,7% dos votos, equivalente a 11 dos 15 Comitês Departamentais presentes no LXXII Congresso Nacional de Cafeicultores-Extraordinário, foi eleito o administrador de empresa, Luis Genaro Muñoz Ortega, como novo gerente geral da Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia.

Os comitês de Magdalena, Cesar-Guajira, Norte de Santander, Santander, Boyacá, Risaralda, Tolima, Huila, Cauca, Nariño e Valle deram seu respaldo unânime para a candidatura de Luis Genaro Muñoz. Esses departamentos representam 61,3% da produção de café da Colômbia e somam 42 dos 62 votos presentes no Congresso Extraordinário. Os quatro departamentos que votaram em branco advertiram que a decisão não obedece a uma reação contra o novo gerente, a quem deram seu apoio.

O novo gerente da Federação fez um chamado à união da liderança cafeeira e pediu para deixar para trás o acontecido nesse processo, que foi um espaço para a máxima expressão da democracia.

"O gesto democrático que concluiu com minha eleição, própria e normal de qualquer entidade organizada, não pode deixar nem feridas nem ressentimentos. É um episódio mais dentro da vida dos cafeicultores colombianos que não pode colocar em risco sua unidade, nem harmonia, nem muito menos fragmentar a coesão de seus administradores". Ortega confirmou seu apoio a todos os Comitês Departamentais e falou dos desafios que o setor cafeeiro colombiano como um todo enfrentará.

O novo gerente reiterou que outro compromisso será garantir que o café continue como principal produto agrícola da Colômbia, como símbolo nacional, como motor de desenvolvimento rural, como instrumento da democratização do campo e como modelo de paz e prosperidade.

"Também será minha responsabilidade garantir a continuidade da política que garanta o equilíbrio no apoio da Federação a todos e a cada um dos departamentos cafeeiros da Colômbia".

Por outro lado, o presidente do Comitê Nacional de Cafeicultores, Ramón Campo González, ao instalar o Congresso de Cafeicultores, disse que o atual processo democrático refletiu a maturidade da federação e a mudança estrutural ocorrida na Federação desde a administração passada quando houve a participação dos 15 representantes dos departamentos produtores de café da Colômbia nas mesmas condições.

O presidente do Congresso Nacional Extraordinário, Jorge Correa Vega, afirmou que nos dias de hoje, a unidade como corporação é a que deve reinar. "Nós, produtores, levamos mais de oito décadas construindo democracia, a mesma que permite a diferença, mas o resultado convida à unidade. Por isso nós, representantes dos cafeicultores colombianos, não podemos ser inferiores ao compromisso que temos assumido", disse.

Luis também afirmou que a entidade não tem, por ora, planos de comprar uma fatia da rede americana de cafeterias Starbucks. O presidente anterior da federação, Gabriel Silva, havia dito que a Colômbia, terceiro maior exportador de café, além do Brasil e países da América Central, pretendiam comprar uma parcela da companhia para melhorar sua rede de distribuição.

O novo gerente geral da Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia, Luis Genaro Muñoz Ortega, durante seu discurso de posse.



Luis Genaro Muñoz faz juramento durante cerimônia extraordinária da Federação.



As informações são da Federacafé, traduzidas e adaptadas pela Equipe CaféPoint.