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Chuvas recentes não aumentam produção, apontam agrônomos

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 19/03/2008

3 MIN DE LEITURA

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As especulações de que o Brasil produza até 55 milhões de sacas de café, em 2008, devido às recentes chuvas, foram completamente descartadas. A safra deve ficar dentro do previsto pelo governo.

Como não raramente, o mercado vivenciou, nas últimas semanas, novas especulações a respeito do tamanho da safra 2008 de café do Brasil. Tradings nacionais e internacionais divulgaram projeções que apontam a colheita brasileira de 50 milhões a até 55 milhões de sacas de 60 kg, com o motivo principal para um volume tão elevado sendo justificado, principalmente, pela ocorrência das recentes e volumosas chuvas.

No entanto, para o engenheiro agrônomo Mapa/Procafé, José Braz Matiello, o qual visita constantemente as zonas cafeeiras do país, as precipitações atuais não interferirão de forma a gerar um aumento no tamanho da safra. "As chuvas de agora servem para evitar perdas e não para gerar elevação. Elas evitam perdas porque ajudam a granar o café, mas não acarretam ganhos de produção, uma vez que o crescimento do ramo foi feito em função do ano anterior, quando o cafezal enfrentou uma seca por aproximadamente dois meses", explicou ele, acrescentando que a safra nacional deve se situar no intervalo entre 40 milhões e 45 milhões de sacas.

Essa opinião é endossada pelo também engenheiro agrônomo Mapa/Procafé, Antônio Wander Garcia, para quem o "prejuízo" ocorreu com a estiagem do ano passado. "A seca de quase dois meses já havia gerado os danos no ciclo cafeeiro 2008, portanto, as chuvas recentes não alterarão para cima o tamanho da safra. Aqui no Sul de Minas Gerais, a safra é bem variável, tendo regiões melhores e piores, mas é uma safra realmente menor do que a de 2006. É provável, ainda, que não cheguemos aos números máximos que a Conab estimou (11,298 milhões de sacas) para a região, ficando abaixo de 11 milhões de sacas", projetou. Para o Brasil, ele completou dizendo que, "se a safra surpreender positivamente, o país colherá, no máximo, 45 milhões de sacas, jamais as 50 ou 55 milhões de sacas como se especulou".

O engenheiro agrônomo e consultor Hélio Casale explicou que, em função das boas chuvas ocorridas recentemente, está evidente que as lavouras estão maravilhosas, mas há falta de fruto nas rosetas. "Tem apenas uma florada no pé e falta fruto. Onde deveria haver de oito a 12 frutos, existem cinco ou seis, além de alguns internódios contarem somente com dois ou três frutos. Isso reflete a perda natural de safra em função do clima adverso (seca) que tivemos no ano passado", comentou.

Casale anotou que o efeito negativo em função da estiagem ocorrida em 2007 "é fato e não muda". "Essas precipitações podem gerar a beleza que for, mas qualquer conhecedor sobre café sabe que a safra não crescerá em função dessas chuvas. Quem especula que a safra será de 53 milhões ou até 55 milhões de sacas por causa dessas precipitações deveria ser responsabilizado criminalmente", disse o agrônomo, mencionando que "deveriam respeitar os números apresentados por IBGE e Conab".

Ele citou, ainda, a necessidade de informar que, sobre qualquer estatística oficial divulgada no Brasil, "os exportadores sempre colocam 5% a mais por conta própria". "Isso é uma baita de uma especulação negativa e que atinge a todos os produtores em benefício de alguns poucos exportadores. O pior é que, infelizmente, o mercado acata esses números porque eles falam mais do que nós, produtores", lamentou. Já Matiello disse que é necessário tornar as estimativas mais confiáveis, de forma que se evitem tamanhas especulações como as que surgem e afetam direta e negativamente o mercado cafeeiro. "Temos que caracterizar como crime de lesa pátria a divulgação de estimativas sem fundamento".

A respeito da safra brasileira 2008, o agrônomo do Mapa/Procafé, após visitar diversas regiões produtoras, comentou que a variação se dá em duas localidades: Sul de Minas e Zona da Mata. "Em relação aos números oficiais do governo, ambas podem apresentar um aumento de 1 milhão de sacas. Mas uma alteração envolvendo qualquer volume acima disso é impossível e não passa de especulação", alarmou. Segundo Conab e IBGE, o Sul de Minas deve produzir de 10,609 milhões a 11,298 milhões de sacas, ao passo que a Zona da Mata tem sua colheita estimada entre 5,991 milhões e 6,380 milhões de sacas.

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LUIZ DEVOS

SACRAMENTO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 19/03/2008

Parabéns Dr. Matiello por este brilhante trabalho. É a realidade que estou vendo no campo e em contato com os colegas produtores, as opiniões são sempre de uma safra pequena, neste ano.

Gostaria de aproveitar a oportunidade para propor, ou melhor, sugerir para o café o "Rally da Safra do Café", composto por pessoas como o senhor e outros, como vem sendo efetuado na lavoura branca.

Com certeza teríamos números confiáveis da safra pendente ou até mesmo confirmando os já anunciados pela CONAB e o IBGE, deletando assim estes paraquedistas que inventam números sem mencionarem como assim chegaram.

Sugiro ainda que o Conselho Nacional retire da sua página um artigo que está veiculando hoje, como fonte o Estadão, falando de safra cheia, colocando em seu lugar este que é mais real e muito mais prudente, espelhando melhor a realidade da safra brasileira.

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