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Clima alavanca commodities agrícolas

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 01/10/2010

3 MIN DE LEITURA

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A demanda por commodities agrícolas, particularmente grãos, está aquecida, puxada pelos países emergentes. Adversidades climáticas em importantes países produtores e exportadores já provocaram baixas na oferta nos últimos meses e poderão causar novas perdas até o início de 2011.

Maximizadas pela fraqueza do dólar e pelo renovado interesse de fundos de investimentos, as altas de preços decorrentes do quadro de fundamentos já atingiram níveis preocupantes para nações importadoras de alimentos, e como é a oferta que seguirá ameaçada, agora no Hemisfério Sul, analistas não veem espaço para retrações expressivas na maioria desses mercados no futuro próximo. Daí a crescente preocupação da FAO, o braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação, quanto aos reflexos das valorizações sobretudo nos países mais pobres.

Mesmo que do ponto de vista macroeconômico a demanda dos emergentes e os movimentos financeiros vinculados à saúde da economia mundial e ao comportamento das relações cambiais entre diferentes países estejam movimentando as commodities em geral, o fator clima e seus desdobramentos são evidentes no segmento agrícola.

Cálculos baseados nas médias mensais de contratos de segunda posição de commodities negociadas nas bolsas de Nova York e Chicago mostram que, em setembro, mesmo a alta do ouro, foi menor que as de açúcar, milho, algodão, café, suco de laranja e soja. O trigo subiu menos, e, segundo o critério das médias mensais, apenas o cacau, entre as agrícolas mais transacionadas pelo país no exterior, recuou. "Os movimentos financeiros e o comportamento do dólar não têm o mesmo peso sobre todas as commodities. Os efeitos do clima sobre a oferta estão colaborando muito para as altas dos preços agrícolas", afirma Vinícius Ito, analista da Newedge baseado em Nova York.

Particularmente no caso de cereais e grãos, diz ele, é muito raro que o futuro das safras que começam a ser plantadas agora no Hemisfério Sul tenham tamanha influência nos mercados nesta época de aceleração da colheita no Hemisfério Norte, onde está mais de 90% da produção de cereais, por exemplo. Mas, diante das perdas já observadas por lá - os problemas mais agudos foram nas lavouras de trigo da Rússia, prejudicadas por uma severa estiagem -, as produções de milho, trigo e soja de países como Argentina e Brasil ganharam ainda mais relevância. "Daí porque os mercados sentirão a influência dos efeitos do fenômeno La Niña até o fim deste ano", observa Ito.

Não por acaso, o milho encerrou setembro com cotação média 17,16% superior à de agosto na bolsa de Chicago. Como no milho, os preços da soja já estão suscetíveis às previsões meteorológicas seja em Rondonópolis ou em Mato Grosso (onde o cenário melhorou um pouco ontem), ou seja na Pampa úmida argentina. Até mais do que o milho, a demanda chinesa também ajuda a sustentar as cotações, que na relação entre as médias de setembro e agosto aumentaram 4,73%. Com os problemas na Rússia e em outros países europeus, o trigo subiu, conforme o mesmo critério das médias mensais, 2,37%.

Parte da explicação para as maiores altas de milho e soja está no apetite dos fundos. No milho, conforme o último fechamento semanal do USDA, os fundos estavam comprados em 465,7 mil contratos, acima do recorde de 2008 (317,7 mil), quando uma aguda "agroinflação" mundial multiplicou os alertas da FAO e ampliou a fome no planeta. Na soja, os fundos estavam comprados em 172 mil contratos na semana passada, também acima do recorde de 2008 (154,5 mil). Em 2009, o pico foi de 128,5 mil contratos; no início de 2010, eram entre 30 mil e 40 mil.

Também com influências climáticas e financeiras, na bolsa de Nova York houve saltos igualmente expressivos nas relações das médias dos contratos de segunda posição. Sob influência das chuvas no Centro-Sul brasileiro, açúcar e café subiram 21,86% e 7,14%, respectivamente. Já a valorização do algodão, com o impulso das inundações no Paquistão, foi de 15,48%, enquanto a ameaça dos furacões na Flórida motivou o ganho de 6,82% do suco de laranja.

A matéria é de Fernando Lopes, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

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