Nesta sexta-feira (24/08), Manoel Vicente Fernandes Bertone, secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, acompanhado de Lucas Tadeu Ferreira, diretor do Dcaf (Departamento do Café), e de Wagner Rossi, presidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgou a terceira estimativa do governo para a safra 2007/2008 de café do Brasil.

De acordo com os dados levantados pela Conab, o país produzirá 32,625 milhões de sacas de 60 kg, das quais 22,524 milhões se referem a café arábica e 10,101 milhões de sacas a café robusta. Na comparação com o ciclo 2006/2007, quando o Brasil colheu 42,512 milhões de sacas (33,015 milhões de sacas de arábica e 9,497 milhões de robusta), o volume atual apresentou uma queda de 23,26%.

Segundo os 189 técnicos da estatal e de órgãos conveniados, que foram a campo aplicar 2.750 questionários junto a produtores, cooperativas e representantes de órgãos públicos e privados dos municípios produtores de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná, Rondônia e Rio de Janeiro, entre 30 de julho e 11 de agosto, a queda ante 2006/07 se deve à bienalidade negativa da cultura, à estiagem ocorrida no período da floração e ao excesso de chuvas entre dezembro e janeiro, que propiciou o aparecimento de pragas e doenças.

O presidente do CNC (Conselho Nacional do Café) - entidade representante dos interesses do setor produtivo nacional -, Gilson Ximenes, disse que os dados apresentados pela Conab condizem com a realidade da safra 2007/08. "A Conab vem aperfeiçoando seu levantamento a cada anúncio. Quase 200 técnicos distribuíram aproximadamente 3 mil questionários para poder confirmar o que vem sendo notado nas lavouras. Esse foi um trabalho correto e que ficou coerente com os dados da estimativa anterior", elogiou. Na segunda projeção para a safra 2007/08, divulgada em abril, a estatal previu uma produção de 32,065 milhões de sacas.

Ainda de acordo com o presidente do CNC, deve-se ressaltar o excelente trabalho desempenhado pelo ministro Reinhold Stephanes e pela equipe da Pasta da Agricultura. "Toda a equipe do Ministério vem desempenhando uma política correta e de renda para o produtor, o que demonstra a capacidade de cada membro que compõe atualmente a Pasta", finalizou Ximenes.