No dia 13, em reunião do setor cafeeiro com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, na sede da Pasta, os presidentes do Conselho Nacional do Café (CNC) e da Frente Parlamentar do Café, Gilson Ximenes e deputado Carlos Melles, respectivamente, endossaram as propostas que focam na geração de renda e fizeram a defesa de um acerto em relação ao passivo financeiro do setor, que foi desencadeado há mais de 10 anos, período em que o produtor desenvolveu a atividade com preços de mercado abaixo dos custos de produção.

"O foco na geração de renda é fundamental, principalmente com base no fato de liberar o acesso do produtor ao crédito, mas é inadmissível que isso ocorra sem que sejam implantadas políticas públicas para sanar o endividamento do cafeicultor brasileiro", salientou Ximenes, explicando que essa situação deficitária do produtor não foi originada por ele, mas, sim, pela inexistência de políticas específicas.

A proposta do CNC, em conjunto com a Frente Parlamentar, para solucionar a questão do passivo se foca na conversão da dívida financeira em comercial, fato que extrai o produtor do grupo de maiores riscos dos agentes financeiros e lhe garante acesso ao crédito. "O endividamento com o Funcafé e o 2OC (Operações Oficiais de Crédito) seria quitado pela forma de equivalência produto, sustentada pela CPR (Cédula de Produto Rural), ao prazo de 20 anos. O produtor que se enquadrar nesse sistema terá a opção de fazer o pagamento de forma física (sacas de café) ou financeira, informando ao agente sobre sua opção entre 30 e 60 dias antes do prazo de vencimento", detalhou Ximenes.

Segundo o presidente do CNC, o ministro Wagner Rossi demonstrou muita aceitabilidade em relação à proposta e deve tomar as medidas para concretizá-la na próxima semana, tanto que já está agendada, para a quinta-feira, dia 20 de maio, a 17ª reunião ordinária do Comitê Diretor de Planejamento Estratégico (CDPE) do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC).

As informações são do CNC.